Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos – 2022

Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelas crianças que sofrem ⇐
⇒ Novembro: Mês dedicado às almas do purgatório 

Leituras: Sb 3,1-9; Sl 41(42),2.3.5bcd; Sl 42(43),3.4.5 [R. 41(42),3a]; Ap 21,1-5a.6b-7; Jo 11,25a.26; Jo 14,1-6.

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

A Lembrança dos Defuntos nos Aponta para a Glória do Deus Vivo

Jo 14,1-6

 

Meus irmãos e minhas irmãs, chegamos à Comemoração de Todos os Defuntos Fiéis. Também iniciamos o mês de novembro, o mês dedicado a oração pelas almas do purgatório. Coloquemos ainda em nossas orações as intenções do Santo Padre, que neste mês roga pelas crianças que sofrem. Neste dia, a Igreja nos conduz a uma mensagem em que a coluna central é a esperança, mas também que a nossa vida verdadeira está em Deus e que somos todos destinados à glória de Deus. Muitos são os textos bíblicos que fazem referências à temática dos fiéis defuntos.

Assim, teremos como norte evangélico a passagem de Jo 14,1-6. Trata-se do início, no Evangelho Segundo São João, da despedida dos Apóstolos e, para a Igreja, o centro dessa passagem é “na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14,2). Na tradição bíblica se diz que o evangelista “João imaginava o mundo celeste como um grande palácio (…) de muito aposentos.”(1).

Quando meditamos sobre a morte sem a iluminação da Palavra de Deus nós ficamos à mercê de crises existenciais, prejudicando nossos sonhos e realizações. Mas se buscamos nas Sagradas Escrituras essa luz encontraremos outra concepção, marcada pela esperança numa vida futura de glória e infinita, pois em Deus somos destinados à salvação.

Assim, a Primeira Leitura desta Liturgia (cf. Sb 3,1-9), obtida do livro da Sabedoria, nos indica que Deus tem, em suas mãos, a vida do justo, que terá, como destino a Jerusalém celeste, descrita na Segunda Leitura (cf. Ap 21,1-5a.6b-7) e onde estará Cristo em toda a sua glória.

Finalmente, recordamos que, entre os dias 1º e 8 de novembro, é tempo de obter Indulgência Plenária para determinada alma que esteja no purgatório, isto é, “a remissão, diante de Deus, de pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos”(2), bastando que visite um cemitério, rezando pela alma, confessar-se, receber a Eucaristia, rezar o Credo e o Pai-Nosso nas intenções do Papa.

Seja nossa vida uma constante busca da santidade e do preparo para quando chegarmos a nossa hora possamos estar preparados para o encontro definitivo com o Senhor, que nos chama para estar com ele e também estarmos unidos à multidão de todos os que formam o seu Reino de amor e de paz. Amém.

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(1) Cf. Nota de rodapé de Jo 14,2-3 da Bíblia do Peregrino (2018).
(2) Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Sobre a Doutrina das Indulgências (1967). Disponível em: <https://www.vatican.va/content/paul-vi/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-vi_apc_01011967_indulgentiarum-doctrina.html>. Acesso em: 31 out. 2022.

 

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⇒ POESIA ⇐

Nossa Vida está em Deus

 

Em nós há uma vida escondida,
Há um existir transcendente,
De algo tão permanente,
De portas que se abrem,
Ontem, hoje, amanhã – eternamente.
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Há em nós um forte chamado,
Para um seguimento ao amor,
Para curarmos a dor,
Pela Palavra santa e eterna
Que cura o nosso clamor.
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Há uma busca de eternidade,
Um apego a este existir material,
Um querer ser imortal,
Sendo distantes de Deus,
Na desilusão total.
*
Está no Senhor, nossa vida,
Feliz, completa, não passageira,
Vida eterna e verdadeira,
Sem pausa e sem decepção,
Nossa vocação primeira.
*
Está em Deus nosso repouso,
Nossa sede de existência,
Nossa vida sem ausência,
Sem medo e decepção,
Só em Deus, a nossa essência.

 

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Obra: “The Last Sermon of Our Lord”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

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Obra: “The Sermon of the Beatitudes”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

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Obra: “The Resurrection of Lazarus”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

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Obra: “The Resurrection of the Widow’s Son at Nain”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

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Obra: “The Pilgrims of Emmaus on the Road”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

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Obra: Xilogravura do livro “Historiae celebriores Veteris Testamenti Iconibus representatae”, autor desconhecido (1712). In commons.wikimedia.org/wiki/: “File:Parable_of_talents.jpg”.

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Foto: P. Mcadams. In iStock.

