26º Domingo do Tempo Comum, Ano C, São Lucas

 

Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pela abolição da pena de morte ⇐
⇒ Ciclo das Rosas: Tomada de véu de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, em 24 de setembro de 1890 
Mês da Bíblia 2022“O SENHOR, teu Deus, estará contigo onde quer que vás” (Js 1,9) ⇐
⇒ 5a semana: A memória dos prodígios de Deus como suporte para manter-se fiel à Lei do Senhor. 
⇒ Encerramento do Mês da Bíblia: Deus sempre está com o seu povo
⇒ Dia Nacional da Bíblia ⇐

 

Leituras: Am 6,1a.4-7; Sl 145(146),7.8-9a.9bc-10 (R. 1); 1Tm 6,11-16; 2Cor 8,9; Lc 16,19-31

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

No Amor de Cristo, Vencemos os Abismos entre os Irmãos

Lc 16,19-31

 

Meus irmãos e irmãs, o 26º Domingo do Tempo Comum, o quarto e último Domingo do Mês da Bíblia, nos motiva a contemplar Jesus que ensina sobre os abismos entre os homens. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 16,19-31.

No Evangelho de hoje, a Liturgia nos apresenta Nosso Senhor Jesus Cristo contando outra parábola, desta vez, dirigida aos fariseus. Trata-se da parábola do rico avarento e do pobre Lázaro. Nosso Senhor fala sobre duas realidades que envolvem o homem: a riqueza negativa e a pobreza. Num extremo, um homem rico que, vaidosamente, se vestia com belas e caras roupas; no outro, o pobre Lázaro ao chão, ferido, faminto e esfarrapado, diante da porta do rico avarento (cf. Lc 16,19-21).

A segunda cena deste Evangelho já não é mais no plano terrestre. Lázaro encontra-se “junto de Abraão” (Lc 16,22) enquanto que o rico está na “a região dos mortos, no meio dos tormentos” (Lc 16,23).

As realidades se invertem: Lázaro que padeceu na terra, está agora gozando da paz e da harmonia, porque mesmo vivendo na extrema miséria, confiou totalmente na graça divina. Já o rico, que não soube usar dos seus bens para ajudar o próximo, pecou pela indiferença e agora está nos tormentos.

Vejamos que, de forma mesquinha, o rico pede uma gota de água para refrescar a sua língua, como que não acreditando na abundância da graça divina, e ainda mais: pede não pelos os homens que estão na terra, mas, de forma egoística, apela pelos cinco irmãos. No seu abismo não há mais possibilidades de criar uma ponte para junto de Abraão (cf. Lc 16,26).

A riqueza no Antigo Testamento muitas vezes foi vista como se a benção de Deus se realizasse somente na dimensão da prosperidade ao homem fiel à promessa. Consequentemente, a pobreza era como uma maldição. Os tempos passaram e as riquezas materiais foram se tornando mais obstáculos do que acesso ao paraíso eterno.

Atualmente, parece que não mudou muito estas duas realidades, entre ricos avarentos e pobres. Diante disso, há sempre um abismo enorme, quase intransponível entre os filhos do mesmo Pai Divino. Ainda há muitas mansões e palácios luxuosos, ainda há muita ostentação e esbanjamento das riquezas materiais.

O pior é que ainda persiste o pecado da indiferença e do desrespeito para com a necessidade dos pobres. Há nas calçadas, nas ruas, nas portas, muitos famintos, doentes, sofredores e excluídos. Eles clamam por comida, por assistência médica e por justiça social. E é a realidade dos pobres que nos revelam e denunciam as feridas de um mundo desigual, excludente e opressor.

Diante disso, podemos nos perguntar: Como está a nossa atenção aos irmãos que estão na miséria, nas calçadas, feridos e sem a assistência que os humanos merecem? Como está a nossa relação com os bens materiais? As riquezas são possibilidades de aproximação ou de abismo em relação ao Reino de Deus?

O cristão é chamado a ser o agente de transformação desta realidade. Jesus nos chama a romper as portas da indiferença de nosso coração para construímos pontes de solidariedade, de justiça e de caridade no mundo.

E neste Dia Nacional da Bíblia, sejamos motivados pelo lema do Mês da Bíblia a abraçar a promessa que nos garante a presença de Deus conosco sempre. Diz o lema a parir do livro de Josué: “O SENHOR, teu Deus, estará contigo onde quer que vás” (Js 1,9). Também busquemos a intercessão de São Jerônimo, que viveu entre 347 e 420, para termos as Sagradas Escrituras presente em nossas circunstâncias, pois ele foi responsável por traduzir toda a Bíblia para o latim.

Podemos concluir, lembrando-nos do Salmo desta Liturgia, o qual mostra como Deus deseja que o homem trilhe pelo caminho do bem e, ao mesmo tempo, como Ele protege os sofredores, pobres materiais e espirituais, guiando-os na sua vida, porque ele reina e sempre vence o mal. “O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos. (…) Ele ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre!” [Sl 145(146)]. Amém.

 

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⇒ POESIA ⇐

Abismos entre Irmãos

 

Há abismos angustiantes
Que nos separam do irmão,
Pelas nossas atitudes,
De egoísmo e de ilusão,
Este abismo é a indiferença,
Pelo orgulho e violência,
Contrárias à comunhão.
*
O que faz a nossa ponte,
Ao outro se ligar,
É o amor de nosso Deus,
Que nos faz ao Céu chegar,
Pois n’Ele somos irmãos,
Não depende a condição,
Em que cada um está.
*
Se andarmos na verdade,
Sem fraude e avareza,
Sem o contratestemunho,
Prepotência da riqueza,
Se a Cristo nos ligamos,
E firmes continuamos,
Ele chamará à mesa.
*
Quantos Lázaros a nossa espera,
Nas calçadas e portões,
Nas ruas e nas estradas,
Esperando nossas ações,
Esperando o grande amor,
Que vem de Nosso Senhor,
Pra quebrar as escravidões.
*
Em Deus está nossa paz,
Sua ponte é o amor,
Ele vence o nosso abismo,
Que nos causa tanta dor,
Sua graça é abundante,
Não só gota refrescante,
Ele é graça e esplendor.
*
Que a santa Palavra,
Alerte o nosso viver,
Sobre a ponte do amor,
Que precisamos erguer,
E atentos aos sofredores,
Sejamos os construtores,
Para o Reino acontecer.

