1º Domingo do Tempo da Quaresma, Ano A, São Mateus

 

⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelas paróquias ⇐
⇒ Fevereiro: Mês dedicado à Sagrada Família ⇐
⇒ 3º Ano Vocacional 
» Tema: “Vocação: graça e missão” «
» Lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33)
⇒ Campanha da Fraternidade 2023 
» Tema: “Fraternidade e Fome” «
» Lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16) «
» Coleta Nacional da Solidariedade: 2 de abril «

 

Leituras: Gn 2,7-9;3,1-7; Sl 50(51),3-4.5-6a.12-13.14.17 (R. cf. 3a); Rm 5,12-19 (mais longa); Rm 5,12.17-19 (mais breve); Mt 4,4b; Mt 4,1-11

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

Cristo nos ensina como vencer as tentações

Mt 4,1-11

 

Meus irmãos e minhas irmãs, celebramos hoje o 1º Domingo do Tempo da Quaresma do Ano A . Desde a Quarta-feira de Cinzas já estamos no Ciclo da Páscoa e a primeira parte do Ciclo da Páscoa é o Tempo da Quaresma, que terá seis Domingos, incluindo o de Ramos. O Tempo quaresmal, portanto, iniciou-se na última quarta-feira e se encerrará na Quinta-feira Santa antes da Missa do Lava-pés e da Instituição da Eucaristia.

Também na Quarta-Feira de Cinzas, a Igreja fez a abertura da Campanha da Fraternidade, que traz como tema “Fraternidade e Fome” e como lema “ ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’ (Mt 14,6)”.

A Liturgia deste Domingo nos motiva a contemplarmos, através do Evangelista Mateus (cf. 4,1-11), Jesus, após o batismo, sendo conduzido pelo Espírito ao deserto, onde também enfrenta as tentações do diabo. Santo Agostinho nos diz: “O Senhor poderia impedir o demônio de aproximar-se dele; mas, se não fosse tentado, não te daria o exemplo de como vencer na tentação”(1).

Meditando na Liturgia da Palavra deste Domingo, percebemos que o Senhor nos ensina sobre as tentações que Ele viveu antes de se entregar ao seu ministério pela Galileia.

A primeira tentação acontece no deserto após os quarenta dias de jejum, quando sente fome. Diz o tentador: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” (Mt 4,3). O Senhor Jesus nos ensina a vencermos a tentação do ter, à qual nos leva a pensarmos que tudo se refere ao dado material e aos nossos próprios desejos e interesses.

Por vezes, somos tentados a resolvermos as situações do mundo a partir de nossa autossuficiência. Esquecemos que não é somente dos bens materiais de consumo, do acúmulo e de nossos interesses individuais que vivemos, mas da Palavra de Deus que nos orienta por um caminho de fraternidade e de partilha, vivida no amor ao nosso Deus e aos nossos irmãos (cf. Mt 4,4).

A segunda tentação ocorre no templo. Diz o tentador: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui para baixo! Porque está escrito: ‘Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’.” (Mt 4,6). Jesus é tentado a se apresentar glorioso e inclinar-se ao triunfalismo. A nossa vivência religiosa na Igreja não deve ser motivada por prestígio e por fama. Somos, às vezes, tentados a vivenciar uma religião de refúgio, segurança individualista, fama e também de status social. Faz-se necessário vivermos um cristianismo em virtude da justiça e do bem a favor dos outros. O Senhor nos ensina: “Não tentarás o Senhor teu Deus!” (Mt 4,7). Não podemos provocar Deus a fazer a nossa vontade em favor dos nossos interesses pessoais e do nosso prestígio, para sermos vistos pelo mundo em nossa ostentação.

