Ano que Vai, Ano que Vem

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

*

⇒ Vida e Poesia ⇐

Ano que Vai, Ano que Vem

 

No ano que vai, ficam-se as lembranças;
No ano que vem, cria-se os projetos;
No ano que vai, as recordações
Do bem e do mal;
No ano que vem a esperança do melhor,
Do mais belo.
*
No ano que vai agradecemos os abraços,
Os sorrisos, os esforços, a benção de Deus…
E tudo aquilo que vivemos de espetacular.
No ano que vem a espera que tudo se realize
E que continuemos com tudo que é bom.
*
Ano que vai… algo se definiu
Ano que vem… o incompleto, o indefinido;
Ano que vai… o porquê disso,
O porquê daquilo…
Ano que vem, um enigma. um mistério.
*
E então?
De cada ano que vai, o que aprendemos?
O que deixamos escrito no livro da vida?
E na virada da página do ano que vem,
O que queremos escrever e desenhar?
Que cor usaremos para colorir a tela da vida
Que iremos criar.
*
O mais importante do ano que vai são as
Lições aprendidas e apreendidas;
E o mais importante para o ano que vem
Será fazer tudo de bom, com intensidade,
Com o coração cheio de amor.
Amor pela vida, pelos que estão conosco.
São eles que nos ajudarão a vivermos
De forma sábia e serena.
*
As pessoas que conviverão conosco,
Dependendo de nós,
Nos farão sábios ou bobos,
Nos farão crescer ou nos definhar
Só depende de nós,
Ser isso ou aquilo.

..*   *   *

..

 

Um Natal Além das Luzes

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

*

⇒ Vida e Poesia ⇐

Um Natal Além das Luzes

 

SQuando chega a noite,
Ainda em novembro
Vejo luzes a brilhar
Nas casas, nas lojas, na rua,
Nas árvores sem vida…
*
Parece que disputam
O brilho e o colorido
São tantas as formas e cores
Os verdes, os vermelhos…
Nos olhos da gente.
*
E fico a pensar no Natal
O Natal verdadeiro
O Natal do Menino Jesus
O Natal do amor de Deus
O Natal da Família Santa.
*
Então me pergunto:
O que tem a ver?
Aquelas luzes e cores,
Aqueles brilhos e árvores
Aquelas músicas…
*
Acontecem então
Que o verdadeiro Natal
Estar além das luzes
Por que Jesus é Luz
A luz que brilha nas trevas.
*
A Luz que brilha
E destrói as nossas trevas,
Fazendo nascer o amor,
Este amor sempre pressente e vivo,
Como as árvores vivas,
Que crescem e se renovam.
*
Esperemos em nosso lar, a paz
Sim, esta será a grande espera,
Deixar nascer o Amor-Menino
Que cresce conosco na pureza
Na alegria e na coragem
De ser criança, forte e feliz.

..*   *   *

..

 

Santo, Doutor e Poeta Místico

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

*

⇒ Vida e Poesia ⇐

Santo, Doutor e Poeta Místico

 

São João da Cruz, do Carmelo!
Santo poeta, e de profundo amor,
Vive o sofrimento em sua vida,
Entrega-se na oração ao seu Senhor,
No seu ministério e na sua lida,
Escreve um tratado de evangélico valor.
*
São João da Cruz, da poesia!
Da escrita e da contemplação,
Ensina como não perder a esperança,
Mesmo em meio à tribulação,
Vive um amor que não se cansa,
Segue na vida sua peregrinação.
*
São João da Cruz, o doutor!
Seus escritos nos ensinam a seguir,
Expressando o sentido da santidade,
E, diante das calúnias, não fugir,
Quando a alma vive a calamidade,
E em qualquer situação prosseguir!
*
São João da Cruz, da cruz de Cristo!
Nome que nasce de seus sofrimentos,
Do cárcere que sofre injustamente,
A cruz de Cristo traz seus ensinamentos,
Cruz que marca tão profundamente,
Mas que para João não se faz tormento!
*
São João Cruz, da noite escura,
Escura na vida que purifica,
Que faz nascer santa poesia,
Carmelo, o lugar que o santifica,
Sendo suas noites às vezes de dia,
Noite da alma que o dignifica!
*
Ó João da Cruz e da Igreja,
Sua Santa Mãe e Mestra, a Virgem Maria,
Que lhe ensina a humildade,
Total entrega e sabedoria,
Sobe ao Carmelo da sua santidade,
No diálogo com Deus em alegria!
*
Ó João da Cruz, de Cristo amado,
Carmelita descalço e estudioso,
Amigo de Teresa na sua santa jornada,
Faz um cântico santo ao Deus amoroso,
Nos ensina a entrega da alma amada,
A Jesus, Nosso Rei Misericordioso!