 

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Obras: (1) “The Poor Lazarus at the Rich Man’s Door” e (2) “The Bad Rich Man in Hell”, por J. Tissot (1836-1902), In brooklynmuseum.org. (3) Imagem da Rosa: In <gratispng.com/png-uj22en>.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensina e nos alerta sobre os abismos entre os homens, ilumine o seu caminho! 

 

 

Mergulho

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

 

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⇒ Vida e Poesia ⇐

Mergulho

 

Mergulhando no silêncio da noite,
Pra sonhar,
Para me projetar,
No caminho a seguir,
Para me permitir,
A me desabrochar!
*
Mergulho na luz que vem,
Do amanhecer,
E do sol a nascer,
Que vai clareando,
Que vai me animando,
No meu percorrer!
*
Mergulho no dia que me abraça,
Na retomada,
Da minha estrada,
Que me fez sonhador,
Que me faz trabalhador,
Em caminhada!
*
Mergulho na vida presente,
Na minha alegria,
A cada dia,
Buscando atento,
O ritmo do tempo,
Que não se esvazia!
*
Enfim…
*
Mergulho na minha existência,
Buscando o sentido,
Que me é devido,
Na minha essência,
E na paciência,
Sendo agradecido!

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“Os Reis Magos em Viagem”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Magi Journeying”.

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“São Paulo Escrevendo Suas Epístolas”, de V. de Boulogne (1591-1632). In pt.wikipedia.org/wiki/: “Ficheiro:File”-Saint_Paul_Writing_His_Epistles”_by_Valentin_de_Boulogne.jpg”.

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Vinhedo; Nascer do sol; Sol; Fazenda; Videiras, de Alohamalakhov. In pixabay.com.


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“Jacó Vê Esaú Vindo ao Seu Encontro”, de J. Tissot (1836-1902). In thejewishmuseum.org: “Jacob Sees Esau Coming to Meet Him”.

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O Pai à espera do filho perdido, de Eugène Burnand (1850-1921). In eugene-burnand.com/Parables/prodigal%20son.htm

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“Jesus Sobe Sozinho a uma Montanha para Rezar”, de J. Tissot (1850-1921). In brooklynmuseum.org: “Jesus Goes Up Alone onto a Mountain to Pray”.

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25º Domingo do Tempo Comum, Ano C, São Lucas

 

Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pela abolição da pena de morte ⇐
Mês da Bíblia 2022“O SENHOR, teu Deus, estará contigo onde quer que vás” (Js 1,9) ⇐
⇒ 4a semana: Josué – exemplo de continuador da História da Salvação

 

Leituras: Am 8,4-7; Sl 112(113),1-2.4-6.7-8 (R. cf. 1a.7b); 1Tm 2,1-8; 2Cor 8,9; Lc 16,1-13 (mais longo) ou Lc 16,10-13 (mais breve)

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

Os Discípulos de Cristo são os Adoradores e Servidores do Único Deus

Lc 16,1-13 (mais longo) ou Lc 16,10-13 (mais breve)

 

Meus irmãos e irmãs, o 25º Domingo do Tempo Comum, o terceiro Domingo do Mês da Bíblia, nos motiva a contemplar Jesus que ensina aos seus discípulos a servir a Deus e não ao dinheiro. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 16,1-13.

No Evangelho de hoje, a Liturgia nos apresenta Nosso Senhor Jesus Cristo contando uma parábola que fala sobre o administrador infiel e esperto. Este administrador, refletindo sobre a sua demissão, usa uma estratégia para sair desta situação. Ele abre mão do seu lucro e desta forma consegue devolver o dinheiro que é do seu patrão (cf. Lc 16,5-7).

Jesus elogia a esperteza daquele administrador(1) e fala para seus discípulos: “Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas” (Lc 16,9). Para Jesus, o dinheiro injusto poderia ser originado na exploração das pessoas. Porém, tal recurso também poderia ser usado a serviço da caridade e da vida dos pobres. Desta forma, os pobres, os bem-aventurados, poderiam acolher os ricos no Céu, porque estes colocaram suas riquezas a favor dos necessitados. Pois o Céu é daqueles que fizeram o bem e viveram a caridade na sua caminhada terrena (cf. Mt 25,34-40).

A parábola do administrador infiel é contada aos Seus discípulos (cf. Lc 16,1) mas tinha como ouvintes, também, alguns fariseus zombadores (cf. Lc 16,14). E o Senhor Jesus quer que eles, os discípulos, sejam fiéis no seguimento a Ele e na missão, pois eles serão administradores dos bens celestes e deverão carregar no coração a honestidade e a verdade da Palavra de Deus.

Na missão, os discípulos de Jesus deveriam também estar atentos com a mesma astúcia do administrador infiel, porém estando abertos à Sabedoria do Espírito Santo para administrarem os bens do Reino. Em nossa caminhada cristã, precisamos também da Sabedoria para sermos coerentes, em virtude do nosso testemunho e do serviço ao Evangelho.