Na terceira tentação, Jesus é levado a uma alta montanha onde visualiza todos os reinos poderosos do mundo. Diz o tentador: “Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar.” (Mt 4,9). O Senhor respondeu: “Vai-te embora, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás ao Senhor teu Deus e somente a ele prestarás culto’.” (Mt 4,10)

A verdade é que o pai da mentira mentiu, pois ele não pode oferecer tudo aquilo que mostrou. O que ele pode oferecer são verdadeiras estruturas que tem como fonte e meta a morte, a opressão, a maldade, a discriminação, a mentira, a falsidade e a corrupção. O verdadeiro poder político não está ao alcance do Malígno. O verdadeiro poder político é denominado por Deus como “vara do Meu poder”, isso segundo uma carta de São João Bosco (1815-1888) ao imperador da Áustria, Francisco José I (1830-1916), no ano de 1873(2). Também o tema da autoridade política pode ser visitado tanto no Catecismo da Igreja Católica (núm. 1897-1904) quanto no Compêndio da Doutrina Social da Igreja (núm. 393-405). Também o Papa Francisco repercute, ainda, a manifestação do Papa Pio XI de que a política é “a mais alta forma de caridade”.

O Senhor Jesus nos ensina que não podemos nos dobrar às motivações diabólicas do poder que mata, que divide as pessoas, que as exclui e que promovem as guerras. A tentação do lucro e do domínio por parte de poucos sobre muitos, crucifica os pobres e vulneráveis com práticas criminosas.

Precisamos entender que o poder do Senhor está no amor, na compaixão, no cuidado com os pobres, na Sua Palavra que chama o ser humano à mudança de vida e o envia a semear o Evangelho. Também na entrega à cruz, para a libertação e salvação do mundo. Porque é o amor, a escuta, a adoração, o culto ao Deus verdadeiro, que dignifica de verdade a vida das pessoas e traz a verdadeira paz que o Senhor saudou os discípulos, logo na tarde da Ressurreição, onde eles se encontravam trancados com medo dos judeus, proporcionando-lhes a Paz interior a todos os que estavam amedrontados (cf. Jo 20,19-23). Essa é a “Paz de Cristo”.

A razão de nossa vida é Cristo, o novo Adão, Aquele que no deserto, lugar onde a nação de Israel foi tentada, venceu o diabo e nos ensinou também a vencê-lo. Deu-nos a vida verdadeira e nos renovou em Seu amor. Quis ser alimento para nós, o Seu povo novo, com Seu Corpo e Sua Palavra, dando-nos força e luz em nosso peregrinar terrestre.

Peçamos perdão pelas vezes que nos deixamos vencer pelas tentações, pelas quais passaram o próprio Filho de Deus e que ainda hoje invadem a nossa vida material e espiritual. Que a luz do Espírito nos ilumine e nos encha de força para vencermos as tantas tentações que encontramos a cada dia. Que com a nossa esmola, a nossa oração e o nosso jejum sejamos cada vez mais parecidos com Cristo, tanto nas palavras quanto nas atitudes. Amém.

*   *   *
(1) cf. Dos comentários sobre os salmos, de Santo Agostinho, bispo. Liturgia das Horas, 1º Domingo da Quaresma.
(2) cf. Profecias de São João Bosco. 2 ed. São Paulo: Artpress, 2011. p. 86-87. Série “Cultura Religiosa”, núm. 15.

 

*   *   *

 

⇒ POESIA ⇐

Vencer as tentações com Cristo

 

Contigo, Senhor,
Sou vencedor,
Contra o tentador,
Que me faz escravo
De muitas falsidades,
Atrocidades,
Contrárias ao amor.
*
Em Ti, Senhor,
Sou firme e forte,
Venço também a morte,
Que me traz as trevas,
Deixando-me perdido,
Como se fosse vencido,
Longe da Tua sorte.
*
Por Ti, Senhor,
Vou me entregando,
Sempre caminhando,
Rumo à vitória,
Meta dos Teus seguidores,
Dos evangelizadores,
E o Reino anunciando.
*
Para Ti, Senhor,
Toda gratidão,
Não é em vão,
Vamos sempre vencendo,
Vencemos o pecado,
O mal derrotado,
Em ti, novo Adão.
*
Contigo, Senhor,
Na fraternidade,
Seguindo sendo caridade,
Pelo mundo afora,
Vencendo na oração,
Sendo comunhão,
Via de santidade.

