III Domingo da Páscoa, Ano B, São Marcos

 

*** Ano de São José (2020/2021) ***

 

Leituras: At 3,13-15.17-19; Sl 4; 1Jo 2,1-5a; Lc 24,35-48

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

A Paz e a Alegria da Ressurreição

Lc 24,35-48

 

Meus irmãos e irmãs, o mistério pascal da Liturgia do III Domingo da Páscoa do Ano B, nos motiva a contemplar a paz e a alegria da Ressurreição. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 24,35-48.

O Evangelho de hoje encerra-se dizendo: “Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,35). Os discípulos têm o desafio de seguir em frente, carregando as dificuldades e as marcas da saudade das caminhadas pelas estradas com Jesus e ainda a realidade (de difícil compreensão) da Ressurreição.

É importante lembrar que a passagem desta Liturgia é continuidade do encontro do Ressuscitado com os dois discípulos de Emaús (cf. Lc 24,13-35), eles que fugiam de Jerusalém sem esperança para anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 24,21) e Jesus aparece caminhando ao lado dos dois falando das Escrituras e de como se referiam a ele (cf. Lc 24,27). Quando chegaram ao povoado, Jesus fez que ia seguir em frente e os discípulos o convidam para ficar com eles. Disseram: “fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” (Lc 24,29). Jesus entrou para ficar, sentou e partilhou dos alimentos. Quando partia o pão e falava, o coração dos discípulos estava ardendo. Quando ele desapareceu, os discípulos voltaram imediatamente a Jerusalém anunciando o que tinham experienciado junto ao Ressuscitado (cf. Lc 24,33).

Pois bem, é aqui que inicia o Evangelho de hoje: a volta dos discípulos de Emaús para a mesma Jerusalém que é lugar de missão, de coragem, de proclamar com ardor, a vida nova do Ressuscitado em suas vidas. E então meditemos, nesta parte: Quando nos falta a fé, pensamos em fugir dos problemas, mas é inútil, pois os problemas nos acompanham onde quer que estejamos.

No Evangelho desta Liturgia há uma segunda experiência de encontro da comunidade dos discípulos: Jesus se apresenta mais uma vez para trazer-lhes a paz e enviá-los em missão. Somente um coração que repousa na paz pode anunciar a Boa-Nova. Era preciso que todos fizessem a experiência do encontro com a pessoa de Jesus e que vivessem a alegria da partilha com o Ressuscitado.

Os encontros de intimidade entre Jesus e seus discípulos ocorriam com frequência, sempre com o objetivo de amadurecer a partilha. Foram momentos fortes antes da crucificação e da Ressurreição, pois é na mesa que se realiza a partilha, a fraternidade e tantas outras descobertas importantes na vida das pessoas.

A mesa da família também é esse lugar. No mundo, devemos preservar a mesa como lugar de fraternidade, das conversas do cotidiano. Lugar onde o “vinho” do amor deve ser brindado para fortalecer a fé, a esperança e a caridade. Lugar para fortalecer os laços de amizade.

Na Missa, a Palavra e a Eucaristia são servidas em duas mesas que se tornam lugar sagrado do encontro com o Senhor e com os irmãos. Alimentados, voltamos fortalecidos para a “nossa Jerusalém”, onde está nossa família, nossa caminhada profissional, os irmãos da comunidade.

Precisamos testemunhar que Cristo está vivo como fez o apóstolo Pedro, o porta voz da comunidade em Atos dos Apóstolos: “Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos e disso nós somos testemunhas” (At 3,15).

Que possamos, a cada celebração, seguir firmes no amor ao Ressuscitado, através de atitudes concretas na relação consigo e com os irmãos. E possamos cantar como o salmo 4: “Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!”. Com o esplendor de Cristo, Autor da Vida, voltemos para anunciar a vida nova à “nossa Jerusalém”.

 

***

⇒ POESIA ⇐

Testemunhas da Alegria

 

A alegria do Senhor,
Vem trazer aos caminheiros,
Os discípulos das estradas,
De Emaús são mensageiros,
Ao Deus vivo encontraram,
Juntos também partilharam,
O Pão com o Senhor, primeiro.

O Pão com Jesus primeiro,
Foi uma santa experiência,
Participar da mesa Santa,
Com Jesus em sua essência,
Porque a mesa é o partilhar,
Do pão, Cristo, a alimentar,
E o amor divina ciência.

E o amor divina ciência,
Vem trazer a alegria,
Do Evangelho semeado,
Pela noite e pelo dia,
Vai ao mundo transformando,
E o Reino vai brotando,
Mensagem que não se esvazia.

Mensagem que não se esvazia,
No coração vivo e humano,
Na história dos discípulos,
Que superam seus enganos,
Na caminhada do povo,
Que acolhe o amor e o novo,
Do Reino e dos seus planos.

Do Reino e dos seus planos,
Vem Jesus se apresentar,
No meio da comunidade,
Que vem para celebrar,
No encontro em união,
Na Palavra e comunhão,
Que se faz a partilhar.

Que se faz a partilhar,
O que os discípulos viveram,
Seus encontros mais sagrados,
Quando então se envolveram,
Jesus, paz tranquilidade,
Constrói a fraternidade,
E os discípulos acolheram

E os discípulos acolheram,
O envio do Senhor,
Para serem as testemunhas,
Com força e com ardor,
Entregaram suas vidas,
Existências consumidas,
A serviço do Amor.

***

 

 

*** Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, que nos abre a inteligência para entender as Escrituras, ilumine o seu caminho! ***

 

III DOMINGO DA PÁSCOA

ANO NACIONAL DO LAICATO

Leituras:  At 3,13-15.17-19 Sl 4; 1Jo 2,1-5a; Lc 24,35-48

POESIA

TESTEMUNHAS DA ALEGRIA

A alegria do Senhor,
Vem trazer aos caminheiros,
Os discípulos das estradas,
De Emaús são mensageiros,
Ao Deus vivo encontraram,
Juntos também partilharam,
O Pão com o Senhor, primeiro.