..*   *   *

..

 

Imaculada Conceição de Nossa Senhora, Solenidade – 2022

Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelas organizações de voluntariado ⇐
⇒ Campanha para a Evangelização 2022 
» Tema: “Evangelizar: Graça e missão que se dá no encontro” «
⇒ 3º Ano Vocacional 
» Tema: “Vocação: graça e missão” «
» Lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33) «

Leituras: Gn 3,9-15.20; Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4 (R. 1a); Ef 1,3-6.11-12; cf. Lc 1,28; Lc 1,26-38

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

Um  Sim  para nossa Salvação

Lc 1,26-38

 

Meus irmãos e minhas irmãs, celebramos com muito júbilo a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Esta Liturgia, dentro do 3º Ano Vocacional, nos motiva a contemplar a entrega da Virgem ao projeto de Deus. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 1,26-38.

A Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora sempre acontece dentro do Tempo do Advento e a Virgem foi a primeira a viver o advento santo de Nosso Salvador. Ela esperou em Deus, ela esperou no silêncio, na oração e na serenidade.

Esta verdade de fé, ou seja, este dogma, sobre a Imaculada Conceição de Maria, foi declarada pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Dei. No número 41, o Santo Padre declara: “A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.”

A Mãe Imaculada nos ajuda na vivência do Advento de forma mais profunda, pois foi por ela que o mundo pôde conhecer o Salvador, Aquele que é salvação para todos. Nossa Senhora viveu intensa e de forma particular a espera do Menino Deus. O seu advento foi o mais completo e perfeito, porque ela colocou em Deus toda a sua espera e confiança.

No Evangelho de Lucas (cf. 1,26-38) podemos aprender da Virgem Maria como responder a Deus no momento em que Ele nos chama. Nem sempre devemos ser passivos diante do chamado, pois faz necessário perguntar com fez Maria, ela disse: “como acontecerá isso?” (Lc 1,34). A resposta divina virá e os caminhos se abrirão. E o Mensageiro de Deus, o Anjo, falou à Virgem: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra.” (Lc 1,35). E diante do esclarecimento divino dado pelo Anjo, houve a entrega de Maria, o “sim” definitivo em favor do plano salvador de Deus.

A Virgem, Mãe de Deus e nossa, nos ensina como proceder em direção à santidade. Suas ações, sua escuta e sua resposta sinalizam o caminho do Céu. Devemos ser fiéis em nossos propósitos quando discernimos que o chamado vem de Deus, um chamado que, quando não entendemos, se abre para o diálogo sobre o próprio chamado, quando é para sermos discípulos e também missionários do Senhor Jesus.

A Virgem é a cheia de graça. Frase que a Igreja eternizou e que rezamos todos os dias na oração da Ave-Maria e que, infelizmente, rezamos quase sempre aceleradamente, sem perceber o seu poder, sem meditar. Na frase do Anjo (cf. Lc 1,28) temos a certeza de que, pelo seu santo amor maternal, Nossa Senhora é fonte de ensino e de intercessão.

Ela é imaculada, ou seja, sem a mácula do pecado original, porque Deus não poderia se encarnar num ventre com a mancha do pecado, com as fraquezas humanas que muitas vezes dificultam a resposta ao plano Deus.

Sem pecado, a Virgem, como a nova Eva, esmaga o mal gerado pela desobediência no início da Criação, como vimos na Primeira Leitura desta Liturgia (cf. Gn 3,9-15.20). Imaculada, cuidou do seu Filhinho Santo em Nazaré. Como discípula, tornou-se também nossa Mãe, pois na Cruz o próprio Senhor indicou que ela cuide com amor de todos nós.

Que neste Advento possamos enxergar e responder positivamente os sinais que Deus nos mostrar para vivermos como seus servos, discípulos e missionários. Meditar no silêncio do nosso coração, principalmente quando abraçarmos a Cruz.