 

*   *   *

 

Obras: “Jesus tentado no deserto”, “Jesus levado ao pináculo do Templo” e “Jesus transportado por um espírito para uma alta montanha”, J. Tissot (1836-1902) In <https://www.brooklynmuseum.org/opencollection/objects/4453>, <https://www.brooklynmuseum.org/opencollection/objects/4454> e <https://www.brooklynmuseum.org/opencollection/objects/4452>.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Novo Adão que nos trouxe o dom gratuito e superabundante da justiça e da misericórdia, ilumine o seu caminho! 

 

 

I Domingo do Tempo da Quaresma, Ano C, São Lucas

⇒ Ano “Família Amoris Lætitia” (2021/2022) ⇐
⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pela resposta cristã aos desafios da bioética ⇐
⇒ Campanha da Fraternidade: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31,26) ⇐

 

Leituras: Dt 26,4-10; Sl 91(90); Rm 10,8-13; Lc 4,1-13

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

As Tentações de Jesus e as tentações do Cristão

Lc 4,1-13

 

Meus irmãos e irmãs, a Liturgia do I Domingo da Quaresma, neste Ano “Família Amoris Lætitia, nos motiva a contemplar a experiência de Jesus no deserto, segundo o evangelista Lucas. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 4,1-13, passagem que conclui a terceira parte do Evangelho Segundo São Lucas intitulada “Preparação do ministério de Jesus”(1).

Nesta Liturgia, Nosso Senhor está no deserto da judeia. A tradição diz que se trata de uma colina (conhecida como “colina da tentação”), situada há uns 10 quilômetros de Bethabara (cf. Jo 1,28), que quer dizer “Casa do Deserto” ou “Lugar da Passagem”, às portas de Jericó, local em que foi batizado por São João Batista.

Neste Domingo, a Igreja nos apresenta Nosso Senhor vivendo um tempo de penitência, não que Ele precisasse de uma penitência, pois não pecou. No entanto, Sua experiência de tempo penitencial, cujo ápice foram as tentações, é para nós um modelo de como viver o tempo quaresmal.

No deserto, Jesus vence as três tentações: quando chega a fome há uma tentação de transformar as pedras em pães (cf. Lc 4,3). Em um segundo momento, diante dos reinos do mundo, o tentador promete todas as riquezas para que Jesus as adore (cf. Lc 4,7). Por fim, Jesus é tentado a se jogar do ponto mais alto (cf. Lc 4,8).

Diante destas tentações contra a sua natureza humana, Jesus se faz fiel ao plano do Pai e, por isso, tem sempre uma resposta firme perante o tentador, pois é conduzido pelo Espírito.

Na fome, Ele se ampara no alimento imperecível que é a oração constante ao Pai e responde ao tentador que “não só de pão vive o homem” (Lc 4,4). Diante da tentação do poder, Jesus é fiel ao projeto do Reino, pois somente ao Deus verdadeiro se deve adorar e servir (cf. Lc 4,8). Diante da tentação da falsa segurança, não Se coloca no perigo, pois, pelas Escrituras, não podemos tentar a Deus somente porque que Ele se prevê poderoso.

O ser humano vive num constante deserto. Nele sofremos todo tipo de tentações para resolver nossas necessidades pessoais, nossas ambições perante coisas e pessoas ou mesmo tentando que Deus faça a nossa vontade. Entretanto, não percebemos quantas coisas boas o Senhor nos dá no deserto de nossa existência, com as quais enfrentamos nossas lutas, nossos desafios, nossas provações. Deus quer nos ajudar a vencer e para isso nos ensina muito mais do que os sucessos mirabolantes baseados apenas em interesses terrenos e perecíveis.

A fé cristã é exatamente a consciência de que em cada momento da nossa vida estamos caminhando para a eternidade, pois o Senhor está conosco nos fortalecendo pelos desertos de nossa da vida, nos dando a vitória rumo à libertação e à salvação.

O Papa Francisco, em sua mensagem para a Quaresma deste ano(2), nos exorta a cultivar relações humanas mais íntegras e integrais, concretizadas no corpo-a-corpo, numa prática alegre e generosa da esmola, inclusive a esmola do tempo, pois a Quaresma é tempo de visitar o solitário e de nos aproximarmos do irmão que sofre e que é necessitado da Providência de Deus.