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Foto: Philip Walenga. In Pixabay.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, fortalece a nossa esperança na perspectiva da Glória do Deus Vivo, ilumine o seu caminho! 

 

 

6º Domingo do Tempo da Páscoa, Ano C, São Lucas

 

⇒ Ano “Família Amoris Lætitia” (2021/2022) ⇐
⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pela fé dos jovens ⇐

 

Leituras: At 15,1-2.22-29; Sl 67(66); Ap 21,10-14.22-23; Jo 14,23-29

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

Tempo Pascal: Um Grande Domingo

Jo 14,23-29

 

Meus irmãos e irmãs, a Liturgia do 6º Domingo da Páscoa, do Ano C, neste Ano “Família Amoris Lætitia”, nos motiva a manter a contemplação no novo mandamento: amarmos uns aos outros. E o Evangelho desta Liturgia está em Jo 14,23-29, passagem que está situada no mesmo contexto bíblico do Domingo passado, isto é, “A despedida” (cf. Jo 13,31-14,31) de Jesus logo após o episódio do lava-pés.

E neste 6º Domingo, a Igreja nos conduz a uma reflexão que retoma o tema do Domingo passado: o amor é a base da vivência cristã, é o fundamento da construção de uma vida de comunhão, paz e justiça. E este amor não é abstrato, pois está voltado para a Palavra do Senhor que nos conduz ao Pai (cf. Jo 14,23).

Assim, o nosso caminhar dentro do tempo pascal chega ao 6º domingo e assim nos aproximamos do Pentecostes, momento litúrgico em que a Igreja celebra a descida do Espírito Santo sobre todos os que estavam reunidos no Cenáculo.

O amor que Nosso Senhor nos deixou é resultado da escuta e da obediência da Palavra com a iluminação do Espírito Santo prometido pelo Senhor. A luz do Espírito Santo tem iluminado a Igreja em seus desafios missionários desde início, pois o próprio Cristo prometeu: “Ele [o Espírito Santo] vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito” (Jo 14,26).

A primeira leitura desta Liturgia (cf. At 15,1-2.22-29) nos apresenta algumas dificuldades das primeiras comunidades, sobretudo a questão dos ritos de inserção da lei judaica (a circuncisão) que deveria ser observada pelos que se convertiam e que queriam fazer parte do grupo dos discípulos do Nazareno.

Naquele momento surge a necessidade da abertura para uma Lei que ultrapassasse o Templo e das tábuas escritas. Aqui podemos retomar o Evangelho que cita o amor (o acolhimento) como o critério principal para receber os novos convertidos no grupo dos Apóstolos.

Também percebemos a ação do Espírito Santo quando são enviados, de Jerusalém, missionários para levarem a mensagem da decisão dos Apóstolos, como relata a seguinte passagem: “Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas.” (At 15,27-29).

Todas estas situações acima citadas são realidades que aconteceram e que acontecem entre os cristãos, pois a Igreja terrestre necessitou e necessita da conversão e da purificação constante como nos afirmou o Papa Emérito Bento XVI: “A Igreja é a esposa de Cristo, o qual a torna santa e bela com a sua graça. Contudo esta esposa, formada por seres humanos, está sempre necessitada de purificação. E uma das culpas mais graves que deturpam o rosto da Igreja é contra a sua unidade visível, sobretudo as divisões históricas que separaram os cristãos e que ainda não foram totalmente superadas”(1) . Esta purificação vem do Espírito Santo prometido por Nosso Senhor, pois é na caminhada dos primeiros anunciadores marcados pelas perseguições, opiniões diversas, discursões doutrinais que a ação de Deus, Uno e Trino, está presente.

Não podemos imaginar uma Igreja que nasceu porque os colaboradores de Jesus já eram todos santos, somente o próprio Cristo era o Deus homem, o Santo e o vencedor da morte. Para se viver a santidade todos os Apóstolos passaram pela purificação como homens terrenos, porque acolheram a força da Ressurreição e seguiram firmes na fé guiados pelo Paráclito. Os discípulos acreditarem e proclamaram as promessas de Jesus. Isso foi fundamental para que chegasse até nós o Evangelho e a mensagem da Boa-Nova.

Agora podemos nos maravilhar daquilo que o Senhor falou aos Seus discípulos na despedida logo após o lava-pés: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14,27).

Seguir o Senhor ressuscitado é ser guiado pela paz que nos conforta e nos deixa o coração livre para enfrentar os desafios da vida cotidiana e da missão evangelizadora.

