V Domingo do Tempo Comum, Ano B, São Marcos

 

*** Ano de São José (2020/2021) ***

 

Leituras:  7,1-4.6-7; Sl 147(146-147); 1Cor 9,16-19.22-23; Mc 1,29-39

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

Jesus nos Ajuda a Levantarmos e Caminharmos

Mc 1,29-39

Meus irmãos e irmãs, o mistério pascal da Liturgia do V Domingo do Tempo Comum nos motiva a contemplar Jesus que continua sua caminhada levando a cura também aos que o servem. E o Evangelho desta Liturgia está em Mc 1,29-39, sequência do Domingo passado.

O evangelista Marcos nos apresenta Jesus realizando sua obra na casa de uma família e proporcionando a cura da sogra de Pedro. Depois do mar da Galileia, quando chama os quatro primeiros discípulos enquanto realizavam seus trabalhos de pescadores, como vimos no III Domingo do Tempo Comum, Jesus vai à sinagoga, lugar de culto do povo e estudo da Palavra, expulsar o demônio, como vimos no Domingo passado. Nesta Liturgia, ele está no meio de uma família para trazer a cura e a salvação. Aquela mulher recebe de Jesus a graça da saúde, a libertação do mal da febre e começa a servir.

O tema desta liturgia, portanto, é o drama do sofrimento humano e é nesta realidade que Deus vem ao encontro das pessoas para trazer a cura e a salvação.

Na primeira leitura vimos os lamentos humanos de Jó, quando perde tudo, inclusive a saúde. Jó pensa na brevidade de sua vida e por isso diz: “Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira e consomem-se sem esperança.” (Jó 7,6). Jó expressa o sofrimento de todos os humanos. E assim, mais cedo ou mais tarde, nossas dores físicas ou espirituais chegam para nós. Não podemos fugir. O que deve manter-nos firmes é a nossa capacidade de confiança num Deus que nos criou e quer nos resgatar em sua imagem e semelhança, para que participemos do Reino de amor e alegria.

A presença de Jesus acontece nos mais diversos setores da vida do povo: no mar da Galileia, lugar de trabalho; na sinagoga, lugar de culto e estudo da Palavra; e na casa de Pedro, lugar da família e do acolhimento. É a realização de tudo que o povo da antiga aliança, na pessoa de Jó, esperou. Sua pregação e seu chamado nos conduzem à cura total, para que possamos servir com amor e fé.

Como a sogra de Pedro, que após ser curada começa a servir, nós, quando recebermos as graças que vem de Deus, devemos servi-lo na ação concreta de caridade voltada aos pobres, aos doentes e aos amargurados.

São Paulo, na segunda leitura, nos fala da necessidade de pregar o evangelho para que a obra de Cristo se realize no mundo, com a nossa vida de caridade levando alívio ao sofrimento humano, cuidando das feridas físicas e espirituais. Devemos ir aos que sofrem pelas diversas doenças e também aos que ainda não conhecem Jesus.

Os discípulos de Cristo também carregam os seus sofrimentos. Como Jó, muitas vezes, lamentamos por nossa realidade de vida. O que deve ficar claro é que nossas misérias humanas não são anuladas por abraçarmos o chamado de Cristo. Pelo contrário, muitas vezes até afloram certas feridas. Entretanto, Deus nos dá a certeza de que Cristo é o refrigério e a cura das mesmas feridas para que continuemos abertos ao processo de caminhada de conversão e permanente disposição em responder ao Senhor.

Que o Espírito Santo ilumine e fortaleça cada pessoa, cada cristão na sua experiência com Cristo e no seu contato com o sofrimento, seja ele interior ou físico.

 

***

 

⇒ POESIA ⇐

Deus Escuta a nossa Dor

Quando a dor e o sofrimento,
A nós venha a sufocar,
O Senhor vem a escutar,
Nossa angústia e solidão,
Nossa desilusão,
Para então nos consolar.

Quando o mal vem e nos entristece
Em nossas debilidades,
Deixando-nos em enfermidades,
O Senhor vem socorrer,
Para nos fortalecer,
Na sua imensa bondade.

E quando a graça recebemos,
Devemos retribuir,
E aos irmãos servir,
Com imensa gratidão,
Em sinal de comunhão,
E nunca, nunca desistir.

Nosso servir é primordial,
Deve ser nossa missão,
Para o Reino em ascensão,
Evangelho anunciado,
Amor sempre partilhado,
Sem medo e apreensão.

E ao redor da mesa santa,
Que nos traz a igualdade,
Paz, amor e felicidade,
Também, vida e alegria,
No caminho de cada dia,
Rumo à eternidade.