Jesus também ensina que o seu discípulo é aquele que é fiel na administração das pequenas e das grandes coisas (cf. Lc 16,10). Também para ser discípulo é preciso que este ame a Deus como único Senhor (cf. Lc 16,13). O dinheiro pode ser cultuado como um deus (um ídolo) com muitos altares erguidos por todos os lugares deste mundo atual de um capitalismo tão selvagem. O dinheiro ser adorado e confundir o homem na busca do bem maior de sua existência, que é o sentido da sua vida e seu papel no mundo.

E através do profeta Amós, a Liturgia nos apresenta a situação de corrupção no séc. VIII a.C., durante o reinado de Jeroboão II na Samaria ou Reino do Norte. Amós denuncia principalmente o que a elite fazia no próprio Sábado, que era o dia sagrado, pois não tinham o menor escrúpulo em diminuir medidas, adulterar balanças, dominar os pobres com dinheiro e os humildes com pares de sandálias (cf. Am 5-6). Parece que o nosso mundo não mudou. Sempre existiu esta luta entre os filhos das trevas e os filhos da luz.

Hoje temos tantas situações parecidas com o que apresenta Amós, pois as fraudes comerciais, políticas e administrativas são visíveis. Nem sempre o dinheiro é usado a serviço das necessidades básicas e da concretização dos direitos os quais as leis nacionais e internacionais exigem que os governantes devam cumpri-las.

Também fiquemos atentos ao que nos ensina São Paulo na Primeira Carta a Timóteo: “Antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens; pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador; ele quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.” (1Tm 2,1-4).

Em tempos de campanha eleitoral e ainda o terceiro Domingo do Mês da Bíblia, rezemos pelos candidatos para que a disputa eleitoral não transforme o nosso país em uma terra arrasada, pois junto com o povo sempre esteve e sempre estará Deus, que é Senhor da História e como canta o Salmo nesta Liturgia “Louvai o Senhor, que eleva os pobres!”. Portanto, irmãos e irmãs, a nossa oração pelos que nos governam e o sincero propósito de crescermos na comunhão, na verdade e na honestidade, nos ajudará na construção do Reino de Deus, através do anúncio da Boa-Nova ao mundo. Amém.

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(1) Cf. nota de rodapé referente a Lc 16,8 na Bíblia de Jerusalém.

 

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⇒ POESIA ⇐

Servir Somente ao Senhor

 

Mundo de tantos altares,
Onde o dinheiro é adorado,
Onde tantos estão focados,
Nas coisas materiais,
Tornando-se desiguais.
Como Deus será amado?
*
Jesus nosso Salvador,
É quem nos traz a lição:
Vivermos sem ambição,
As coisas não adorar,
Mas somente administrar,
Para o bem do nosso irmão.
*
Servir somente ao Senhor,
Como único e verdadeiro,
Não sendo interesseiro,
Sem o outro corromper,
Mas a ele oferecer,
O amor como primeiro.
*
Ser fiel no que lhe cabe,
Saber administrar,
Sem ao outro enganar
Viver com muito cuidado,
Para não ser condenado,
Quando Deus vier cobrar
*
Deus de amor Ressuscitado,
Curai nosso coração,
Pra não vivermos a ilusão,
De uma vida enganada,
Guia-nos na Tua estrada,
Que nos leva à salvação.
*
Abençoai todos aqueles,
Que estão sempre a servir,
Amando sem oprimir,
Que sabem administrar,
O que Senhor lhe confiar,
E os irmãos vivem a unir.
*
Espírito Santo de amor,
Iluminai nosso viver,
Faz-nos esclarecer,
Cada passo da estrada,
Nessa nossa caminhada,
Pois, o Céu queremos ver.

 

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Obra: “Nosso Senhor Jesus Cristo”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensina a servir a Deus e não ao dinheiro, ilumine o seu caminho! 

 

 

Deixas que Venha Ecoar

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

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⇒ Vida e Poesia ⇐

Deixas que Venha Ecoar

 

Deixas que venha ecoar,
A Palavra que faz ressurgir,
Vida nova ao coração,
Num fogo que faz consumir,
Espírito Santo em ação,
A invadir teu coração
E tua vida a se expandir.
*
Deixas que venha ecoar,
A voz do supremo Pastor,
Que vem a te conduzir,
Cheio de carinho e amor,
Por isso deves seguir,
Sem medo de desistir
Nos passos do Salvador.
*
Deixas que venha ecoar,
No sopro leve do vento,
E o teu corpo a tocar,
Para tirar o sofrimento,
E as tentações a expulsar,
E poder se alimentar
Deste vivo sacramento.
*
Deixas que venha ecoar,
Aquele chamado primeiro,
Que um dia aconteceu,
Por alguns dos caminheiros,
E que a ti apareceu,
Tua vida remexeu
Com convite verdadeiro.
*
Deixas que venha ecoar,
As lembranças de alegria,
Quando tu se apaixonastes,
E tua alma se enchia,
Porque o amor tu abraçastes,
E por isso tu louvastes
Como fosse aquele dia.
*
Deixas que venha ecoar,
A voz do Supremo Amor,
Que tu vens a proclamar,
Com força e grande ardor,
Porque Ele quer te falar,
Contigo quer caminhar
Através do teu labor.
*
Seja a vida esse ecoar,
Nos caminhos da existência,
Neste chão onde pisamos,
Semeando a santa ciência,
E onde quer que estejamos,
Sempre nos prontificamos
A viver a obediência.
*
Sejamos o sal e a luz,
A que Jesus nos chamou,
Para a vida dar sentido,
Para ser luz nos enviou,
A este mundo escurecido,
E Deus, pai, irmão e amigo
Nunca, nunca nos deixou.
*
Gratidão à Virgem Santa,
Quem primeiro escutou,
Ecoar a salvação,
E firme se prontificou,
Abraçou a santa missão,
Fez da vida oração,
E Deus Santo seu louvor.!

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“As Sete Trombetas de Jericó”, de J. Tissot (1836-1902) & Discípulos. In thejewishmuseum.org: “The Seven Trumpets of Jericho”.