Esperar o Natal é, sobretudo, esperar e se preparar para as coisas novas que nascerão em nossa vida para o nosso bem e para o bem do mundo, pois o Menino Deus nasce para todos. Ele vem ao nosso encontro para nos dizer e nos mostrar que Deus tem um rosto como o nosso e quer que o nosso seja igual ao d’Ele. Amém.

 

*   *   *

 

⇒ POESIA ⇐

Mulher do Sim

 

Visitada pelo Anjo,
A escolhida perturbada:
Escuta o mensageiro,
Acolhe-o, desconcertada,
Questiona-o, mas aceita,
E diz sim por ser amada.
*
Acolherá o Verbo de Deus,
Para o mundo, esperança.
Ele será grande e justo
Rei diferente em bonança
Reinando para sempre,
Deus fiel da Aliança.
*
A Mulher do sim sem limites,
A Santa e Imaculada,
A Mãe de amor verdadeiro,
A mais pura e amada,
Ensina-nos a perseverança,
E a fé na caminhada.
*
Esperemos o Senhor,
Aprendendo com Maria,
Perseverando nas lutas
Seja noite ou seja dia,
Mesmo na dúvida e na cruz,
Seja Deus o nosso guia.
*
Olhando o seu rosto santo,
Aprendamos sua lição,
De sempre escutar a Deus
Na alegria e na aflição,
Vivendo o santo silêncio,
Pra acolher a salvação.
*
Mãe de Deus e nossa Mãe,
Cheia da graça divina,
Modelo de santidade,
Que intercede e que ensina,
Que ama e protege os filhos,
Amor que afaga e ilumina.
*
Que na santa Eucaristia,
Preparemos um lugar,
Um sacrário em nosso ser,
Pra Jesus poder estar,
Como fez também Maria,
Quando Deus veio nos salvar.

 

*   *   *

 

Imagem principal: “A Anunciação”, P. de Champaigne (1602–1674). In <commons.wikimedia.org/wiki/>: “File:The Annunciation MET DT5656.jpg”. Domínio Público. Imagem da coroa do Advento: In <favpng.com/png_view/church-candles-advent-wreath-clip-art-png/t2ezFbBk>

*

Imagem principal: “A Anunciação”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “The Annunciation”. Imagem da coroa do Advento: In <favpng.com/png_view/church-candles-advent-wreath-clip-art-png/t2ezFbBk>

*

Imagem principal: “A Adoração dos Magos”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “The Adoration of the Magi”. Imagem da coroa do Advento: In <favpng.com/png_view/church-candles-advent-wreath-clip-art-png/t2ezFbBk>

*

Imagem principal: “A Fuga para o Egito”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “The Flight into Egypt”. Imagem da coroa do Advento: In <favpng.com/png_view/church-candles-advent-wreath-clip-art-png/t2ezFbBk>

*

Imagem principal: “Pietà”, de Michelangelo. Foto de Stanislav Traykov. In <pt.wikipedia.org/wiki/>: “Pietà (Michelangelo)” – CC BY 2.5. Imagem da coroa do Advento: In <favpng.com/png_view/church-candles-advent-wreath-clip-art-png/t2ezFbBk>

*

Imagem principal: “A Virgem em Prece” (1650), de Sassoferrato (1609-1685). In <pt.wikipedia.org/wiki/>: “Maria (mãe de Jesus)”. Imagem da coroa do Advento: In <favpng.com/png_view/church-candles-advent-wreath-clip-art-png/t2ezFbBk>

*

Imagem principal: “Maria Imaculada Rainha do Universo”. In <zephyrinus-zephyrinus.blogspot.com>. Imagem da coroa do Advento: In <favpng.com/png_view/church-candles-advent-wreath-clip-art-png/t2ezFbBk>

*

Imagem principal: Foto de Sérgio Alexandre de Carvalho. In <pixabay.com/pt/photos/jesus-cat%C3%B3lico-cristo-comunh%C3%A3o-2121771/>. Imagem da coroa do Advento: In <favpng.com/png_view/church-candles-advent-wreath-clip-art-png/t2ezFbBk>.

*

 

⇒ Que o exemplo da Virgem Maria, que se colocou sob a sombra do Espírito Santo para fazer a vontade de Deus, ilumine o seu caminho! 