***

 

 

Ouça o áudio

 

 *** Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, que nos escuta e nos ajuda a caminhar, ilumine o seu caminho! ***

 

V DOMINGO DO TEMPO COMUM

ANO NACIONAL DO LAICATO

Leituras: 7,1-4.6-7; Sl 146(147); 1Cor 9,16-19.22-23; Mc 1,29-39

POESIA

DEUS ESCUTA A NOSSA DOR

Quando a dor e o sofrimento,
A nós venha a sufocar,
O Senhor vem a escutar,
Nossa angústia e solidão,
Nossa desilusão,
Para então nos consolar.

Quando o mal vem e nos entristece
Em nossas debilidades,
Deixando-nos em enfermidades,
O Senhor vem socorrer,
Para nos fortalecer,
Na imensa bondade.

E quando a graça recebemos,
Devemos retribuir,
E aos irmãos servir,
Com imensa gratidão,
Em sinal de comunhão,
E nunca, nunca desistir.

Nosso servir é primordial,
Deve ser nossa missão,
Para o Reino em ascensão,
Evangelho anunciado,
Amor sempre partilhado,
Sem medo e apreensão.

E ao redor da mesa Santa,
Que nos traz a igualdade,
Paz, amor e felicidade,
Também, vida e alegria,
No caminho de cada dia,
Rumo à eternidade.

 

HOMILIA

Jesus nos ajuda a levantarmos e caminharmos

A celebração deste 5º domingo do tempo comum nos apresenta Jesus indo realizar a sua obra na casa de uma família, a cura da sogra de Pedro. Percorrendo os dois últimos domingos e incluindo este quinto, vemos que Jesus está em pleno movimento.

Depois do mar da Galileia quando chama os quatro primeiros discípulos nos seus trabalhos de pescadores agarrados às redes (3º domingo do Tempo comum), vai à sinagoga, lugar de culto do povo e estudo da Palavra, expulsar o demônio (4º domingo). Neste 5º domingo, ele está no meio de uma família para trazer a sua cura e sua graça salvadora. Aquela mulher recebe de Jesus a graça da saúde, a libertação do mal da febre e começa a servir.

O tema desta liturgia, portanto, é o drama do sofrimento humano, marcado pelas angústias, enfermidades e tentativas de posse na vida das pessoas. Mas nesta realidade Deus vem ao encontro do homem e da mulher para trazer a cura total e realizar o seu plano salvador no mundo.

Na primeira leitura vimos os lamentos humanos de Jó. Quando perde tudo, inclusive a saúde, ele era um homem rico, saudável e com uma boa família. Jó pensa na brevidade de sua vida e por isso diz: “Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira e consomem-se sem esperança.” (Jó 7,6).

O sofrimento de Jó é o sofrimento de todos os humanos. Mais cedo ou mais tarde, nossas dores físicas – interiores ou espirituais – chegam para nós. Não poderemos fugir. O que deve manter-nos firmes é a nossa capacidade de confiança num Deus que nos criou e quer nos resgatar em sua imagem e semelhança, para que que participemos do Reino de amor e alegria.

A presença de Jesus nos mais diversos setores da vida do povo (mar da Galileia, lugar de trabalho; sinagoga, lugar de culto e estudo da Palavra; e a casa de Pedro, lugar de família) é a realização de tudo que o povo da antiga aliança, na pessoa de Jó, esperou. Sua pregação profética, suas curas e seu chamado conduzem o homem à cura total, para que sirvamos a ele com amor e fé.

Como a sogra de Pedro, que após ser curada começou a servir, nós, quando recebermos as graças que vem de Deus, devemos servi-lo na ação concreta de caridade voltada aos pobres, aos doentes e aos amargurados.

São Paulo nos fala da necessidade e urgência de pregar o evangelho para que a obra de Cristo se realize no mundo. Pregar o evangelho é ir aos que sofrem pelas diversas doenças, é ir aos que ainda não conhecem Jesus e sua palavra de amor, perdão e fraternidade. Como bons samaritanos, sinalizamos o amor de Cristo no mundo com a nossa vida de caridade prática de cristão, aliviando o sofrimento humano cuidando das feridas físicas, interiores e espirituais dos irmãos.

Cada um dos discípulos de Cristo também carregam seus sofrimentos deixados pela história pessoal, frutos de atitudes e opções realizadas no percurso da caminhada. Como Jó, muitas vezes lamentamos por nossa realidade de vida, mesmo sendo temente a Deus e vivendo a fé no salvador.

O que deve ficar claro é que mesmo quando abraçamos um ministério mais exigente como resposta ao chamado de Cristo, este estado de vida não anula nossas misérias. Pelo contrário, muitas vezes até afloram certas feridas referentes às relações com os outros e até consigo mesmo. O que deve haver na verdade é uma abertura ao processo de caminhada de conversão e permanente disposição em responder ao Senhor.

Que o Espírito Santo ilumine e fortaleça cada pessoa, cada cristão na sua experiência com Cristo e no seu contato com o sofrimento, seja ele interior ou físico. Amém.