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“Pentecostes”, de J. Bautista Maino (1615-1620). In https://commons.wikimedia.org/wiki: “File:Maino_Pentecostés,_1620-1625._Museo_del_Prado.jpg”.

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“O Bom Pastor”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Good Shepherd”.


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“Elias Habita na Caverna”, de J. Tissot (1836-1902) & Discípulos
In thejewishmuseum.org: “Elijah Dwelleth in a Cave”.


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“O Chamado de Mateus”, de J. Tissot (1836-1902)
In brooklynmuseum.org: “The Calling of Saint Matthew”.

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“A Mulher com Problema de Sangue”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Woman with an Issue of Blood”.

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“Zaqueu no Sicômoro Aguardando a Passagem de Jesus”, de J. Tissot (1836-1902)
In brooklynmuseum.org: “Zacchaeus in the Sycamore Awaiting the Passage of Jesus”.

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“Discursos de Jesus com seus Discípulos”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “Jesus Discourses with His Disciples”.


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“São Paulo Pregando em Atenas”, de Rafael Sanzio (1483-1520). In pt.wikipedia.org/wiki: “File:V&A – Raphael, St Paul Preaching in Athens (1515).jpg”.


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“Visitação”, de Giotto (1266-1337). In https://commons.wikimedia.org/wiki: “File:Giotto,_Lower_Church_Assisi,_The_Visitation_01.jpg”.


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24º Domingo do Tempo Comum, Ano C, São Lucas

 

Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pela abolição da pena de morte ⇐
Mês da Bíblia 2022“O SENHOR, teu Deus, estará contigo onde quer que vás” (Js 1,9) ⇐
⇒ 3a semana: O cerco e a queda das muralhas de Jericó

 

Leituras: Ex 32,7-11.13-14; Sl 50(51),3-4.12-13.17.19 (R. Lc 15,18); 1Tm 1,12-17; 2Cor 5,19; Lc 15,1-32 (mais longo) ou Lc 15,1-10 (mais breve)

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

Deus Se Alegra, na Sua Misericórdia, com a nossa Volta para os Seus Braços

Lc 15,1-32 (mais longo) ou Lc 15,1-10 (mais breve)

 

Meus irmãos e irmãs, o 24º Domingo do Tempo Comum, o segundo Domingo do Mês da Bíblia, nos motiva a contemplar um pequenino aspecto da misericórdia de Deus: a Sua alegria com a conversão de um só pecador. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 15,1-32.

No Evangelho de hoje, a Igreja nos oferece todo o capítulo 15 do evangelho de Lucas, o qual nos apresenta a parábola da misericórdia, ou seja, a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido e o filho fiel.

As três narrativas, chamadas de parábolas da misericórdia, podem ser lidas como um todo. O pai, o pastor e a mulher, representam Deus. A ovelha perdida se relaciona com o filho perdido e achado. A moeda se relaciona com o filho mais velho. Estas narrações expressam a misericórdia de Deus para conosco.

O motivo pelo qual são contadas estas parábolas, está associado às críticas dos fariseus que diziam que Jesus fazia refeições nas casas de pecadores e, ao mesmo tempo, os acolhia.

Às vezes nos perdemos como a ovelha, outras vezes, sem que tenhamos muito domínio de nós, somos perdidos como a moeda. Isso em função dos caminhos de nossa existência. Considerando um contexto narrativo, a ovelha perdida pode ser sujeito ou objeto, mas a moeda perdida é um objeto. O pastor só encontra a ovelha quando esta se reconhece perdida, quando ela para de perambular e se afastar do redil. Já a moeda, que é objeto, só pode ser encontrada pela persistência da mulher.

Sendo ovelha (sujeito) ou moeda (objeto), precisamos da luz de Deus e da sua Palavra para nos reencontrarmos. E quando somos encontrados, haverá a alegria de outros, pois a experiência da volta para Deus é sempre uma alegria comunitária.

A ovelha perdida pode nos lembrar dos momentos em que, por um tempo, saímos da comunhão com o rebanho do Senhor e depois nos damos conta dos erros e queremos voltar porque o Senhor nos reencontrou e nos carregou nos seus ombros. Isso com imensa alegria e muito amor e Ele de volta ao encontro de seu rebanho.

Já a moeda nos remete aos momentos de noite escura, quando precisamos que Deus nos ache de qualquer forma, pois ficamos impotentes diante de uma crise de fé. Às vezes não conseguimos encontrar o sentido do caminho e nem nos encontrarmos mesmo estando na casa do Pai.

Na narrativa do Pai misericordioso, vemos o quanto é grande a alegria de Deus na volta do seu filho perdido. Assim Deus faz com cada um de nós quando retornamos aos seus braços. Somos sempre bem acolhidos no banquete da vida, na casa do Pai. Isto com cantos de alegria, com o anel da dignidade, vestes e sandálias novas e o abraço de Deus.

Outras vezes participamos do amor de Deus na realidade do filho mais velho. Este esteve sempre na casa do Pai, mas quis ficar distante da sua alegria. No retorno do seu irmão, o orgulho tomou conta do seu coração. Mesmo o Pai dizendo que ele estivera sempre na sua casa, mesmo tendo recebido o perdão constante de seu Pai o qual nunca o desprezou e nem o expulsou de sua casa, porque este filho também recebeu a herança.

Portanto, o Deus misericordioso que é apresentado nas três narrativas da parábola é o mesmo Deus que diante de Moisés desistiu da punição que havia ameaçado fazer ao povo de cerviz dura (cf. Ex 32,9.14), pois, pela sua misericórdia, permitiu a possibilidade do retorno dos seus filhos para o seu amor e sua graça.