O Pão com Jesus primeiro,
Foi uma santa experiência,
Participar da mesa Santa,
Com Jesus em sua essência,
Porque a mesa é o partilhar,
Do pão, Cristo, a alimentar,
E o amor divina ciência.

E o amor divina ciência,
Vem trazer a alegria,
Do Evangelho semeado,
Pela noite e pelo dia,
Vai ao mundo transformando,
E o Reino vai brotando,
Mensagem que não se esvazia.

Mensagem que não se esvazia,
No coração vivo e humano,
Na história dos discípulos,
Que superam seus enganos,
Na caminhada do povo,
Que acolhe o amor e o novo,
Do Reino e dos seus planos.

Do Reino e dos seus planos,
Vem Jesus se apresentar,
No meio da comunidade,
Que vem para celebrar,
No encontro em união,
Na Palavra e comunhão,
Que se faz a partilhar.

Que se faz a partilhar,
O que os discípulos viveram,
Seus encontros mais sagrados,
Quando então se envolveram,
Jesus, paz tranquilidade,
Constrói a fraternidade,
E os discípulos acolheram

E os discípulos acolheram,
O envio do Senhor,
Para serem as testemunhas,
Com força e com ardor,
Entregaram suas vidas,
Existências consumidas,
A serviço do Amor.

 

HOMILIA

A Paz e a alegria da Ressurreição

 

O evangelho de hoje encerra-se dizendo: “Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,35-48). Eis o desafio dos discípulos: com dificuldades, seguir em frente ainda marcados pela saudade e por esta realidade do Ressuscitado que até então era nova.

É importante lembrar que esta leitura é continuidade de Lc 24,13-35 que narra os dois discípulos de Emaús, quando no mesmo dia da Páscoa caminhavam fugindo de Jerusalém, sem esperança, com um sentimento de que tudo tinha acabado e que não teriam mais motivos para sonharem com o reino de Deus (cf. Lc 24,21). Nisto Jesus aparece caminhando ao lado dos dois e conversa falando das escrituras e de tudo a qual se referia a ele (cf. Lc 24,27).

Quando chegaram ao povoado, Jesus fez que ia seguir em frente e os discípulos o convidam para que ele ficasse com eles. Disseram: “fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” (Lc 24,29). Jesus entrou para ficar, sentou e partilhou dos alimentos. Quando partia o pão e falava, o coração dos discípulos estava ardendo. Quando ele desapareceu, os discípulos voltaram imediatamente Jerusalém anunciando o que tinham experienciado junto ao Ressuscitado (cf. Lc 24,33).

Pois bem, é aqui que inicia o Evangelho desta liturgia: a volta dos discípulos para Jerusalém. A mesma Jerusalém que é lugar de missão, de coragem, de desafios, de proclamar, com ardor, a vida nova do Ressuscitado em suas vidas. E então meditemos, nesta parte: Quando nos falta a fé, há possibilidade de fuga para longe dos problemas, mas não é possível. O problemas nos acompanham aonde nós vamos.

Os Discípulos de Emaús também somos nós, que caminhamos às vezes desiludidos, fugindo da comunidade dos irmãos. Às vezes não meditando sobre as ações de Deus em nossa vida, como nossas vitórias, como nossas alegrias e as curas materiais e espirituais que ao longo do caminhar vão acontecendo.

No evangelho desta liturgia há uma segunda experiência de encontro da comunidade dos discípulos. Jesus vem e se apresenta mais uma vez para traze-lhes a paz e enviá-los em missão. Porque somente com o coração na paz seria possível anunciar a vida nova. Sem paz e na insegurança não é possível anunciar coisas positiva e que ajuda os outros. Era preciso que todos fizessem a experiência do encontro na paz, e que vivessem a alegria da partilha da mesa e do pão.

Os encontros de intimidade entre Jesus e seus discípulos ocorriam com frequência, sempre com o objetivo de amadurecer a partilha. Foram momentos fortes antes da crucificação e ressurreição. Pois é na mesa que se realiza a partilha, o companheirismo, a fraternidade e tantas outras descobertas importantes na vida das pessoas.

A mesa da família também é lugar do amor, que se dá em partilha e alegria. O mundo não pode perder o sentido do encontro da mesa, onde se dá muitas conversas de vida cotidiana, de tantas histórias da nossa existência. Lugar onde o vinho do amor deve ser brindado para fortalecer a amizade e a fé dos que são irmãos e irmãs.

Na missa, as mesas da Palavra e da Eucaristia é para nós, católicos, o lugar sagrado do encontro com o Senhor e com os irmãos. Pois quando alimentados, pela Palavra, pelo Corpo e pelo Sangue do Ressuscitado, somos fortalecidos para voltarmos para a nossa “Jerusalém” onde está nossa família, nossos amigos e nossos companheiros de caminhada profissional, irmãos da comunidade, e outros que iremos encontrando durante à semana.

Precisamos testemunhar e confirmar que Cristo está vivo como fez o apóstolo Pedro, nos Atos dos Apóstolos, o porta voz da comunidade dos seguidores do Senhor: “Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos e disso nós somos testemunhas” (At 3,15).

Que a cada celebração, possamos seguir firmes no amor a Cristo ressuscitado, através de atitudes concretas na nossa relação conosco e com os irmãos. E possamos cantar como o salmo 4: Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!” Com o esplendor do Ressuscitado voltemos para anunciar a vida nova às nossas “Jerusaléns”. Amém.