 

 

A Vida é Espontânea

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

*

⇒ Vida e Poesia ⇐

A Vida é Espontânea

 

A vida é espontânea,
No seu belo proceder,
Na forma que se dar em nós
Quando então quer renascer,
*
A vida vem por si só,
Com força de autonomia,
Fazendo nascer nas pedras,
As rosas que nos irradia.
*
Faz a semente sequinha,
Em árvore ressuscitar,
Deixando espontaneamente,
Sua casca arrebentar.
*
Faz as energias do amor,
Ir fluindo sem pressão,
Sem nada assim sendo imposto,
Pelas vias da razão.
*
Por isso que o amor é vida,
Porque assim não se impõe,
Vem lentamente surgindo,
Em tudo que compõe.
*
A vida é como a brisa,
Da noite, da madrugada…
Vem mansinha com carinhos,
Deixa a alma renovada.

.

Mais um poema que fala da vida, mais um texto poético que nasce da contemplação do meu cotidiano! No cerrado brasileiro, especificamente em Brasília, as chuvas trazem outro movimento a todos nós! O verde vai ressurgindo depois da estiagem, as trovoadas, as tardes molhadas, as manhãs nubladas e mais escuras! Depois do longo tempo de chuvas que vão e que vem, já em maio a gente vai se preparando para o tempo mais frio, noites mais longa e frias. Vamos nos agasalhando, num clima seco, mas, ao mesmo tempo, agradável. Agradável para uns e não tão cômodo para outros que não têm condições para viver bem no clima frio…

Tudo isso é o movimento espontâneo da vida que se dar [um acontecimento] também em nós, dentro de nós, com nossos sentimentos, nossas emoções, e sobretudo o nosso dia a dia que vai se dando e cada um nós de vai acolhendo, às vezes sem perceber, esse movimento espontâneo.

Foi mergulhado nestas reflexões e esperando o inverno que em abril de 2018 nasceu o poema “A Vida é Espontânea”!

*   *   *

“A Mulher com um Problema de Sangue”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “The Woman with an Issue of Blood”.

*   *   *

“A Adoração dos Pastores”, de Matthias Stom (1615-1649). In <commons.wikimedia.org/wiki/>: “File:Adoration_of_the_sheperds_-_Matthias_Stomer.jpg”

*   *   *

Foto: Arquivo Pessoal.

 

*   *   *

“Zaqueu no Sicômoro Aguardando a Passagem de Jesus”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org> : “Zacchaeus in the Sycamore Awaiting the Passage of Jesus”.

.*   *   *

Jesus cura um cego de nascença, de Projeto Lumo. In <freebibleimages.org/photos/jesus-blind-man-pharisees>.

.*   *   *

“São João Batista e os Fariseus”, de J. Tissot (1836-1902). In <broolynmuseum.org>: “Saint John the Baptist and the Pharisees”.

*   *   *

“Silhueta de homens alpinistas com mochila…”, de Jcomp. In <br.freepik.com>.

..*   *   *

..

 

A Vida da Gente é Assim

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

*

⇒ Vida e Poesia ⇐

A Vida da Gente é Assim

 

A vida da gente é assim:
Essa caminhada interminável,
Esse movimento intenso e vivo,
Como o sangue correndo nas veias,
Rios que correm sem parar.
*
A vida da gente é assim:
Essa variação de tantas cores,
Mudando com o passar do tempo,
Entre o dia e a noite que vai se variando,
Entre as estrelas, o sol e a lua.
*
A vida da gente é assim:
“Degraus” a “degraus” vamos subindo,
Passo a passo vamos andando,
Sem previsão no que vem lá pela frente.
Mas, mesmo assim, o olhar no horizonte!
*
A vida da gente é assim:
Chegadas, encontros e partidas,
Às vezes se volta, às vezes não,
Mas os momentos são simplesmente únicos,
Mesmo se as voltas possam acontecer.
*
É há momentos que são apenas um,
Uma chegada, um encontro, uma partida,
Momentos que nunca mais poderão acontecer,
Vai-se embora e não mais se volta,
Mas para sempre ficará no coração.
*
Por isso, a vida é dádiva irreversível,
Momentos e momentos irrepetíveis,
Encontros de corações insubstituíveis,
Passados de se viver tão impossíveis,
Que somente no presente é acessível.
*
Por isso é importante viver cada momento,
Com suas cores, luzes e trevas,
Com as alegrias, tristezas e sonhos,
Com as emoções, sensações e toques,
Porque a vida é pra ser vivida em seu todo…

.

