⇒ Ano “Família Amoris Lætitia” (2021/2022) ⇐ Leituras: Is 50,4-7; Sl 22(21); Fl 2,6-11; Lc 19, 28-40; Lc 23,1-49 ⇒ HOMILIA ⇐ Lc 19, 28-40; Lc 23,1-49 Meus irmãos e irmãs, a Liturgia do Domingo de Ramos nos motiva a contemplar o mistério salvífico numa dupla dimensão: a primeira é a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando é aclamado Rei e que vem de forma simples e sem exércitos de força, para nos mostrar que o Seu Reino tem como base principal o amor e a paz e a segunda é a paixão e morte, nos mostrando as consequências da missão de Jesus neste mundo. O Evangelho de hoje nos coloca, neste início da Semana Santa, diante da ação em que Jesus rompe com o culto antigo, que com tantas leis oprimiam os pobres, deixando-os à margem da sociedade. As demais leituras da Liturgia deste Domingo de Ramos nos fornecem a dimensão do verdadeiro culto em toda a História da Salvação. O profeta Isaías nos apresenta a figura do servo sofredor, paciente diante da humilhação. Diz o Profeta: “Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado” (Is 50,7). São Paulo nos confirma que este servo sofredor que se esvazia na humilhação é de condição divina (cf. Fl 2,6). No salmo responsorial temos o lamento no sofrimento e no abandono máximo o qual passa a natureza humana de Deus e que se solidariza com todos os que carregam a cruz na caminhada da vida. A liturgia deste início de Semana Santa, portanto, nos leva a meditar sobre os dois acontecimentos no final da vida de Jesus. Primeiro, a aclamação do povo e dos discípulos na entrada de Jerusalém com ramos tapetes: “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” (Lc 19,38), nos lembrando dos pastores em Belém, na noite do nascimento. Alguns querem silenciar as aclamações e manifestação dos discípulos, Jesus, porém, repreende, pois são os discípulos que aclamam e caminham com Ele. Ser discípulo é anunciar a presença de Cristo no meio do povo, não é possível calar a voz dos missionários, dos pregadores e dos profetas. O caminho de Jesus não tem volta. Segue em direção à sua paixão e à cruz. Por isso é importante que juntemos os dois textos de Lucas nesta Liturgia. Precisamos caminhar com o Senhor aclamando como Rei de amor e contemplando a sua paixão, no calvário e na cruz. É a cruz que nos leva à vitória e a redenção. Qual seria a nossa reposta se começássemos a refletir sobre nosso caminhar com Jesus na nossa história. Seríamos um “Cireneu” que ajudou, involuntariamente, a carregar a cruz? Seríamos como Maria que ficou, voluntariamente, ao pé da cruz? Ou estaríamos de longe, com medo, fugindo e negando ser discípulo d’Ele? Esta reflexão é importante tendo em vista que, ainda hoje, o Filho de Deus é crucificado nas crianças abortadas, nos jovens assassinados, nos pais de família que enfrentam a violência e o desemprego, nos refugiados, nos fugitivos das guerras e nas tantas mulheres vítima da exploração sexual, violência doméstica, exploração moral e social. E para proclamá-Lo Ressuscitado no meio do mundo, precisamos também viver a experiência da ressurreição, quando somos vencedores com o Senhor mesmo diante de tantos desafios e tribulações inerentes à vida no “vale de lágrimas”. Precisamos nos envolver na pregação do Evangelho em nossa vida e na proclamação de seus valores para que a existência humana seja libertada das tantas cruzes, dos tantos sofrimentos a fim de que uma vida nova ressurja em cada pessoa. Recordemos ainda que neste mês de abril as intenções do Papa Francisco, Vigário de Cristo e Bispo de Roma, estão voltadas pelo êxito dos profissionais de saúde na assistência aos doente e idosos, sobretudo nas localidades mais pobres e carentes. Também neste dia, a Igreja, no Brasil, está voltada para o dia nacional da coleta da solidariedade referente à Campanha da Fraternidade, que traz como tema “Fraternidade e Educação” e o lema “fala com sabedoria, ensina como amor”, cujos recursos são geridos tanto pelas dioceses quanto pelo fundo nacional de solidariedade que é administrado pelo departamento social da CNBB sob a orientação do conselho gestor da mesma. Finalmente, peçamos a Nossa Senhora da Piedade que ela interceda por nós para que, nesta Semana Santa, possamos ser guiados pelo Espírito Santo, Espírito da Fortaleza, para, junto com Jesus, passarmos pelo triunfalismo e fazer a vontade do Pai. Amém. * * * ⇒ POESIA ⇐ Ouça o áudio preparado para esta Liturgia. ⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos aproxima da verdadeira Sabedoria e do verdadeiro Amor, ilumine o seu caminho! ⇐
⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelos profissionais de saúde ⇐
⇒ Campanha da Fraternidade: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31,26) ⇐
Entre Aclamações e a Cruz
Com Jesus na Cruz e na Nossa Vida
Vamos caminhar com Jesus
Com cantos de alegria,
Com ramos nas mãos sem hipocrisia,
Caminhemos com Ele até a cruz,
Sejamos discípulos do Amor e da Luz,
Façamos por inteiro nosso peregrinar,
Expusemos o medo de com Ele caminhar.
