⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelos educadores ⇐ Leituras: Sf 2,3;3,12-13; Sl 145(146),7.8-9a.9bc-10 (R. Mt 5,3); 1Cor 1,26-31; Mt 5,12a; Mt 5,1-12a ⇒ HOMILIA ⇐ Mt 5,1-12 Meus irmãos e minhas irmãs, a Liturgia do 4º Domingo do Tempo Comum, Ano A , nos motiva a contemplarmos a beleza e o sentido das bem-aventuranças. E o Evangelho desta Liturgia está em Mt 5,1-12. As bem-aventuranças situam-se no Sermão da Montanha, sendo destinadas aos discípulos e à multidão. Precisamos refletir sobre o sentido mais profundo das bem-aventuranças e podemos nos perguntar: será que a nossa prática cristã, no dia-a-dia de nossa caminhada, consegue expressar, pelas nossas atitudes, as bem-aventuranças? Precisamos olhar para o Senhor Jesus com o objetivo de perceber como Ele viveu as bem-aventuranças na Galileia. A Sua pregação refletia a própria vida junto aos pobres, aos injustiçados, aos doentes e aos discriminados. E em frente às multidões e aos discípulos, o Senhor apresenta o que, na verdade, poderia trazer felicidade àqueles que quisessem trilhar os caminhos do Reino de Deus e ganhar a salvação eterna. E a lógica das bem-aventuranças nos ensina e nos prova que a verdadeira felicidade está no coração do homem que vive a prática do amor e da paz. Um amor traduzido numa vida totalmente livre das amarras da alienação e do medo, numa atitude serena no modo de anunciar a justiça e de lutar pela dignidade humana, mesmo nos momentos de tribulações, perseguições, sofrimentos e calúnias. A Primeira Leitura desta Liturgia é a profecia, em Sofonias, sobre os remanescentes de Israel, também chamados de “os pobres de Israel”. Sofonias, profeta em Jerusalém na época do rei Josias (639-609), é portador de esperança num contexto de violência e opressão, pois após o reinado de Josias, Judá passa a vivenciar todo tipo de insegurança institucional e em seguida o exílio babilônico. A profecia de Sofonias diz: “deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança (…) Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.” (Sf 3,12-13). Portanto, irmãos e irmãs, a profecia era esperança para os que enfrentavam o exílio e também, séculos depois, para os discípulos e para a multidão presente no Sermão da Montanha (cf. Mt 5,1). Assim, as bem-aventuranças precisam encontrar um coração humilde e justo para que haja a vivência da mansidão, da pobreza em espírito, a misericórdia e a paz. Já na Segunda Leitura desta Liturgia, o apóstolo São Paulo, escrevendo aos coríntios, também nos fala que “Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte” (1Cor 1,27). A lógica de Deus estará na contramão do nosso mundo material, consumista, dominador, explorador, prepotente e injusto. Os cristãos serão parecidos com Cristo quando viverem como Ele viveu, do mesmo modo que Ele mesmo percorreu o caminho das bem-aventuranças. Ele foi manso com os prepotentes, humilde com os arrogantes, justo frente aos injustos, pobre em meio aos pobres e também aos ricos. Calou na hora certa, mas também anunciou e denunciou nos momentos necessários. A Sua pregação não foi para um grupo específico, foi para todos e quem acolheu a Sua mensagem entendeu o sentido da verdadeira felicidade. Nós todos seremos bem-aventurados, isto é, felizes, quando entendermos a lógica da pregação evangélica e a praticarmos em nossa vida diária. Seremos felizes de verdade quando nossas atitudes forem coerentes com o Evangelho. A pobreza de coração, a mansidão, a justiça, a paz e a misericórdia só terão sentido, e mesmo serão percebidas e seguidas, quando estiverem presentes em nossas ações, ou seja, em nosso testemunho. Talvez o maior desafio dos cristãos para vivenciarem as bem-aventuranças seja a dificuldade de entender que, na prática, exige-se doação de si, desapego às ideias materialistas e egoístas e, sobretudo, aceitar o sofrimento e a perseguição, ou seja, a cruz de Cristo como modelo. O Senhor Jesus nos dirá pelo evangelista Mateus: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos Céus” (Mt 5,11-12a). Busquemos viver uma experiência profunda de Deus e assim entenderemos a profundidade das bem-aventuranças. A nossa recompensa e felicidade perfeita, portanto, será a posse da Terra Celeste, o Céu, isto é, a nossa salvação. Amém. * * * ⇒ POESIA ⇐ A felicidade está * * * ⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos apresenta a beleza e o sentido das bem-aventuranças, ilumine o seu caminho! ⇐
⇒ Janeiro: Mês dedicado ao Santíssimo Nome de Jesus ⇐
⇒ 3º Ano Vocacional ⇐
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» Lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33)Felizes os que vivem em Cristo
A felicidade em Cristo
No coração desapegado,
Que não vive a escravidão
Da sedução do pecado,
Em quem vive a certeza,
No Deus amor encarnado.
*
A felicidade está
Na pessoa em liberdade,
Que caminha com firmeza,
Com os outros em irmandade,
Em quem busca a justiça,
A paz e a fraternidade.
*
A felicidade está
Nos que vivem a doação,
Guiados pelo Santo Espírito,
Vivendo a compaixão,
Ao lado daqueles que choram,
Fazendo a consolação.
*
A felicidade está
Nos que vivem a pregar
Servindo com o dom do amor,
Sem o outro explorar,
Vivendo a entrega completa,
E o testemunho a falar.
*
A felicidade está
Na mesa santa do amor,
Na pobreza de Espírito,
Vivida por Nosso Senhor,
No discípulo em missão,
Com entusiasmo e ardor.
*
A felicidade estará
Na Terra Santa e Prometida,
Morada da eternidade,
Por Deus estabelecida
No caminho mais perfeito,
Para verdadeira vida.
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