⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelas organizações de voluntariado ⇐ Leituras: Is 7,10-14; Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R. 7c.10ab); Rm 1,1-7; Mt 1,23; Mt 1,18-24 ⇒ HOMILIA ⇐ Mt 1,18-24 Meus irmãos e minhas irmãs, na Liturgia da Palavra do 4º Domingo do Advento temos como figuras centrais a Virgem Maria e José. Eles deram a resposta a Deus em favor da salvação do mundo, quando disseram sim diante do chamado que veio do Céu. E o Evangelho desta Liturgia está em Mt 1,18-24. A Virgem, diante do Anjo, tentou compreender como tudo aconteceria, se ela não convivia com homem algum (cf. Lc 1,34). José, sabendo da gravidez – e não querendo denunciar Maria – queria abandoná-la em segredo, mas é motivado pelo Anjo a não deixar sua esposa, porque está nos planos de Deus aquele acontecimento e não nos planos humanos (cf. Mt 1,19-21). E José, ao despertar do sono, também diz sim (cf. Mt 1,24). Sua esposa gerou no ventre o Verbo que veio comunicar, o amor misericordioso de Deus, em cumprimento à promessa presente na Primeira Leitura. Diz o profeta Isaías: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel” (Is 7,14). Deus visitará o seu povo para trazer a salvação, Ele ficará conosco. José e a Virgem Maria, figuras principais do presépio, depois de Jesus, foram os acolhedores do Senhor que veio habitar no nosso meio. Eles trouxeram Jesus para nós pela escuta da Palavra e obediência a Deus. Por causa deles, Cristo está em nosso meio(1). Com o Natal temos a perspectiva da missão de Jesus: curar os doentes, os cegos, os paralíticos, os leprosos, os surdos, ressuscitar os mortos e evangelizar os pobres, para que possam entender a vontade de Deus (cf. Mt 11,5). Precisamos aprender com eles a lutar contra os barulhos do mundo, para que possamos escutar a Deus e sermos obedientes. Inicialmente, tiveram dificuldade de entender o que Deus queria, mas se abriram à escuta. A Virgem também pode nos ensinar sobre o diálogo com Deus: perguntar sim, mas também ter disposição para ouvir o que Deus quer nos falar. Escutar a voz de Deus nas circunstâncias, acontecimentos e pessoas é talvez o grande desafio do cristão. Há muitos barulhos que, muitas vezes, nos deixam indecisos e marcados pelo medo. Em alguns momentos queremos abandonar a nossa missão, mas o anjo de Deus vem e nos comunica o que ele quer de nós e nos orienta como devemos fazer e seguir. Deus caminha conosco, seu nome é Jesus (que quer dizer Deus salva), é Emanuel (que quer dizer Deus conosco). O mundo precisa ser salvo do mal das corrupções, da violência, da falta de comunhão. A luz da salvação deve invadir o nosso coração no lugar das imensas árvores do império do dinheiro e das riquezas materiais que tentam as pessoas a comprarem sem necessidades. Precisamos reacender o verdadeiro sentido do Natal para que deixemos o menino Jesus nascer em nossas casas, em nossas redes sociais também. É preciso deixar de novo que a manjedoura de Belém nos ensine sobre a simplicidade de Deus. Jesus quer nascer em nossos corações, em nosso agir e em nossa missão para que a estrela da noite dos pastores ilumine o mundo. Faz-se necessário colocar a Sagrada Família no centro de nosso lar e de nossa vida. São Paulo nos exorta dizendo: “É por ele que recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de podermos trazer à obediência da fé a todos os povos pagãos, para a glória de Deus. Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo” (Rm 1,5-6). Em meio a tantas distorções do verdadeiro sentido do Natal, precisamos apresentar para o mundo o testemunho da verdadeira festa da encarnação do Verbo de Deus através do discipulado. * * * * * * ⇒ POESIA ⇐ Contemplemos o sim de José, * * * ⇒ Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, filho nutrício de São José, ilumine o seu caminho! ⇐
⇒ Campanha para a Evangelização 2022 ⇐
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⇒ 3º Ano Vocacional ⇐
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» Lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33) «Ele Está Conosco
(1) A Igreja nos ensina que Cristo está conosco na sua Palavra, na Eucaristia e na assembleia reunida (cf. Sacrosanctum Concilium, n. 7). Está presente também na simplicidade e na caridade aos irmãos (cf. Mt 25,40).O Sim de José
Que no silêncio respondeu,
Ao chamado do Altíssimo,
A Deus Pai obedeceu,
Foi firme e perseverou,
A Maria muito amou,
E a ela engrandeceu.