 

In <pixy.org/1272669/>” CC BY-NC-ND 4.0

*   *   *

“Jesus Dormindo Durante a Tempestade”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “Jesus Sleeping During the Tempest”.

*   *   *

“Jesus Acalma a Tempestade”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “Jesus Stilling the Tempest”.

*   *   *

“Silhueta de Árvores sob a Lua”, de Matheus Bertelli (2018). In <pexels.com>.

*   *   *

de Erik Mclean (2020). In <pexels.com/pt-br/foto/trilha-passeio-calcada-subindo-4700578/>

.*   *   *

de Efrem Efre (2022). In <pexels.com/pt-br/foto/outono-declinio-vista-traseira-casal-14347362/>.

.*   *   *

“A Fuga para o Egito”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “The Flight into Egypt”.

*   *   *

“A Estada no Egito”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “The Sojourn in Egypt”.

*   *   *

“O Retorno do Egito”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “The Return from Egypt”.

.*   *   *

“A Adoração dos Pastores”, de Gerard van Honthorst (1592-1656). In <en.wikipedia.org/wiki>: “Gerard van Honthorst – Adoration of the Shepherds”.

 

..*   *   *

..

 

Os Bons Samaritanos

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

 

*

⇒ Vida e Poesia ⇐

Os Bons Samaritanos

 

Em uma noite de estrelas,
Ao ronco dos carros na pista,
E um olhar na rua e nos pobres,
Há alguém que acolhe os que caem.
*
Há mãos estendidas para levantar os que caem,
Há abraços forçados que seguram os desequilibrados,
São os irmãos que rezam, que adoram Jesus,
Eles estão ali.
*
Mas, ainda há alguém que não é acolhido
E que espera os bons samaritanos.
Porém, olhar os que estão no desamparo
E passar por eles e sentir pena,
Não faz a diferença…
*
Dar umas moedas nos deixa com ar de caridosos,
Dizer que sempre será assim é muito cômodo!
*
Talvez a culpa é do sistema,
Que eles são vagabundos,
Que não tem iniciativa própria.
*
É como livrar nosso corpo da culpa,
E sair andando com ar de conscientes,
Eis aí o nosso pecado capital.
*
E como dormir tranquilo, nesta noite?
Sem se preocupar com os caídos pela estrada…
Sem refletir que eu poderia ser um deles?
Ou imaginar que eles poderão
Talvez ser melhores do que nós.
*
E nesta noite de estrelas,
Sou eu também carente,
Sem respostas para as indagações de minha alma,
Ainda quebrado, esfacelado, pouca esperança…
Guardando um pouco de fé:
Fé em Deus. Fé na vida, também no amor….
.

O poema de hoje é em prosa, ou seja, não há presença de rimas. Se chama Os Bons Samaritanos. Trata-se de um texto poético com um olhar social e religioso. Social porque contempla as realidades de sofrimento dos pobres, como sendo esta realidade, na sua grande parte, consequência do descaso dos nossos governos. Religioso porque, mesmo sendo competência das políticas públicas atender e ajudar os desempregados e povo da rua, independente da ação, existem os bons samaritanos, o que “fazem o bem sem olhar a quem”. Eu compus em 2005, um ano depois que cheguei a Brasília, ainda desempregado, conheci o trabalho dos irmãos da Toca de Assis os quais acolhiam e cuidava dos pobres levando-os para a casa da Toca, onde ofereciam comida, banho e alguns dormiam naquele lugar.

E foi no início de uma noite de janeiro de 2005, no Gama, que eu passava e vendo um irmão da Toca de Assis levando pela a rua outro irmão faminto o qual parecia muito fraco, com dificuldade de caminhar, que neste nasceu este poema: Os Bons Samaritanos.

 

São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá, de L’Osservatore Romano (1982). In <register.com/news/what-i-learned-from-mother-teresa>.

*   *   *

Foto de Vitaly Kushnir (2021). In <pexels.com/pt-br/foto/sombrio-escuro-rodovia-estrada-10649807/>

*   *   *

“Santo Antônio Distribuindo Pão”, de Willem van Herp (1614-1677). In <commons.wikimedia.org/wiki/>: “File:Willem van Herp (I) – Saint Anthony of Padua (?) distributing Bread.jpg” – Domínio público.

*   *   *

Centro de São Paulo (nov. 2022). In Arquivo Pessoal.

