⇒ Ano “Família Amoris Lætitia” (2021/2022) ⇐ Leituras: At 1,1-11; Sl 47(46); Ef 1,17-23; Lc 24,46-53 ⇒ HOMILIA ⇐ Lc 24,46-53 Meus irmãos e irmãs, a Liturgia da Solenidade da Ascensão do Senhor, do Ano C, neste Ano “Família Amoris Lætitia”, nos motiva a vibrarmos de alegria na Ressurreição do Senhor. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 24,46-53, passagem que encerra o Evangelho segundo são Lucas. Nesta Liturgia, Nosso Senhor está, antes da Ascensão, em Jerusalém e nas proximidades de Betânia. Uma tradição cristã considera que “as proximidades de Betânia” seria o Monte das Oliveiras. E neste Domingo, a Igreja nos conduz a uma espécie de cume do mistério pascal, em que, pela fé, chegamos também na dimensão celestial, para vivermos eternamente a contemplação da glória de Deus. Portanto, se a Ressurreição é a certeza de que em Cristo todos somos chamados à família das pessoas novas, a Ascensão é a garantia de que, revestidos de santidade e da beleza divina, contemplaremos Deus em Sua glória. Podemos lembrar o Evangelho segundo são João quando diz que o “Verbo de Deus se fez carne e veio habitar entre nós” (Jo 1,14). Ele desceu do Céu para nos mostrar que a santidade e a salvação pertencem a todos que buscarem. O Céu é o lugar dos que querem viver o Seu amor e que glorificar o Seu nome. Desse modo, Seus seguidores devem dar testemunho da Boa-Nova, sendo sal da terra, luz do mundo (cf. Mt 5,13-14) e fermento da massa (cf. Mt 13,33). Nesta Liturgia, a Igreja nos oferece dois textos de são Lucas: o primeiro é o do Evangelho e narra a memória do percurso de Jesus na sua missão redentora no mundo e o Seu pedido para que os Seus discípulos sejam testemunhas de tudo o que Ele fez, pois o Espírito Santo os guiará e assim o Senhor os abençoa e depois Ele foi elevado ao Céu. O segundo texto de são Lucas é dos Atos dos Apóstolos, o qual discorre também sobre a Ascensão, com mais detalhes e, de certa forma, complementa a narração sobre experiência da Ressurreição de Jesus e a Sua subida ao Céu como prova de que Ele nos elevará também ao Reino celestial. E o que podemos aprender dessas narrações? A subida de Jesus ao Céu não é uma ausência, mas a garantia de que nós estaremos com Ele na Sua glória celeste, pois o Espírito Santo nos ensinará e nos conduzirá a esta realidade. A Ascensão do Senhor também significa que Ele está acima de todas as pretensões humanas, porque o seu Reino já começa entre nós, pois somos o Seu corpo (a Igreja), nós templos do Espírito Santo, chamados a celebrar um culto novo como novas criaturas e, desta maneira, vivendo a dimensão das realidades de Deus, para morar também com o Ele. Podemos citar a segunda leitura desta Liturgia, na carta aos Efésios, quando são Paulo nos fala daquilo que o Senhor nos possibilitará para vivermos a santidade na realidade terrena, mas tendo como meta o Céu: “Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente.” (Ef 1,18-19). Podemos, portanto, meditar sobre a presença do Senhor que sobe ao Céu, mas que, ao mesmo tempo, é presença viva na sua Igreja terrena, quando, por exemplo, celebramos a Eucaristia, Sua presença real no meio de nós, pois no culto à sua Palavra e ao seu Corpo antecipamos as realidades celestes, ou seja, vivemos já o Céu na terra. Neste sentido, não podemos ficar somente olhando para cima como os Apóstolos (cf. At 1,10), mas devemos caminhar em missão para preparar o Reino dos Céus, o Reino do Senhor em nosso meio, vivendo o Seu mandamento maior que é o mandamento do amor e, ao