Finalmente, peçamos a Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça, que ela interceda por nós para que possamos ser guiados pelo Espírito Santo, Espírito da Fortaleza, possamos vencer as tentações que enfrentamos nos desertos de nossa existência e fazermos a vontade de Deus em todas as circunstâncias de nossas vidas. Amém.

*   *   *
(1) Na Bíblia de Jerusalém (Paulus, 2013), o Evangelho Segundo São Lucas é composto das seguintes partes: Prólogo (cf. Lc 1,1-4), I. Nascimento e vida oculta de João Batista e de Jesus (cf. Lc 1,5-2,52), II. Preparação do ministério de Jesus (cf. Lc 3,1-4,13), III. Ministério de Jesus na Galileia (cf. Lc 4,14-9,50), IV. Subida para Jerusalém (cf. Lc 9,51-19,27), V. Ministério de Jesus em Jerusalém (cf. Lc 19,28-21,38), VI. A paixão (cf. Lc 22,1-23,56) e VII. Após a Ressurreição (cf. Lc 24,1-53).
(2) Cf. Papa FRANCISCO. Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2022. Disponível em: <https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/lent/documents/20211111-messaggio-quaresima2022.html>. Acesso em: 4 mar. 2022.

 

*   *   *

 

⇒ POESIA ⇐

O Deserto da Vida


No deserto desta vida,
Muitas coisas enfrentamos,
Tentações de todo tipo,
Que às vezes duvidamos,
Mas Jesus está com a gente,
Caminhando firmemente,
É nEle que acreditamos.
*
Muitas vezes ao caminhar,
O deserto fica quente,
Vem a sede e vem a fome,
Que vai castigando a gente,
Então vem a esperança,
O Senhor é a bonança,
Pois na vida está presente.
*
Temos tantas tentações,
No nosso mundo atual,
Consumir pra mais da conta,
Cultivando o capital,
Somos tentados a comprar,
E ainda adorar,
O ídolo material.
*
Não podemos esquecer,
Que a vida do cristão,
Deve ser simplicidade,
Vivendo a contemplação,
Com Jesus sem desistir,
O caminho a prosseguir,
Pra viver a conversão.
*
A caminhada é longa,
No deserto da existência,
Mas nós vamos aprendendo,
A viver com paciência,
Com jejum e oração,
Caridade em ação,
Santa e viva penitência.
*
Viver o tempo quaresmal,
Para o cristão é importante,
Faz muito a gente crescer,
E seguir perseverante,
A Palavra é fundamento,
Oração como alimento,
Testemunho a todo instante.


*   *   *

 

 

Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, que nos ensina a vencer as tentações, ilumine o seu caminho!

 

 

I Domingo da Quaresma, Ano B, São Marcos

 

*** Ano de São José (2020/2021) ***

 

Leituras: Gn 9,8-15; Sl 25(24); 1Pd 3,18-22; Mc 1,12-15

⇒ HOMILIA ⇐

Cristo nos Ensina a Vencer as Tentações

Mc 1,12-15

 

Meus irmãos e irmãs, o mistério pascal da Liturgia do I Domingo da Quaresma, do Ano B, nos motiva a contemplar Jesus conduzido pelo Espírito ao deserto para viver a experiência do jejum e da oração a fim de nos ensinar como vencer as tentações. E o Evangelho desta Liturgia está em Mc 1,12-15.

O evangelista Marcos nos apresenta Jesus que vai ao deserto, logo após o seu batismo, para se preparar para a sua missão: pregar o Reino de Deus e trazer a salvação a todos.

Após retornar do deserto, Jesus vai para a Galileia pregando o Evangelho. A sua mensagem principal é um alerta e, ao mesmo tempo, um convite: o tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo (cf. Mc 1,15). Para dizer: o tempo da pregação de João já passou, agora chegou o Messias do qual ele pregou ao povo.

A segunda mensagem é exatamente um apelo ao povo: convertei-vos e crede no evangelho (cf. Mc 1,15). A mudança de vida e fé na Boa-Nova são requisitos concretos para a acolhida e a realização do Reino de Deus.