Podemos, meditar, ainda, a partir da segunda leitura, obtida do livro do Apocalipse (cf. Ap 21,10-14.22-23), quando João, no versículo 22, nos fala do novo templo que é o próprio Senhor: “Não vi templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro.” Esta deve ser a nossa compreensão de culto, pois viver a adoração ao Senhor na nova aliança agora não é mais estar preso ao espaço físico, porque se faz necessário viver o amor no mundo e saber que o Senhor está em todo lugar e inclusive em nós, em nosso coração, como templos vivos para a Sua habitação e nossa santificação.

E neste tempo da Páscoa, que temos vivido como um único dia de alegria e de ação de graças , nos preparemos para o Pentecostes com a Novena que se inicia na próxima Quinta-feira e peçamos a Nossa Senhora, Mãe da Igreja e Rainha dos Apóstolos, que ela interceda por nós para estarmos preparados para recebermos o dom da piedade, fundamental para que estejamos com firmes e prazerosos, de dia e de noite, diante do amor de Deus (cf. Sl 1,2). Amém.

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(1) Papa Bento XVI. Homilia dominical na Praça de São Pedro, 20 de janeiro de 2013. Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/angelus/2013/documents/hf_ben-xvi_ang_20130120.html>. Acesso em: 20 maio 2022.
(2) Cf. ADAM, Adolf. O Ano Litúrgico: Sua história e seu significado segundo a renovação litúrgica. São Paulo: Loyola, 2019. p. 61.

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⇒ POESIA ⇐

O Novo é o Amor


Amar, regra primeira,
E a obediência virá
Amor ilimitado,
E a Lei se cumprirá
Ouvir atento a Palavra,
E o Paráclito a guiar.
*
Acolher Nosso Senhor
Para a paz receber,
Seguir a nova Lei,
Para o outro acolher,
Não discriminar,
Seguir sem esmorecer.
*
Encontrar com os irmãos,
Pra viver comunhão,
Acolhendo aos que chegam,
Que a nós se juntarão,
Como fermentos vivos,
Novo Reino em ação.
*
Seguir sempre em missão,
Com o Espírito de Amor,
Como templos vivos e santos,
Novo culto ao Senhor.
Num caminhar de paz,
E coração em ardor.
*
Esta é a nova Lei,
Que o mundo irá seguir,
O Amor, a principal base,
E a Palavra a ouvir,
E um culto sempre novo,
Pra se construir.


*   *   *

 

Obra: “O Último Sermão de Nosso Senhor”, In brooklynmuseum.org, de J. Tissot.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que manda que nos amemos uns aos outros, ilumine o seu caminho! 

 

 

5º Domingo do Tempo da Páscoa, Ano C, São Lucas

 

⇒ Ano “Família Amoris Lætitia” (2021/2022) ⇐
⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pela fé dos jovens ⇐

 

Leituras: At 14,21b-27; Sl 145(144); Ap 21,1-5a; Jo 13,31-33a.34-35

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

Um Novo Céu e uma Nova Terra, no Amor do Senhor

Jo 13,31-33a.34-35

 

Meus irmãos e irmãs, a Liturgia do 5º Domingo da Páscoa, do Ano C, neste Ano “Família Amoris Lætitia”, nos motiva a contemplar o Senhor Jesus Cristo que nos dá um novo mandamento: amarmos uns aos outros. E o Evangelho desta Liturgia está em Jo 13,31-33a.34-35, passagem que está situada no início da terceira e última parte do Evangelho Segundo São João intitulada “A hora de Jesus. A Páscoa do Cordeiro de Deus” (cf. Jo 13,1-21,25). Numa leitura um pouco mais detalhada, percebe-se que a passagem conhecida como “A despedida” (cf. Jo 13,31-14,31) está no início dos capítulos conhecidos como “A Última Ceia de Jesus com Seus Discípulos” (cf. Jo 13,1-17,26), logo após o episódio do lava-pés.

Nesta Liturgia, Nosso Senhor está em Jerusalém para a festa da Páscoa, segundo o calendário judaico.

E neste 5º Domingo, a Igreja nos oferece um texto do Evangelho que não traz, necessariamente, uma narrativa pascal, mas nos apresenta a base para vivermos o sentido daquilo que é o fundamento da vida nova em Cristo: o amor. O Cardeal Raniero Cantalamessa(1), pregador da Casa Pontifícia, nos lembra que o Evangelho e a segunda leitura, desta Liturgia, apresentam a repetição de uma palavra em comum: o adjetivo novo. E assim diz no Evangelho: “Eu vos dou um novo mandamento” (Jo 13,34a); no Apocalipse: “Vi um novo Céu e uma nova terra; Vi a cidade santa, a nova Jerusalém; Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,1-2.5). [grifos nossos].