mesmo tempo, cumprido o seu mandato missionário, porque somos Seus servidores responsáveis de levar a sua Palavra ao mundo com a nossa vida, sendo testemunhas vivas da Ressurreição. E do cume deste tempo pascal já nos preparando para o Dia de Pentecostes, e também o 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais, peçamos a Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos e Mãe da Igreja, que ela interceda por nós para estarmos preparados para recebermos o dom do temor de Deus, dom fundamental para santificarmos e purificarmos nossa relação com a Trindade Santa e com Sua Igreja, em todos os momentos, do dia ou da noite (cf. Sl 1,2). Amém. * * * ⇒ POESIA ⇐ ⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos coloca no caminho do Céu, ilumine o seu caminho! ⇐
⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pela fé dos jovens ⇐
⇒ 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais ⇐
⇒ Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos ⇐
Vibremos de Alegria na Ressurreição do Senhor
A Caminho do Céu
A caminho do Céu estamos,
Quando o amor vivemos,
Quando o Senhor escutamos,
E o Seu alimento queremos,
Como discípulos em missão,
Em escuta e em oração,
E ao Senhor nos dobraremos.
*
A caminho do Céu estamos,
Quando vivemos a comunhão,
E juntos o amor celebramos,
Numa festa de irmãos,
Sendo paz e alegria,
Na noite e também no dia,
Festejando a união.
*
A caminho do Céu estamos,
Quando a Palavra é encarnada,
Nas trilhas que caminhamos.
E a vida seja celebrada,
Em clima de serenidade,
Num chão de fraternidade,
Com a fé bem confirmada.
*
A caminho do Céu estamos,
Quando o nosso Bem-Amado,
Esteja sempre onde estamos,
E nosso ser sempre inflamado,
Das coisas da Redenção,
Sendo luz na escuridão,
E os passos por Ele guiados.
*
A caminho do Céu estamos,
Quando nós, corpo do Senhor,
Sinais de vida sejamos,
Semeando sempre o amor,
Sendo o Reino já aqui,
E possamos imprimir,
A face de Nosso Senhor.
* * *
Tag: Últimas instruções aos apóstolos (cf Lc 24 vers 44-49)
III Domingo da Páscoa, Ano B, São Marcos
*** Ano de São José (2020/2021) ***
Leituras: At 3,13-15.17-19; Sl 4; 1Jo 2,1-5a; Lc 24,35-48
⇒ HOMILIA ⇐
A Paz e a Alegria da Ressurreição
Lc 24,35-48
Meus irmãos e irmãs, o mistério pascal da Liturgia do III Domingo da Páscoa do Ano B, nos motiva a contemplar a paz e a alegria da Ressurreição. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 24,35-48.
O Evangelho de hoje encerra-se dizendo: “Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,35). Os discípulos têm o desafio de seguir em frente, carregando as dificuldades e as marcas da saudade das caminhadas pelas estradas com Jesus e ainda a realidade (de difícil compreensão) da Ressurreição.
É importante lembrar que a passagem desta Liturgia é continuidade do encontro do Ressuscitado com os dois discípulos de Emaús (cf. Lc 24,13-35), eles que fugiam de Jerusalém sem esperança para anunciar o Reino de Deus (cf. Lc 24,21) e Jesus aparece caminhando ao lado dos dois falando das Escrituras e de como se referiam a ele (cf. Lc 24,27). Quando chegaram ao povoado, Jesus fez que ia seguir em frente e os discípulos o convidam para ficar com eles. Disseram: “fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” (Lc 24,29). Jesus entrou para ficar, sentou e partilhou dos alimentos. Quando partia o pão e falava, o coração dos discípulos estava ardendo. Quando ele desapareceu, os discípulos voltaram imediatamente a Jerusalém anunciando o que tinham experienciado junto ao Ressuscitado (cf. Lc 24,33).
