V DOMINGO DO TEMPO COMUM, ANO A – MATEUS

Leituras: Is 58,7-10; Sl 111(112); 1Cor 2,1-5; Mt 5,13-16

POESIA

SOMOS SAL E LUZ DO SENHOR

Se queremos ser Sal do mundo,
Deixemos que a alegria,
E o Santo Espírito que nos contagia,
Possa aparecer em nós!

Se queremos ser Luz do mundo,
Deixemos que o Esplendor,
Da luz santa do Senhor,
Mostre-se em cada um de nós!

Se queremos brilhar em meio às trevas,
Acolhamos a força da vida,
Na ressurreição acontecida,
A favor de todos nós.

Se queremos dar sabor à vida,
Busquemos na Eucaristia,
A força do amor e da alegria,
Para em nosso agir transparecer.

Sejamos Sal, sejamos Luz,
Nas obras concretas da caridade,
Pela justiça, pela paz e pela verdade,
Sempre, sempre, sem esmorecer.

HOMILIA

 Cristãos sem se esconder-se

“Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16). Eis o que nos pede Jesus neste 5º Domingo do Tempo Comum. Somos chamados a ser sal e luz, não isolados, não em nós ou para nós mesmos.

Como discípulos, devemos ser a luz a partir de Jesus, e a ser sal, fortificados pela Eucaristia que nos sustenta e ao mesmo tempo nos dá um sentido completo e verdadeiro à nossa existência neste mundo.

O sal é símbolo de purificação, de sabor, de conservação e dá gosto aos alimentos. Nos tempos mais antigos foi visto como símbolo da sabedoria. Está mais para o nosso “ser”. Não o vemos entre a comida, mas sentimos a sua presença ou a sua ausência quando nos alimentamos. Por isso, está para o nosso interior, para nossa espiritualidade e para nosso discernimento.

Os cristãos são chamados a darem sentido ao ambiente da comunidade pela sua presença sábia, humilde e desprendida. Às vezes uma presença tão simples de uma pessoa dá um imenso gosto ao ambiente quando estamos em reunião. E assim o cristão deve conservar em meio as sociedades, a força do Evangelho, evitando as podridões das diversas mortes terrenas.

A luz como símbolo do nosso Batismo e do próprio Cristo, está mais para o nosso testemunho, por isso atinge os nossos olhos. Porém, o importante é que deixemos que ela possa iluminar o nosso caminho, por que a luz vem de Deus e, para iluminarmos mundo, precisamos primeiro deixar que ela no preencha.

Os discípulos de Cristo no mundo são esta presença que orienta para o caminho da salvação. Deixam-se iluminar pelo Senhor e, ao mesmo tempo, buscam iluminar o mundo com sua presença em meio a tantas trevas que escurecem o mundo.

O profeta Isaías nos apresenta o que devemos fazer concretamente para deixar resplandecer a luz do Senhor: “Reparte o pão com o faminto, acolhe em casa os pobres e peregrinos. Quando encontrares um nu, cobre-o, e não desprezes a tua carne. Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá” (Is 58,7-8).

Ser Luz, segundo o profeta Isaías, é viver a caridade onde as carências dos irmãos devem ser vistas, ouvidas e atendidas. Olhando para a vida pública de Jesus, não percebemos outra coisa senão a caridade pura, através do perdão, da cura do corpo e da alma, do alimento, da escuta e da acolhida aos que eram marginalizados e ao mesmo tempo a promessa verdadeira da vida eterna.

E agora nos perguntamos: Como está nossa luz de cristãos para o mundo? Como vislumbramos entre nós o sentido, o sabor (sal) da vida em Cristo? Inicialmente Jesus nos ensina que não podemos ser sal e luz fechados em nós mesmos e para nós mesmos, como lâmpadas escondidas debaixo de nosso individualismo e egoísmo.

Devemos sim, ser luz a partir da presença de Cristo em nós, para os outros, pelo nossa ação de amor e fervor diante das pessoas que nos rodeiam. Deixar que resplandeça o AMOR, pela nossa fraternidade entre os irmãos e irmãs e pelas nossas ações diante dos que precisam de nós.

Devemos ser sal do mundo, deixando que o nosso ser se preencha da alegria do Evangelho, porque os cristãos são chamados a terem presente no rosto sempre a alegria e nas atitudes, mesmo diante das cruzes, a força, o otimismo e os passos firmes e livre do medo de caminhar.

E quando for necessário pregar para as pessoas, que nossas palavras expressem o que somos e o que fazemos para o Senhor. Que o Espírito Santo seja o guia da nossa pregação e da nossa missão, como falou São Paulo: “Também a minha palavra e a minha pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mas era uma demonstração do poder do Espírito, para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus e não na sabedoria dos homens” (1Cor 2,4-5).

Seja a nossa luz que vem de Cristo pelo nosso batismo o sinal da presença dEle. Seja o nosso sal a alegria que vem da Palavra e da Eucaristia para construir a paz no mundo a partir de onde estamos e caminhamos. Amém.

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8 Comments

  1. O que adiantaria se o sal, perdesse o sabor, o mesmo acontece ao cristão se perder a fé…

  2. Maria Aparecida Xavier

    Bela reflexão!

  3. Muito esclarecedora essa mensagem.

  4. Que sejamos sempre sal e luz, não pra ser sem fé sem atitude,mas sim dando exemplo no nosso dia a dia…e que a luz que carregamos seja um iluminar infinito….
    Parabéns pelo belo trabalho…que vens fazendo esclarecedor….

  5. “Sal e luz, símbolos milenares de conservação e de iluminação.
    Os cristãos, devem ter olhares luminosos e corações sábios, para gerar luz, sabedoria e sabor, como Jesus e seu Evangelho”. (DOC 195 CNBB, P.21).

  6. Parabéns Diácono Francisco, obrigado pelos ensinamentos,que Deus o abençõe…

  7. Maria Divina dos santos

    Lembrança a qual nunca deveríamos esquecer: que o cristão deve ser o sal e a luz do mundo! Bela mensagem para reflexão, obrigada, tive oportunidade de ler apenas agora as 23:00hs, a noite e o sono com certeza será diferente.

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