Que neste mês da Bíblia possamos iluminar as nossas ações com a Santa Palavra que é luz para os nossos passos e guia na nossa vida de discípulos missionários do Senhor. Ele nos chama em cada Liturgia, em cada encontro com a sua Palavra, Ele nos chama para voltarmos sempre cada vez mais para sua Casa e para o Seu amor e por isso nos abraça na sua alegria de Pai misericordioso. Amém.

 

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⇒ POESIA ⇐

A Alegria da Volta

 

Quando na vida nos percebemos errantes,
E caminhamos por trilhas tão tortuosas,
Quando no abismo chegamos a cair,
Por atitudes e práticas faltosas.
Parar e procurar o que estava perdido,
Voltar um pouco o caminho percorrido,
É a ação mais necessária e corajosa.
*
Reencontrar o que no caminho se perdeu,
Com a luz que vem do eterno amor,
Limpar cada recanto para encontrar a pérola,
Que somente nos vem de Nosso Senhor,
Ele que na alegria nos quer voltando,
Nos acolhe e vai logo nos abraçando,
Por que é misericórdia e vê a nossa dor.
*
Como é bom sentir o abraço do supremo amor,
Que na alegria da volta nos dá o perdão,
Que até nos carrega nos seus ombros santos,
Para nos tirar dos males e da perdição,
E ainda faz festa na nossa chegada,
Porque nossa vida foi restaurada,
Livrou-se das correntes da escravidão.
*
E, agora como ovelhinhas reencontradas,
Ficaremos no rebanho que Ele colocou,
Partilhando a caminhada que Ele ofereceu,
Porque para a vida Ele nos retornou,
E o seu Corpo será nosso alimento,
Para não cairmos nos duros tormentos,
Que, por algum tempo, nos escravizou.
*
A alegria de Deus é nossa salvação,
Ele é Pai de misericórdia infinita,
Sua alegria maior é nos ver voltando,
Pois Ele corre, abre os braços e grita,
Porque vê seu filho que está chegando,
E sem explicações vai logo perdoando,
Oferecendo as joias e roupas mais bonitas.

 

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Obras: (1) “The Good Shepherd” e (2) “The Lost Drachma”, por J. Tissot (1836-1902), In brooklynmuseum.org. (3) “O Retorno do Filho Pródigo”, por Rembrandt (1606-1669), In pt.wikipedia.org: “O_Retorno_do_Filho_Pródigo”.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, com sua infinita misericórdia, nos ensina sobre a Alegria com a conversão de um só pecador, ilumine o seu caminho! 

 

 

A Vida é Imensidão

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

 

 

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⇒ Vida e Poesia ⇐

A Vida é Imensidão

 

Se pararmos pelo menos um instante,
E pensarmos o quanto a vida é imensidão,
A gente não deixaria de parar um pouco,
Para sentir o pulsar do nosso coração!
*
Pois o pulsar do nosso coração,
De vez em quando não se faz de sentir,
Quando anestesiamos os sentimentos,
E vivemos sem querer se ouvir!
*
E vivendo sem querer se ouvir,
Ficamos sem sentir nossos movimentos,
Talvez deixamos a vida nos levar,
E desprezamos os fortes sentimentos!
*
Pois não acolher os fortes sentimentos,
É desprezar o percurso de nossa história,
Que as vezes revivemos na forte saudade,
Quando revisitamos nossas memórias!
*
Viajar e revisitar nossas memórias,
É um forte exercício de esperança,
Que arrebenta as estruturas da gente,
Mas estimula nossa confiança!
*
E estimular nossa confiança,
É uma experiência de certo temor,
Se faz fortalecendo o equilíbrio,
Porém, só alimentado por um firme amor!
*
Porque se alimentar do firme amor,
É uma conexão que não podemos perder,
Pois a vida é esse movimento lindo,
Que gente precisa muito fortalecer!
*
Fortalecer o movimento da vida,
Deve ser nossa atitude de cada dia!
Mesmo que se pare para se refazer,
E de novo deixar fluir a paz e a alegria!
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E deixar fluir a paz e a alegria,
Este é o segredo de todo caminheiro,
Porque isso alimenta cada passo,
E o faz enfrentar qualquer nevoeiro!

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“O Milagre dos Pães e Peixes”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Miracle of the Loaves and Fishesth”

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“Davi toca harpa perante Saul”, de J. Tissot (1836-1902) & Discípulos. In thejewishmuseum.org: “David Plays the Harp Before Saul”.


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“Pilha de drogas médicas em fundo de mármore.” Por azerbaijan_stockers. In br.freepik.com.


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“Os Romanos da Decadência”, de Thomas Couture (1815-1879). In pt.wikipedia.org/wiki: “Thomas_Couture”.


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“A Oração Noturna de Davi”, de J. Tissot (1836-1902) & Discípulos. In thejewishmuseum.org: “David Praying in the Night”

*   *   *

“Filho Pródigo”, de Eugène Burnand (1850-1921). In <eugene-burnand.com/Parables/prodigal%20son.htm>.

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Nossa Senhora da Ternura. In fr.wikipedia.org/wiki: “Fichier:Vladimirskaya.jpg”.

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“A Cena de Emaús”, de Diego Velázques (1599-1660). In pt.wikipedia.org/wiki: “Ficheiro:La_cena_de_Emaús,_by_Diego_Velázquez.jpg”.


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“Paulo entrega as cartas a Timóteo”. In Mosaico da Catedral de Monreale, Palermo (Itália).


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“Silhueta de homens alpinistas com mochila…”. Por Jcomp. In br.freepik.com.