A notícia da Ressurreição traz um sentido novo para vida dos que já seguiam o Senhor e também para todos que foram envolvidos nesse acontecimento. Portanto, a grande novidade é o amor que Jesus vive, de forma imensa, intensa e profundamente, doando-se à humanidade, não apenas pelos Seus seguidores, mas por todos os povos e nações, sendo que o amor de Deus trazido pelo Filho será o alimento dos missionários na continuidade a obra do Senhor.

Podemos então nos perguntar: O que faz uma comunidade cristã ser sempre nova em sua experiência de encontro com o Senhor e os com irmãos? O que faz uma família ser sempre sinal de alegria e de testemunho de Deus no seu ambiente interno e externo? O que nos chama atenção num grupo de jovem que faz a diferença dentro de uma paróquia, nas suas atividades pastorais e na convivência do grupo de forma interna? A resposta será obvia: é o Amor, o novo mandamento de Cristo, a novidade de uma experiência cristã.

E quantas comunidades morreram por não cultivar o mandamento do Amor fraterno, o mandamento novo deixado por Cristo, sendo substituído pela frieza que apaga a chama do Espírito Santo? Quantas famílias são destruídas por causa da ausência do mesmo Amor que não foi acolhido e vivido no lar? Quantos grupos cristãos de crianças, jovens e adultos que param de se encontrar porque existem fortes divergências que não se resolvem por falta da fraternidade cristã?

No entanto, precisamos reconhecer que muitas comunidades, famílias e grupos são sinais do amor que renova e que anima a Igreja, que motiva e ressoa a verdade da Boa-Nova anunciada por Jesus e pelos primeiros missionários (Apóstolos e discípulos): que o Reino de Deus já está entre nós (Lc 9,2.10,9), pois nos transforma em uma nova criatura com o coração inflamado pelo amor de Cristo e sendo fermento de atitudes da verdadeira caridade no mundo.

Rezemos por todos nós para que estejamos atentos ao motivo primeiro do nosso seguimento ao Senhor: o amor entre os irmãos. Amor que é diaconia (serviço) e missionariedade na vida da Igreja e no mundo. Rezemos também pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelos Bispos, presbíteros, diáconos, pais de família e todas as lideranças que estão na caminhada da Igreja, para que encontrem sempre o motivo de sua fé e sigam firmes com o Senhor na proclamação da sua Boa-Nova que nos diz: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.” (Jo 13,34-35).

Recordemos que ainda estamos sob a sombra da festa litúrgica de Nossa Senhora de Fátima, celebrada no último dia 13 de maio, cujas aparições, que ocorreram entre maio e outubro de 1917, ainda repercutem em nossos dias.

E neste forte tempo de Pentecostes, tempo pascal, peçamos a Nossa Senhora, a Virgem de Fátima, Mãe da Igreja e Rainha dos Apóstolos, que ela interceda por nós para estarmos preparados para recebermos os dons da fortaleza e do conhecimento, dons fundamentais para superarmos nossas debilidades e escutarmos da Palavra de Deus e abraçarmos a vontade do Pai que está nos Céus. Amém.

*   *   *
(1) É o pregador da Casa Pontifícia desde 1980 e seu criado Cardeal em 28 nov. 2020. Cf. CANTALAMESSA, Raniero. O Verbo se fez carne: reflexões sobre a Palavra de Deus – Anos A, B, C. São Paulo: Ave Maria, 2012.

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⇒ POESIA ⇐

O Novo é o Amor


Desde que nós existimos,
Lá no início da Criação,
Estava presente o Amor,
Sendo de tudo a razão,
Para sermos semelhantes,
Naquele tempo e neste instante,
Para nos fazer doação.
*
Tanto tempo e nada velho,
Pois o Amor não envelhece,
É eterno no existir,
Não se enruga, nem desfalece,
Está no início e em nosso tempo,
Ele é tudo, é alimento,
Se germina e refloresce.
*
Está em nossos encontros,
De partilha e comunhão,
Faz-nos criaturas novas,
No trabalho e na oração,
É o novo mandamento,
De Jesus, é o testamento,
Pra vivermos como irmãos.
*
Novo é a vida nova em Cristo,
Doação da vida plena,
Pois o Amor é infinito,
Que acolhe e nada condena,
Aceita nossa liberdade,
Na escolha da verdade,
A caridade Ele ordena.
*
Seguindo por este caminho,
Sempre, sempre renovados,
Ao lado do Bem Supremo,
Que é o Senhor ressuscitado,
No novo Céu vamos chegar,
E o Amor nos julgará
E novos sempre nós seremos.


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Obra: “A Última Ceia”, In brooklynmuseum.org, de J. Tissot.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que manda que nos amemos uns aos outros, ilumine o seu caminho!