IV DOMINGO DA PÁSCOA

Leituras: At 2,14a.36-41; Sl 22(23); 1Pd 2,20b-25; Jo 10,1-10

POESIA

O BOM PASTOR

O Bom Pastor,
É a porta da vida,
Para a acolhida,
Na sua casa santa,
Onde nos alegra,
E assim se entrega,
Na Paz oferecida.

O Bom Pastor,
É quem nos conduz,
Com sua luz,
Por caminhos retos,
Somos seu rebanho,
Não é um estranho,
É Amor que seduz.

O Bom Pastor
É nossa sorte,
Que vence a morte,
Com seu poder,
Tudo Rompendo,
E nos acolhendo,
Com a sua voz forte.

O Bom Pastor
Está nos chamando,
Nos conquistando,
Para segui-lo,
Por seus caminhos,
Não nos deixa sozinhos
Ele vai nos guiando.

O Bom Pastor,
Quer-nos sempre unidos,
Do seu amor, imbuídos,
O mundo iluminando,
E na nossa missão,
Na santa comunhão,
Sempre, sempre nutridos.

O Bom Pastor,
Tem o cheiro da gente,
Ver seu povo carente,
Vem ao nosso curral,
Pela porta ele entra,
Seu rebanho alimenta,
Novo povo de crentes.

HOMILIA

Jesus é o verdadeiro Pastor dos “pastores”

Irmãos e irmãs, hoje o Cristo nos diz: Eu sou a porta (cf. Jo 10,7). “Quem entrar por mim, será salvo” (Jo 10,9). Quando vamos à celebração encontramos a casa do Senhor de portas abertas, para que nos encontremos com ele, possamos nos reunir como rebanho dele. Queremos escutar a sua voz e participar do seu banquete, onde encontramos o alimento eterno que é o seu corpo e o seu sangue.

Estamos no domingo do Bom Pastor quando contemplamos o Senhor como nosso guia eterno. Ele que nos conduz e que nos ensina por onde caminharmos. Também nos ensina a sermos discípulos pastores, porque muitas vezes temos um pequeno ou grande rebanho (paróquia, diocese, comunidade, família, grupo, pastoral ou movimento) sobre nossa reponsabilidade para caminhar com ele. Porém o rebanho, que está sobre nossa responsabilidade, é sempre do Senhor, ele é o dono e o condutor do rebanho.

O que nos cabe como seguidores do supremo Pastor é que façamos o esforço de imitá-lo, amá-lo e buscar nele a nossa força e salvação. Que possamos também carregar em nosso ministério o cheiro dos que estão sob nossa condução, como nos fala o Papa Francisco: “Vo-lo peço pelo que sejam pastores com o cheiro das ovelhas, pastores no meio do seu rebanho e pescadores de homens.”[1]

Precisamos também nos lembrar de que diante do que vivemos na caminhada cristã somos primeiramente rebanho do Senhor. Antes de tudo somos convidados a ouvir a voz do nosso pastor supremo, para seguirmos por caminhos seguros, por lugares onde haja alimento, paz e certeza de segurança em Deus.

Hoje são muitas as vozes e pastores que se dizem verdadeiros, que querem ser ouvidos e seguidos. Diante de tantas realidades e ofertas de vida, de tantas opções, que o mundo oferece, faz-se necessário que primeiramente nos acostumemos a ouvir a voz de Cristo que nos fala pela Palavra Sagrada, que nos convoca através das celebrações da Palavra e da Eucaristia. Agindo primeiro desta forma, teremos o discernimento de seguirmos pelo caminho que nos leva a verdadeira liberdade e à salvação.

No tempo em que Cristo caminhou com os homens, na vida terrena, antes da sua ressurreição, existiam também os falsos pastores, os ladrões e assaltantes (cf. Jo 10,8). Estes não ofereciam vida e segurança para o povo e, portanto, armavam pesados fardos através de leis injustas e preconceituosas as quais oprimiam as pessoas, principalmente, os pobres, as mulheres e os doentes.

Hoje não é diferente, há ainda muitas vozes e portas que soam e se abrem para nós, nos apelando para as injustiças, para a hipocrisia, para a ganância, opressão e para as ideologias que nos desviam do caminho do Bom Pastor. São caminhos de ilusões.

Precisamos treinar o nosso ouvido para podermos ouvir a voz verdadeira que vem de Cristo. Somos um rebanho que muitas vezes não encontra a porta verdadeira e por isso caímos no pecado e nos perdemos. São atitudes que se expressam na fuga e na perda da ovelha em relação ao rebanho do Bom Pastor.

Haverá retorno quando, pelo reconhecimento dos erros e pela volta à casa do Pai misericordioso, somos conduzidos à confissão. O Senhor até nos carrega nos seus braços para retornarmos ao seu redil e também as porta da sua casa estão sempre abertas para o acolhimento.

Como ovelhas, vivendo no rebanho do Senhor e seguindo-o como discípulos seus, podemos atrair outras ovelhas para seguirem este Supremo Pastor. Isso aconteceu com a pregação de Pedro, como podemos ver na primeira leitura, pois depois de pregar para o povo, no dia de Pentecostes, “mais ou menos três mil pessoas se uniram a eles” (At 2,41).

Precisamos buscar sempre no Senhor o nosso repouso. Ele nos conduz por caminhos de alegria e alimentos fartos, ele nos abre a porta, nos leva ao seu banquete (Sl 22/23), para que nos saciemos e encontremos o amor e a paz.

Que o Espírito Santo anime e nos ilumine quando for preciso retornar aos braços do Bom Pastor e nos dê sempre perseverança para continuarmos firmes nos caminho do Senhor e fazendo parte do seu rebanho.

Rezemos por todos os que são chamados a seguirem como colaboradores do Bom Pastor (bispos, padres, diáconos, agentes de pastorais, coordenadores de grupos e movimentos) para que sejam sempre animados a continuarem a colaborar com dignidade as tarefas que Deus lhes confiou. Amém.

[1] CNBB. Roteiros homiléticos para o Tríduo Pascal e Tempo Pascal: Ano A, São Mateus. “Celebremos a páscoa do cordeiro!”. abril / junho 2017. Ano 3 – nº 13, Brasília: Edições CNBB, 2017. p. 50.
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2 Comments

  1. O bom pastor… Senhor a quem iremos
    Se somente tu tem palavras de salvação…??⛪⛪

  2. Maria Divina dos santos

    Amém, Diácono! Só Deus pode ser o nosso repouso.Repouso que encontramos paz, vida, renovação e força!????

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