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As Lições do Tempo

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

 

 

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⇒ Vida e Poesia ⇐

As Lições do Tempo

 

Quando o ar seco da longa seca se acalmar,
Dando lugar ao clima molhado que vem nos abraçar,
E dos ipês caíres as flores roxas, brancas e amarelas,
Deixando no chão uma pintura rara, simples e bela,
Então entenderemos que o tempo,
É este mestre que ensina sempre a esperançar.
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Quando os dias nascerem ainda com um pouco de noite,
Sem deixarem que o sol ilumine e venha nos saudar,
E mesmo assim a estrada tenhamos que seguir.
Deixando que o ritmo da vida possa nos conduzir,
Então nos convenceremos com o tempo,
Que o caminho se faz a caminhar.
*
Quando cada passo já realizado fizer sentido,
Mesmo que os tropeços nos tragam o inesperado,
E muitas vezes percamos a calma em algum passo,
E necessitemos que alguém nos contenha no abraço,
Entenderemos com o tempo, que a vida
É esse jardim a ser sempre cuidado.
*
E quando na solidão natural podermos nos encontrar,
Viajando nas recordações da nossa viva história,
Deixando que os pensamentos fluam livres com o vento,
Mergulhados nas meditações e acontecimentos,
Sentiremos, então, com o tempo o valor e o sentido,
De nossas preciosas memórias.
*
O tempo é mesmo quem nos dará muitas respostas,
Que nos tirará muitas máscaras e muitos véus,
Que nos fará juízes de muitos condenados,
Que nos tornará réus presos ou libertados,
E as tribulações e amarguras no caminho do sofrimento,
Ou nossos acertos, gozos e alegrias vias aos céus.
*
Mas somente há uma dádiva que nos salvará,
Sendo essência universal sempre a florescer,
O supremo Amor, no tempo, que vai nos recriando,
O Amor, ou os amores, que vamos encontrando,
Que se dá entre pais, irmãos, amigos, amado ou amada,
Fundamento que nunca há de morrer.

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“A Criação”, de J. Tissot (1836-1902). In thejewishmuseum.org: “The Creation”.

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“Caminho no parque outono com folhas caídas”. Por Atlas Company. In br.freepik.com.


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“Elias no Deserto”, de Washington Allston (1779-1843). In pt.wikipedia.org/wiki: “Elias”


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Nosso Senhora do Perpétuo Socorro.


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“Moisés Diante da Terra Prometida”, de J. Tissot (1836-1902). In thejewishmuseum.org: “Moses Sees the Promised Land From Afar”

 

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“Silhueta de homens alpinistas com mochila…”. Por Jcomp. In br.freepik.com.


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“José se faz conhecido por seus irmãos”, de J. Tissot (1836-1902). In thejewishmuseum.org: “Joseph Maketh Himself Known to His Breth”.


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Um Olhar Sobre a Vida

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

 

 

 

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⇒ Vida e Poesia ⇐

Um Olhar Sobre a Vida

 

Um olhar sobre a vida dos humanos,
Das almas de coragem e de desengano,
Da natureza nos reflexos mais vivos,
Também dos estragos mais expressivos.
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Um olhar sobre a coragem e o medo
Sobre o sol, a lua, estrelas, arvoredos,
Sobre a persistência nas madrugadas,
Também, sobre os que ficam pela estrada.
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Um olhar sobre os amores que vamos encontrando
Os que nos amam e vão nos deixando,
Sobre os rostos que expressam gratidão,
Também sobre os que se afogam na solidão.
*
Um olhar sobre os dias mais belos da vida
Das festas, encontros, chegadas e partidas.
Sobre o amigo que oferece a sua mão,
Também sobre os que certamente nos trairão.
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Um olhar sobre a luta dos incansáveis,
E os que são usados feitos descartáveis,
Sobre os que brincam com as crianças,
Também sobre os que perdem a esperança.
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Um olhar sobre os incrédulos e crentes,
Sobre os culpados ou inocentes,
Um olhar sobre os que são ousados
Mas também sobre os acomodados.
*
Um olhar sobre este lindo planeta terra,
Que os homens destroem entre a fome e a guerra,
Que as vezes faltam flores para ser mais bonita
Para torná-la talvez infinita…
*
Enfim um olhar sobre a revelação de Deus onipotente,
Seu plano de amor como presente,
Sobre Jesus verbo do eterno amor
Que é paz, é vida, é rei e humilde Senhor…

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Papa Francisco rezando na Porciúncula, em Assis (Itália). © Vatican Media.

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“São Francisco de Assis. “ Imagem: Do filme “Francisco, Arauto de Deus”, (1950), de R. Rossellini. In wikipedia.org/

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Imagem: por Mario Hagen. In pixabay.com

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In brooklynmuseum.org: “The Rich Young Man Went Away Sorrowful”

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Papa Pio XII abençoando as ruas de Roma após os bombardeios de 13 de agosto de 1943. In <https://www.studiarapido.it/pio-xii-papa-seconda-guerra-mondiale/>

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Papa Francisco. Angelus, 15 de março de 2020. © Vatican Media.

 

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Mar da Galileia. © Wojciech Ilczyszyn. In Pixabay.

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Papa Francisco. Bênção Urbi et Orbi extraordinária devido à pandemia do coronavírus, Praça São Pedro (vazia), 27 de março de 2020. © Vatican Media.

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23º Domingo do Tempo Comum, Ano C, São Lucas

 

Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pela abolição da pena de morte ⇐
Mês da Bíblia 2022“O SENHOR, teu Deus, estará contigo onde quer que vás” (Js 1,9) ⇐
⇒ 1a semana: Fidelidade à Lei recebida no deserto
⇒ 2a semana: Adesão ao povo de Deus pela fé ⇐

 

 Leituras: Sb 9,13-18 (gr. 13-18b); Sl 89(90),3-4.5-6.12-13.14.17 (R. 1); Fm 9b-10.12-17; Sl 118(119),135; Lc 14,25-33

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

O Cristão Diante do Amor e da Bondade do Mestre

Lc 14,25-33

 

Meus irmãos e irmãs, o 23º Domingo do Tempo Comum, do Ano C, o primeiro Domingo do Mês da Bíblia, nos motiva a contemplar mais uma dimensão do discipulado: o desprendimento assertivo em favor do Reino de Deus. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 14,25-33.

