⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelos pequenos e médios empreendedores ⇐ Leituras: Sb 18,6-9; Sl 32(33),1.12.18-19.20.22 (R. 12b); Hb 11,1-2.8-19; Lc 12,32-48 ⇒ HOMILIA ⇐ Lc 12,32-48 Meus irmãos e irmãs, a Liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum, do Ano C, o primeiro Domingo do mês vocacional em que refletimos e rezamos pelas vocações ordenadas, nos motiva a vencermos o medo, sermos caridosos, estarmos atentos, abraçarmos o desprendimento e vivermos a fé. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 12,32-48. Para essa Liturgia, o Evangelho nos mostra o Senhor Jesus formando os seus discípulos, orientando-os para a experiência das realidades do Reino. E para que os Seus seguidores estejam preparados, estes devem, em primeiro lugar, perder o medo daquilo que os atrapalham no caminhar, pois o medo os desvia do foco, ou seja, do caminho e da missão. Nosso Senhor os chama de pequeno rebanho, nome que lembra o povo de Israel. O grupo dos discípulos agora é o novo Israel que segue o Caminho da libertação plena. Libertação que o Senhor realizou na Ressurreição, quando venceu em definitivo a morte e nos presenteou com a vida nova, vida banhada pelo seu Sangue, que nos liberta e nos motiva a viver a verdadeira paz, iluminada e conduzida pelo Espírito Santo. Outro assunto que a Igreja nos oferta nesta Liturgia é o da esmola. Para seguir o Senhor é preciso partilhar, não somente dos ideais e projetos, mas também dos bens materiais, os quais são, muitas vezes, empecilhos para cultivarmos o bem maior que é o Céu. Jesus agora pede aos discípulos esta atitude, porque percebe a dificuldade de colocar no coração o desejo de construir tesouros eternos, santos, seguros e imperecíveis. Em seguida, Jesus orienta para a vigilância: “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas” (Lc 12,35). Esse é um dos maiores desafios para os que seguem o Senhor, pois parece que nunca estamos preparados para as situações que acontecem repentinamente em nossa vida. Não estamos preparados porque colocamos nossa confiança e nossa segurança nas coisas contrárias às Reino de Deus, apegando-nos àquilo que desejamos adquirir ou que vamos amontoando nas nossas casas e na nossa vida. E muitos serão os desafios que enfrentaremos na vida, muitos serão os “desesperos” e angústias que deveremos passar, mas a nossa capacidade de encarar as barreiras e vencer as provações dependerão da nossa atenção, do nosso amor às realidades essenciais que Jesus nos apresenta. Ainda assim corremos o risco de desviar-nos do Caminho até que coloquemos com toda a força o nosso coração no que Deus nos oferece, o verdadeiro tesouro e perfeita segurança. Assim como os discípulos que estiveram próximos a Jesus e caminharam com Ele demoraram para aprender sobre as verdades do Reino, nós também devemos nos esforçar para aprendermos e assim possamos estar preparados para quando chegar a nossa hora, inclusive porque não temos a mínima noção de quando será esse momento. Na Carta aos Hebreus, o autor sagrado nos motiva a refletir sobre o belo e profundo significado da fé. Diz a Carta: “A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem” (Hb 11,1). Quem tem fé já possui aquilo que se espera, já tem a posse do tesouro que não pode ser corroído. Quem vive na fé já é convicto das coisas de Deus mesmo não enxergando com os olhos físicos, mesmo não apalpando ou usufruindo. Portanto, é preciso, ao mesmo tempo, acreditar, tomar posse e vivenciar a fé. Com isso, se apropriar da fé em nosso cotidiano. Já está mais do que provado que o apego às coisas materiais, a certas opiniões rígidas e fixas, a certos cargos e funções produz vazio existencial, ou seja, falta de sentido. Com isso vem um conjunto de infelicidades, tais como ansiedade, depressão, perda do sentido de vida. Com a modernidade, desenvolvemos e possuímos tantas tecnologias, mas mesmo assim, corremos o risco de viver a infelicidade se o apego for às coisas materiais. Precisamos então buscar em Deus as razões fundamentais para vivermos realizados como herdeiros do Pai (cf. Hb 11,9). Porque, pela graça, a nossa felicidade deve ser buscada dentro de nós e não nos arredores, nas coisas exteriores. Às vezes buscamos esta felicidade de forma egoísta, esquecendo que é na partilha, na comunidade que nos completamos e nos realizamos como irmãos, filhos do mesmo Pai. Portanto, busquemos nossa realização no nosso “ser pessoa” (essência). Também aprendamos a nos relacionar com o mundo e com as coisas, sem sermos escravos. Por fim, o mais importante: “o ser e o viver” com os outros, como comunidade de filhos que partilham e que se amam no Senhor. E neste primeiro Domingo do mês vocacional, busquemos, ainda, rezar ao longo da semana pelos Bispos, Padres e Diáconos para que seus ministérios sejam abençoados e iluminados pela ação do Espírito Santo. Amém. * * * ⇒ POESIA ⇐ Por que termos medo * * * ⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos motiva a vencermos o medo, sermos caridosos e vigilantes, ilumine o seu caminho! ⇐
⇒ Mês Vocacional – 1º Domingo: pelas vocações ordenadas (Bispos, Padres e Diáconos) ⇐
Vivendo a Segurança e a Vigilância no Senhor
Por isso, em certos momentos da nossa existência o medo e a insegurança nos invadem, nos paralisam. E então nos perguntamos: em quem ou em que coloco minha segurança? Somente nas coisas terrenas ou nas realidades divinas?Segurança e Vigilância no Senhor
E insegurança desesperadora?
Diante do mundo,
Nesta vida, neste caminhar.
Se Deus é nossa segurança
E nosso tesouro,
Sentido maior
Que não nos deixa amedrontar.
*
Porque a displicência,
Deixando a vida acontecer?
No egoísmo, na ganância,
A nos consumir.
Quando o amor
É o nosso bem maior,
Sentido principal
Deste nosso existir?
*
O Senhor nos orienta
Sobre o essencial,
Que devemos buscar
Sem afogamento no mar,
Para não sermos
Surpreendidos naquele dia,
Quando Ele virá nos cobrar?
*
Por que precisamos
Viver tanta fadiga?
Sabemos que nos bens
Não está a segurança,
Somente vivendo a fé
De forma completa,
Pois em Deus
Está a nossa esperança.
*
Alegremo-nos,
Pois Ele sempre nos ama,
Devemos abraçá-Lo
Como nosso fundamento,
Rocha firme
Que nos faz perder o medo,
Ele, a nossa Paz,
O amor, nosso alimento.
19º Domingo do Tempo Comum, Ano C, São Lucas
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