Pois bem, é aqui que inicia o Evangelho de hoje: a volta dos discípulos de Emaús para a mesma Jerusalém que é lugar de missão, de coragem, de proclamar com ardor, a vida nova do Ressuscitado em suas vidas. E então meditemos, nesta parte: Quando nos falta a fé, pensamos em fugir dos problemas, mas é inútil, pois os problemas nos acompanham onde quer que estejamos.
No Evangelho desta Liturgia há uma segunda experiência de encontro da comunidade dos discípulos: Jesus se apresenta mais uma vez para trazer-lhes a paz e enviá-los em missão. Somente um coração que repousa na paz pode anunciar a Boa-Nova. Era preciso que todos fizessem a experiência do encontro com a pessoa de Jesus e que vivessem a alegria da partilha com o Ressuscitado.
Os encontros de intimidade entre Jesus e seus discípulos ocorriam com frequência, sempre com o objetivo de amadurecer a partilha. Foram momentos fortes antes da crucificação e da Ressurreição, pois é na mesa que se realiza a partilha, a fraternidade e tantas outras descobertas importantes na vida das pessoas.
A mesa da família também é esse lugar. No mundo, devemos preservar a mesa como lugar de fraternidade, das conversas do cotidiano. Lugar onde o “vinho” do amor deve ser brindado para fortalecer a fé, a esperança e a caridade. Lugar para fortalecer os laços de amizade.
Na Missa, a Palavra e a Eucaristia são servidas em duas mesas que se tornam lugar sagrado do encontro com o Senhor e com os irmãos. Alimentados, voltamos fortalecidos para a “nossa Jerusalém”, onde está nossa família, nossa caminhada profissional, os irmãos da comunidade.
Precisamos testemunhar que Cristo está vivo como fez o apóstolo Pedro, o porta voz da comunidade em Atos dos Apóstolos: “Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos e disso nós somos testemunhas” (At 3,15).
Que possamos, a cada celebração, seguir firmes no amor ao Ressuscitado, através de atitudes concretas na relação consigo e com os irmãos. E possamos cantar como o salmo 4: “Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!”. Com o esplendor de Cristo, Autor da Vida, voltemos para anunciar a vida nova à “nossa Jerusalém”.
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⇒ POESIA ⇐
Testemunhas da Alegria
A alegria do Senhor,
Vem trazer aos caminheiros,
Os discípulos das estradas,
De Emaús são mensageiros,
Ao Deus vivo encontraram,
Juntos também partilharam,
O Pão com o Senhor, primeiro.
O Pão com Jesus primeiro,
Foi uma santa experiência,
Participar da mesa Santa,
Com Jesus em sua essência,
Porque a mesa é o partilhar,
Do pão, Cristo, a alimentar,
E o amor divina ciência.
E o amor divina ciência,
Vem trazer a alegria,
Do Evangelho semeado,
Pela noite e pelo dia,
Vai ao mundo transformando,
E o Reino vai brotando,
Mensagem que não se esvazia.
Mensagem que não se esvazia,
No coração vivo e humano,
Na história dos discípulos,
Que superam seus enganos,
Na caminhada do povo,
Que acolhe o amor e o novo,
Do Reino e dos seus planos.
Do Reino e dos seus planos,
Vem Jesus se apresentar,
No meio da comunidade,
Que vem para celebrar,
No encontro em união,
Na Palavra e comunhão,
Que se faz a partilhar.
Que se faz a partilhar,
O que os discípulos viveram,
Seus encontros mais sagrados,
Quando então se envolveram,
Jesus, paz tranquilidade,
Constrói a fraternidade,
E os discípulos acolheram
E os discípulos acolheram,
O envio do Senhor,
Para serem as testemunhas,
Com força e com ardor,
Entregaram suas vidas,
Existências consumidas,
A serviço do Amor.
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*** Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, que nos abre a inteligência para entender as Escrituras, ilumine o seu caminho! ***