No Evangelho de hoje Jesus nos fala que o verdadeiro discípulo é aquele que responde ao Chamado com as seguintes prioridade: (i) prudência na resposta, (ii) desprendimento em relação à família e aos bens materiais e (iii) a atitude de abraçar a cruz no cotidiano, independente das circunstâncias e contingências. Tais prioridades são próprias do Chamado.

Ao aderir o Chamado de Jesus e interiorizar o espírito do Evangelho, cada um deve antes pensar, calcular nas exigências do seguimento. Por isso Jesus nos orienta: “…qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?” (Lc 14,28). O discípulo também precisa refletir sobre as condições de sua resposta, precisa ser prudente, ter consciência do que assume! O cristão não pode seguir o exemplo do construtor imprudente, do qual nos fala o Evangelho de Lucas. O cristão precisa refletir sobre sua escolha e decisão, para ver se dá conta naquilo que assumiu como vocação, como chamado e para viver isto como missão!

Outro tema deste Evangelho é o desprendimento: quando nos desapegamos das pessoas por amor ao Senhor, nos tornamos mais coerentes com o próximo, pois amar a Deus é também amar o irmão, é fazer o bem e evitar o mal, seja em relação ao próximo, seja em relação ao à natureza, na expressão do Papa Francisco, a “casa comum”, é estarmos a serviço por amor e não por carência afetiva ou por imposição. Quando nos apegamos a pessoas, alimentamos uma relação de idolatria, pois colocamos as pessoas no lugar de Deus.

Em sua natureza, o cristão deve ter o seu coração livre. Livre dos excessos de coisas que sufocam e desviam do caminho do amor. É claro que sempre precisaremos servir-nos de vários meios para os nossos compromissos de trabalho e de estudo, também para o lazer na nossa vida, porém, nunca estes deverão ser um obstáculo na experiência espiritual e na convivência humana. O Evangelho sempre nos pedirá que o nosso coração esteja livre para Deus, pois é neste sentido que somos livres para nos colocamos de braços abertos diante de nossas escolhas, como sentido e missão para a nossa existência.

Também é oportuno refletir que na vida pastoral, na vida eclesial podemos nos apegar ao serviço (ou ministério) como se fossem cargos de nossa propriedade e não da Igreja. Agindo assim haverá o grande perigo de tornarmos a Igreja estéril no crescimento do seu rebanho.

Portanto, coloquemos em nossos corações o apelo que o Senhor nos faz para nos esvaziarmos de nós mesmos e seguirmos com o coração livre para ouvir a sua Palavra e acolher o seu Amor. Tenhamos também a consciência e a sabedoria de que desapego faz parte de todos os ministérios da Igreja, pois todos são chamados a abrirem o coração para a experiência do desprendimento, pela pregação do Evangelho.

Que neste Mês da Bíblia possamos fortalecer cada vez mais o amor à Sagrada Escritura, através da leitura orante e constante, em vista de nossa permanente conversão e levando ao próximo a alegria dos que seguem o Senhor. Que a nossa alegria brote da Palavra de Deus, pela iluminação do Espírito Santo, como nos ensina o livro da Sabedoria: “Acaso alguém teria conhecido o teu desígnio, sem que lhe desses Sabedoria e do alto lhe enviasses teu santo espírito?” (Sb 9,17). Amém, amém, amém.

 

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⇒ POESIA ⇐

Ser Cristão, Ser Missionário

 

Ser cristão é ser discípulo,
Livre e desapegado,
De tudo que o aprisiona,
Não sendo escravizado,
É abraçar também a cruz,
Caminhar na santa Luz,
De Jesus, Ressuscitado.
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Ser cristão é ir aos outros,
Levando a alegria,
Dos que seguem o Senhor,
Na vida de cada dia,
Deixando um pouco o seu lar,
Firme, sem desanimar,
Na paz e na harmonia.
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Ser cristão é caminhar,
Com o amor no coração,
Enfrentando desafios,
No trabalho e na missão,
É estar também rezando,
E aos irmãos sempre ajudando,
Num gesto de gratidão.
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Ser cristão é prosseguir,
Sempre a Palavra escutar,
Para crescer sempre mais,
No seguir, no caminhar,
É crescer na comunhão,
Na alegria com os irmãos,
Sempre, sempre a perseverar.

 

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Obra: “Ele passou pelas aldeias no caminho para Jerusalém”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensina sobre o desprendimento assertivo em favor do Reino de Deus, ilumine o seu caminho! 

 

 

22º Domingo do Tempo Comum, Ano C, São Lucas

 

Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelos pequenos e médios empreendedores ⇐
⇒ Mês Vocacional – 4º Domingo: pela vocação para os ministérios e serviços na comunidade ⇐
⇒ Dia Nacional dos Catequistas ⇐

 

Leituras: Eclo 3,19-21.30-31 (gr. 17-18.20.28-29); Sl 67(68),4-5ac.6-7ab.10-11 (R. cf. 11b); Hb 12,18-19; Mt 11,29ab; Lc 14,1.7-14

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

A humildade é a virtude que nos leva à Mesa do Reino

Lc 14,1,7-14

 

Meus irmãos e irmãs, no 22º Domingo do Tempo Comum vivenciamos o quarto Domingo do mês vocacional em que refletimos e rezamos pela vocação para os ministérios e serviços na comunidade e também Dia Nacional dos Catequistas. E neste Domingo, a Liturgia nos motiva a contemplar o ensino sobre a humildade nas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 14,1.7-14.