Na Quarta-Feira de Cinzas a Liturgia nos apresentou as bases para a vivência quaresmal e os exercícios da esmola, do jejum e da oração, mais que penitenciais, devem ser vividos rasgando o coração e não as vestes, como profetizou Joel (cf. Jl 2,13), na primeira leitura da Liturgia da Quarta-Feira de Cinzas. Ou seja, é a partir de uma atitude interior que devemos viver este retiro de quarenta dias em nossa Igreja.

Na primeira leitura desta Liturgia, Deus se dirige a Noé e a seus filhos para estabelecer uma aliança com eles e inclusive com toda a criação de animais, prometendo não provocar mais dilúvio (cf. Gn 9,9.11). E o sinal desta promessa, desta aliança, será o arco nas nuvens o qual representará este pacto do céu com a terra.

A mudança de vida sempre nos ajudará a evitar os diversos dilúvios que produzimos com a violência. Olhando o nosso mundo, são tantos os desastres construídos por nós em função de interesses financeiros que produzem desemprego, pobreza e morte.

A falta de cuidado com a criação de Deus nos faz devastadores da natureza e nos colocam em descaso com a saúde do nosso planeta, nossa “casa comum”. Para isso, precisamos mudar as nossas atitudes e somente a conversão nos afastará dos diversos dilúvios.

Deus quer sempre reconduzir a humanidade para o bem, ele destrói o mal e por isso estará em busca de conduzir a todos nos seus caminhos. Portanto a ação de Deus é sempre uma busca de reconstruir o coração do homem para que siga a sua aliança e carregue no seu coração os preceitos de amor e fidelidade.

O apóstolo Pedro, na segunda leitura, diz que o dilúvio representa o nosso batismo, pois assim como do dilúvio surge uma nova humanidade, no batismo somos renovados para uma vida nova em Cristo. Porém não significa que já somos vitoriosos, mas que iremos também enfrentar as tentações como Jesus enfrentou.

Na vida sempre teremos provações. Seremos tentados, mas com Cristo venceremos, pois ele nos ensinou como vencer. Não somente no deserto ele foi tentado e perseguido, mas durante toda a sua missão. Por que a sua pregação causou mudanças nas estruturas do velho homem. Os poderes humanos foram abalados pela Palavra que se fez carne.

E neste ano a Campanha da Fraternidade nos apresenta o tema “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor” e o lema, tirado da Carta de São Paulo aos Efésios, “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez unidade. Que sejamos cristãos do diálogo, evitando as diversas divisões e os julgamentos contra os irmãos, pois não somos juízes um dos outros e sim filhos do mesmo Pai e pertencentes ao mesmo rebanho do Senhor.

Que o Espírito Santo nos conduza pelos desertos da vida e que aprendamos de Jesus como vencer as tentações a fim de fortalecer nossa conversão aos caminhos do Evangelho e anunciarmos o Reino com o testemunho de nossas vidas e com anúncio verdadeiro da palavra do Senhor.

 

***

⇒ POESIA ⇐

Os Desertos da Vida

 

Por onde caminhamos,
Inseridos na vida do Senhor,
Não estamos livres das tentações,
Que nos traz medo e dor,
Mas Cristo no dá forças e nos ensina
E grava em nossos corações,
Como vencer o tentador.

Pelo nosso Santo Batismo,
Como Jesus, quando batizado,
E conduzidos pelo Espírito Santo,
Somos todos também tentados,
Nas diversidades da vida terrena,
Quando marcados pelo pranto,
Com Cristo somos justificados.

E do deserto nós descemos,
Para no mundo anunciar,
Vivendo como discípulos em missão,
Com o testemunho e também a pregar,
Nos caminhos escuros da humanidade,
Semeando a paz e comunhão,
Com fé e sem medo de tropeçar.

Somos o povo de Deus peregrinando,
Pelo mundo de tantas diversidades,
Reunimo-nos para o culto ao Senhor,
Para fortalecer nossas capacidades,
Que vem da fonte do puro amor,
Comungamos do alimento eterno e santo,
Que nos conduz a eternidade.

 

***

 

 

**** Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, o novo Adão que nos trouxe o dom gratuito e superabundante da justiça, ilumine o seu caminho! ***