*
José do sim no silêncio,
Homem santo e obediente,
Despertou para o plano divino,
Foi fiel ao Onipotente,
Ao Anjo soube escutar,
Só rezando e sem falar,
Calou e seguiu em frente.
*
Contemplou os sinais do Céu,
Ao lado da sua amada,
Acolheu a Deus criança,
E seguiu a caminhada,
Foi firme e foi fiel,
Adotando o Emanuel,
Foi sua vida abençoada.
*
Deus veio morar conosco,
Pra trazer a salvação,
Mostrou-nos o amor do Pai,
Seu amor é libertação,
Um Deus humano e divino,
Nos trazendo o destino,
Que é a nossa redenção.
*
Deus está sempre conosco,
Em todos os nossos momentos,
Nos chamando e enviando,
Dando força e sustento,
E o silêncio de José,
Ensina o caminho da fé,
Quando nos vem os tormentos.
*
E Maria, mãe do Céu,
Que a Deus se entregou,
Viveu com seu santo esposo,
e com carinho o cuidou,
Os dois viveram a esperança,
Fiéis ao Deus da Aliança,
Que o profeta anunciou.
*
Seja a Sagrada Família,
O auxílio em nossos dias,
Ensina-nos a obediência,
Pela fé e alegria,
Maria, Sacrário Santo,
E José com o seu manto,
Sejam nossa companhia.
*
Do altar da Eucaristia,
Jesus vem nos encontrar,
Ele é Pão da união,
Que quer nos alimentar,
Sua Palavra é forte,
Nos tira o medo da morte,
Quando estamos a lutar.
*
Este é o nosso Deus,
Que não nos deixa sozinhos,
Quer sempre está com a gente,
Ele quer ficar pertinho,
Faz conosco a caminhada,
Quer os pés firmes na estrada,
Mesmo que haja espinhos.
Tag: Tempo do Advento – Ano A – São Mateus
3º Domingo do Tempo do Advento, Ano A, São Mateus (Gaudete)
⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelas organizações de voluntariado ⇐ Leituras: Is 35,1-6a.10; Sl 145(146),7.8-9a.9bc-10 (R. cf. Is 35,4); Tg 5,7-10; Is 61,1 (Lc 4,18); Mt 11,2-11 ⇒ HOMILIA ⇐ Mt 11,2-11 Meus irmãos e minhas irmãs, celebramos hoje o Domingo Gaudete, que quer dizer alegrai-vos! E neste mês de dezembro as intenções do Papa Francisco estão voltadas às organizações de voluntariado. A Liturgia deste 3º Domingo do Advento nos motiva a contemplar a espera alegre. E o Evangelho de hoje está em Mt 11,2-11. Hoje ascendemos a terceira vela da coroa do Advento, sinalizando a proximidade do grande dia, a celebração do Natal do Senhor, a Encarnação de Deus, que veio ficar perto de nós para nos ensinar sobre o Seu amor e sobre a Sua misericórdia. O Natal está chegando para iluminar o mundo e trazer Sua mensagem de esperança para todos os povos. No Evangelho desta Liturgia, São Mateus (cf. 11,2-11) nos apresenta um cenário de realidades e situações que nos fazem pensar como aconteceu a vinda do Filho de Deus: João Batista já tem notícias dos sinais que Cristo tinha anunciado e, por isso, enquanto está prisioneiro, envia discípulos para confirmar se é Ele mesmo o Messias que devia vir. E a resposta aos mensageiros de João sinaliza a certeza da Encarnação de Deus, pois pela Sua presença e ação “os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.” (Mt 11,5). Muitos, sentindo a realização do Reino em suas vidas, já desfrutavam da ação milagrosa e salvadora do Filho de Deus. E o Senhor Jesus, testemunhando João Batista, diz: “Em verdade vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele.” (Mt 11,11). O Reino de Deus agora está no meio dos homens e a preparação desta vinda resultou na condenação de João Batista, pois assim também foi o destino de muitos profetas no Antigo Testamento. Os verdadeiros profetas, na caminhada de Israel, foram sempre anunciadores das realidades de Deus, seja da alegria da espera, do anúncio da justiça ou da denúncia dos esquemas de opressão e de morte contra o povo. O profeta Isaías profetiza o que se cumpriria em Jesus: “Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. Germine e exulte de alegria e louvores.” (Is 35,1-2). E os cristãos podem cantar com alegria esta realização, pois a salvação já se faz presente por meio de Cristo, que cessou a espera com Sua primeira vinda, trouxe a libertação e a justiça. São Tiago, na sua Carta, nos encoraja a continuarmos firmes nesta espera, como o agricultor que, nos desafios da seca, espera igualmente firme as chuvas para molhar a terra e germinar a semente sepultada no chão. E diz ainda que a vinda do Senhor está próxima e por isso é necessário manter-se na espera sem desanimar (cf. Tg 5,7-8). Viver o Advento, irmãos e irmãs, é, portanto, fazer a experiência da espera do Senhor em nossas vidas, é querer caminhar com perseverança, alimentados pela Eucaristia, mesmo que os dias sejam de grandes sofrimentos. É ouvir a Palavra, mesmo que os nossos ouvidos estejam aquém da Palavra; ou mesmo que os barulhos do mundo afetem nossas consciências ou o nosso ânimo. Mas nossa alegria e paz serão consolidadas com a nossa fé e a nossa esperança em Deus. Abençoai Senhor o caminhar do povo de Deus e de tantos irmãos e irmãs que esperam dias de restauração em suas vidas e seus lares. Protegei os que anunciam a verdade do Evangelho da vida e os que mesmo nas perseguições por causa do Reino, como João Batista, permanecem firmes e corajosos. Amém. * * * ⇒ POESIA ⇐ Onde está a nossa alegria? * * * ⇒ Que a Luz da Sagrada Família de Nazaré, que nos ensina sobre a espera atenta, ativa e alegre, ilumine o seu caminho! ⇐
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⇒ Domingo Gaudete, Ano A, São Mateus (2022) ⇐Esperar com Alegria
A Alegria na Espera
Que tanto nós almejamos,
Que na paz a gente busca,
E que em Deus nós esperamos,
A alegria mais completa,
A ânsia da nossa meta,
Que todo dia sonhamos.
*
Está no canto e nas santas cores,
Nas luzes, nas árvores e no altar,
Nos presépios, nas ruas e praças,
Nas casas, e no nosso lar
Nos corações orantes,
Nas celebrações vibrantes,
Na assembleia a celebrar.
*
Está também na profecia,
Na palavra viva ecoando,
No caminhar com os irmãos,
Na espera do novo nos alegrando,
No pão do encontro e do amor,
Eucaristia: força e vigor,
A cada dia nos alimentando.
*
A nossa espera é orante,
Como uma espera de alegria,
Pois já não se tem dúvidas,
Do tempo que se anuncia
Pois o novo esperamos,
Ouvimos e também pregamos,
O Natal, o grande dia.
*
Sejamos também precursores,
Desta alegria abençoada,
Dos frutos e dos milagres
Da redenção esperada,
Do amor do Deus Menino,
Do louvor que se faz hino,
Que brota da Mesa Sagrada.