No Evangelho de hoje, o Senhor Jesus está na casa de um importante fariseu para fazer uma refeição, em dia de Sábado. A mesa está pronta, muitos convidados chegam e Jesus observa lugares não ocupados. Observa também os convidados. É de se supor a presença de outros fariseus e autoridades religiosas naquela casa, os quais ocupavam os lugares principais.

Há um ensinamento de Nosso Senhor diante daquela refeição no que se refere aos lugares à mesa e também aos convidados. Ele ensina sobre a humildade numa relação não somente do homem para com o seu semelhante, mas também do homem para com Deus. Na História da Salvação, a tradição valoriza a humildade como uma virtude cristã, pois é concretizada por Deus em seu próprio Filho, Jesus, que desceu à nossa miséria e caminhou conosco, não só nos ensinando, mas também sentido as dores do nosso pecado.

“Quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado” (Lc 14,11). Este ensinamento, contido no texto de Lucas é de uma profundidade esplêndida. Pois humildade é se abaixar. Jesus desceu à terra (se abaixou), se igualou em natureza aos homens, menos no pecado, e foi mais longe: desceu à sepultura, viveu a experiência da morte, mas foi exaltado para vida infinita a fim de oferecer à humanidade a possibilidade da redenção eterna.

Jesus, Deus e homem, viveu a humildade como servo, lavou os pés dos discípulos para nos ensinar que precisamos também nos abaixar com o avental da humildade aos outros para servir. Parou para conversar com as crianças ficando no mesmo nível (físico) delas para acolhê-las e para nos dizer que é necessário viver como elas para participarmos da mesa do Reino.

Para nós, cristãos, faz-se necessário olharmos para a humildade de Deus, a humildade de Jesus, e nos enchermos dessa virtude cristã, pois o mundo do capital, da política e até das profissões parecem andar na contramão dessa força. Podemos nos perguntar: Como viver, neste mundo, a humildade a caminho do banquete do Reino? Como construirmos a fraternidade e inundar os corações das pessoas com os valores cristãos, sem que deixemos de ser eficientes, humanos e úteis no mundo do nosso trabalho?

A humildade verdadeira agrada a todos e leva a cada pessoa a meditar nesse valor. Quem é humilde coloca a sua função e eficácia a serviço dos outros. O motivo de alguém se tornar responsável por uma instituição, por um ministério, empresa ou outras responsabilidades na linha de frente, será de qualidade na medida em que esta se torna coerente. E deve ser construída na humildade, ou seja, na contramão da prepotência, abuso de poder e interesses egoístas.

Na escola da vida cristã, há muitos meios de aprendermos e aperfeiçoarmos no caminho da humildade, dependendo da opção que vamos fazendo pela vida. Por exemplo: na família, os cônjuges são chamados a se completarem e se construírem através da aceitação do outro, pelo diálogo, pelo perdão diário e de muitas vezes se abaixarem (pela humildade) um ao outro, para que o lar seja um ambiente de amor, de paz e de comunhão.

Não podemos esquecer o testemunho do clero, dos sacerdotes e diáconos, religiosos e leigos que, pela missão de levar o Evangelho aos outros, caminham junto com os injustiçados, os pobres, muitas vezes lavando os seus pés pela doação e defesa da justiça, da verdade, pela caridade e também pelo amor incondicional.

São tantos os exemplos concretos os quais podemos contemplar e seguir em frente para vivermos a humildade a caminho da mesa do Reino. Pois os últimos lugares são dos que querem viver com os mesmos sentimentos de Jesus, não somente para serem percebidos pelo dono da casa, mas porque esta postura indica o serviço e a doação cristã e não o egoísmo, prepotência e os interesses individuais.

E neste quarto Domingo do Mês Vocacional, e também na semana que o segue, devemos rezar para que os leigos que se dedicam, sobretudo com as verdadeiras virtudes heroicas, ao serviço da Igreja sem se descuidar de seus compromissos no mundo secular ou mesmo domésticos, sendo testemunhas como desejou Nosso Senhor quando instituiu Sua Igreja não para condenar, mas para salvar o mundo (cf. Jo 3,17;12,47). Rezemos ainda pelos catequistas, para que, neste Dia Nacional dos Catequistas e segundo ano da Carta Apostólica Antiquum Ministerium(1) que instituiu o Ministério laical dos Catequistas, eles possam ser edificadores da Igreja como exorta São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios (cf. 12,28-31).

E os nossos parabéns e oração a todos os irmãos e irmãs leigos e leigas, que dedicam a algum serviço à nossa Igreja, que Deus vos abençoe. Amém.

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(1) Disponível em: <https://www.vatican.va/content/francesco/pt/motu_proprio/documents/papa-francesco-motu-proprio-20210510_antiquum-ministerium.html>. Acesso em: 27 ago. 2022.

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⇒ POESIA ⇐

Buscar a Mesa do Reino

 

Buscar a mesa do Reino,
É viver a humildade,
Caminhar na caridade,
Sem orgulho e sem rancor,
É viver primeiro o amor,
Que nos leva à santidade.
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Buscar a mesa do Reino,
É olhar para o Senhor,
É viver o Seu amor,
Sem ser um interesseiro,
Não querer ser o primeiro,
E nem ser dominador.
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Buscar a mesa do Reino,
É procurar sempre servir,
É a Jesus aderir,
Sem orgulho e prepotência,
É esperar na paciência,
O Reino que há de vir.
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Buscar a mesa do Reino,
É viver a oração,
Sem esquecer a ação,
Mas na paz e na harmonia,
Cultivar a alegria,
Que é própria do cristão.
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Busquemos esta Mesa Santa,
Que Jesus nos oferece,
Façamos a nossa prece,
Para sermos o sinal,
Do Seu amor filial,
Que nossa vida enternece.

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Imagem: “The Great Banquet” de E. Burnand (1850-1921).

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensina servir na humildade, ilumine o seu caminho!