*   *   *

“Um sem teto segurando Uma Xícara Com Dinheiro”, foto de Timur Weber (2021). In <pexels.com>.

.*   *   *

Foto de Timur Weber (2021). In <pexels.com/pt-br/foto/adulto-mendigo-pedinte-cidade-9531993/>.

.*   *   *

“O Fariseu e o Publicano”, de J. Tissot (1836-1902). In <brooklynmuseum.org>: “The Pharisee and the Publican”.

*   *   *

Foto de Cottonbro Studio. In <pexels.com/pt-br/foto/cama-leito-quarto-dormitorio-6474008/>.

*   *   *

Foto de Freepik. In <freepik.es/foto-gratis/hombre-rompiendo-hogaza-pan_10722309.htm>.

Foto de Jerome Rançon (2020). In <pexels.com/pt-br/foto/astronomia-astrofotografia-celestial-divino-9471659/>.

.*   *   *

 

“A Oração Noturna de Davi”, de J. Tissot (1836-1902) & Discípulos. In <thejewishmuseum.org>: “David Praying in the Night”.

 

..*   *   *

..

 

Nossos Cotidianos

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

 

*

⇒ Vida e Poesia ⇐

Nossos Cotidianos

 

Em meio a chuva e ao sol a brilhar,
A vida flui a cada hora passada,
Muitos iniciam ainda tão cedo,
Durante as noites e as madrugadas,
São buscas existenciais dos cotidianos,
Em meio às vitórias, às alegrias e aos desenganos,
Que vamos prosseguindo nas tantas jornadas.
*
Vamos existindo em tantos mundos,
Olhamos e observamos tantas existências,
A elas, muitas vezes, nos envolvendo,
Em meio às agonias e a “paciências”,
Também analisamos e vamos mudando,
Sofrendo um pouco, mas superando,
E acolhendo, com fortaleza, as consequências.
*
Nos tantos lugares por onde andamos,
Tantas vidas e mundos vem à nossa frente,
Com muitas revoltas ou serenidades,
Nos dias, nas noites, tão envolventes,
Essas existências, vem tanto a nos ensinar,
Nos questionam e nos fazem mudar,
Nos sentimos também parte dessa gente.
*
Olhamos os que estão nas ruas e calçadas
Sem teto e na imensa e brava solidão,
Apenas a noite como companheira,
Ou ainda como um amigo um pequeno cão,
Sua cama o piso frio, a rua como residência
E assim vai prosseguindo a sua resistência,
E a vida continua sua peregrinação.
*
E nas vias de trânsitos e nos acidentes,
Muitos comportamentos vivemos a expressar,
Quando as batidas e desastres podem acontecer,
E também os “ânimos” e os estresses vem a aflorar,
Alguns nos ensinam a serenidade,
Outros nos trazem a agressividade,
Ainda assim, uma saída, um acordo há de se encontrar.
*
Nas lojas, nos bares, também estamos,
Nos comércios, nas feiras e cafeterias,
Nas paradas da vida e nos movimentos,
Nos trabalhos exaustivos de cada dia,
Nos afazeres de casa e no estudar,
Com os amigos, com os colegas e no namorar,
Também nas tribulações onde encontramos alegrias.
*
Não esqueçamos também nossos preconceitos,
Quando julgamos as pessoas sem conhecimento,
Quando nossa hipocrisia vem a nos invadir,
E desconhecemos os tantos sofrimentos,
Muitas vezes esquecemos o direito e a dignidade,
Pois, não importa classe, religião ou realidade,
Todos têm direito ao nosso acolhimento.
.

Grupo de Teatro: Bárbara, Francisco, Gildásio, Paloma, Raisa, Thaisa Alves, Taiza Souza e Tatiane.
(23 mar. 2016).

 

*   *   *

Foto de Stephan Seeber (2017). In <pexels.com/pt-br/foto/fotografia-time-lapse-de-veiculos-na-estrada-a-noite-1110494/>.

.*   *   *

Foto de Alohamalakhov. In <pixabay.com/pt/photos/vinhedo-nascer-do-sol-sol-fazenda-428041/>.

*   *   *

“A Caravana de Abrão” , de J. Tissot (1836-1902). In thejewishmuseum.org: “The Caravan of Abram”.

*   *   *

“A Profecia da Destruição do Templo”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Prophecy of the Destruction of the Temple”.