*
Façamo-Lo Rei,
Não da força e da prepotência,
Mas do amor, da paz e da paciência,
Num caminhar sereno e de prontidão,
Seguindo a estrada na partilha e na união,
No culto novo e cheio de amor,
Além do que se pede a lei e seu rigor.
*
Entre a fama e a cruz,
Há um caminhar ainda a se fazer,
Há violentos e assassinos a se atrever,
Há também os traidores,
Há os medrosos, os fujões e desertores,
Mas há os que são solidários,
Que caminham até o fim, mesmo solitários.
*
Triste é saber, e ver,
Que no mundo, neste caminhar,
Ainda há muitos crucificados a gritar,
Marcados pelo flagelo e a humilhação,
Que gemem com o peso da opressão,
Mas aparecem os “cireneus” para ajudar,
Para o peso do sofrimento aliviar.
*
Olhemos para Jesus,
Que caminha com a gente e sem desistir,
Fazendo Sua aliança conosco cumprir,
Caminhando sem medo e com humildade,
Totalmente entregue e na liberdade,
Para nos dar o prêmio da vida por Ele anunciado,
Para nos conduzir ao Reino, pelo Pai preparado.
* * *
* * *
Domingo de Ramos e da Paixão, Ano C, São Lucas
Marcado A caminho do Calvário (cf Lc 23 vers 26-32), A ceia pascal (cf Lc 22 vers 14-18), A crucifixão (cf Lc 23 vers 33-34), A entrada messiânica de Jesus em Jerusalém (cf CIgC 559-560), A hora do combate decisivo (cf Lc 22 vers 35-38), A morte de Jesus (cf Lc 23 vers 44-46), Ano "Família Amoris Lætitia", Anúncio da negação e da conversão de Pedro (cf Lc 22 vers 31-34), Anúncio da traição de Judas (cf Lc 22 vers 21-23), Após a morte de Jesus (cf Lc 23 vers 47-49), Bendito o que vem em nome do Senhor, Blog “Palavra e Poesia” – Ano XI, Ciclo da Páscoa - Ano C - São Lucas, Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal – antes de sofrer, Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor – Ano C – Lucas, Entrada messiânica em Jerusalém (cf Lc 19 vers 28-38), Instituição da Eucaristia (cf. Lc 22 vers 19-20), Intenções do Santo Padre – pelos profissionais de saúde, Jesus aprova as aclamações de seus discípulos (cf Lc 19 vers 39-40), Jesus diante do Sinédrio (cf Lc 22 vers 66 a 23 vers 1), Jesus é Kyrios, Jesus na cruz - sujeito à zombaria e ultrajes (cf Lc 23 vers 35-38), Jesus novamente diante de Pilatos (cf Lc 23 vers 13-25), Jesus perante Herodes (cf Lc 23 vers 8-12), Jesus perante Pilatos (cf Lc 23 vers 2-7), Manter a unidade na humildade (cf Ef 2 vers 1-11), Negações de Pedro (cf Lc 22 vers 54-62), No monte das Oliveiras (cf Lc 22 vers 39-46), O “bom ladrão” (cf Lc 23 vers 39-43), O sepultamento (cf Lc 23 vers 50-56), Penitência e conversão, Primeiros ultrajes (cf Lc 22 vers 63-65), Prisão de Jesus (cf Lc 22 vers 47-53), Quem é o maior? (cf Lc 22 vers 24-27), Recompensa prometida aos apóstolos (cf Lc 22 vers 28-30), Retorno a Deus, Sofrimentos e esperanças do justo [cf Sl 22(21)], Tempo da Quaresma - Ano C - São Lucas, Tempo de preparação para a Páscoa, Tempo Litúrgico – Ano C – São Lucas, Terceiro cântico do Servo (cf Is 50 vers 4-11).
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