.*   *   *

Obra de Gerd Altmann. In <pixabay.com/pt/photos/contato-equipe-escrit%c3%b3rio-o-neg%c3%b3cio-4017260/>

*   *   *

“O Pobre Lázaro à Porta do Rico”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Poor Lazarus at the Rich Man’s Door”.

.*   *   *

Foto de Greg Montani (2019). In <pixabay.com/pt/photos/tr%c3%a1fego-sem%c3%a1foro-estrada-vermelho-4003342/>

*   *   *

“A Parábola do Rico Insensato”, de Rembrandt (1606-1669). In pt.wikipedia.org/wiki: “Parábola_do_Rico_Insensato”.

 

*   *   *

Foto de superohmo (2022?). In <br.freepik.com/fotos-premium/advogado-apertando-a-mao-do-cliente-apos-uma-reuniao-de-cooperacao-de-negociacao-de-bom-negocio-no-tribunal_19426321.htm>

 

.*   *   *

“Jacó Lamenta a ‘Morte’ de José”, de J. Tissot (1836-1902). In thejewishmuseum.org: “Jacob Mourns His Son Joseph”.

*   *   *

Paulo, construtor de tendas, com Aquila e Priscila, também construtores de tendas, de Jim Padgett (Sweet Publishing). In <freebibleimages.org/illustrations/paul-corinth/> – CC BY-SA 4.0.

.*   *   *

“A Parábola da Trave e do Cisco”, de Pieter Mortier (1661-1711). In en.wikipedia.org/wiki/: “Pieter_Mortier” – Domínio Público.

.*   *   *

 

..

 

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos – 2022

Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelas crianças que sofrem ⇐
⇒ Novembro: Mês dedicado às almas do purgatório 

Leituras: Sb 3,1-9; Sl 41(42),2.3.5bcd; Sl 42(43),3.4.5 [R. 41(42),3a]; Ap 21,1-5a.6b-7; Jo 11,25a.26; Jo 14,1-6.

 

 

⇒ HOMILIA ⇐

 

A Lembrança dos Defuntos nos Aponta para a Glória do Deus Vivo

Jo 14,1-6

 

Meus irmãos e minhas irmãs, chegamos à Comemoração de Todos os Defuntos Fiéis. Também iniciamos o mês de novembro, o mês dedicado a oração pelas almas do purgatório. Coloquemos ainda em nossas orações as intenções do Santo Padre, que neste mês roga pelas crianças que sofrem. Neste dia, a Igreja nos conduz a uma mensagem em que a coluna central é a esperança, mas também que a nossa vida verdadeira está em Deus e que somos todos destinados à glória de Deus. Muitos são os textos bíblicos que fazem referências à temática dos fiéis defuntos.

Assim, teremos como norte evangélico a passagem de Jo 14,1-6. Trata-se do início, no Evangelho Segundo São João, da despedida dos Apóstolos e, para a Igreja, o centro dessa passagem é “na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14,2). Na tradição bíblica se diz que o evangelista “João imaginava o mundo celeste como um grande palácio (…) de muito aposentos.”(1).

Quando meditamos sobre a morte sem a iluminação da Palavra de Deus nós ficamos à mercê de crises existenciais, prejudicando nossos sonhos e realizações. Mas se buscamos nas Sagradas Escrituras essa luz encontraremos outra concepção, marcada pela esperança numa vida futura de glória e infinita, pois em Deus somos destinados à salvação.

Assim, a Primeira Leitura desta Liturgia (cf. Sb 3,1-9), obtida do livro da Sabedoria, nos indica que Deus tem, em suas mãos, a vida do justo, que terá, como destino a Jerusalém celeste, descrita na Segunda Leitura (cf. Ap 21,1-5a.6b-7) e onde estará Cristo em toda a sua glória.

Finalmente, recordamos que, entre os dias 1º e 8 de novembro, é tempo de obter Indulgência Plenária para determinada alma que esteja no purgatório, isto é, “a remissão, diante de Deus, de pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos”(2), bastando que visite um cemitério, rezando pela alma, confessar-se, receber a Eucaristia, rezar o Credo e o Pai-Nosso nas intenções do Papa.

Seja nossa vida uma constante busca da santidade e do preparo para quando chegarmos a nossa hora possamos estar preparados para o encontro definitivo com o Senhor, que nos chama para estar com ele e também estarmos unidos à multidão de todos os que formam o seu Reino de amor e de paz. Amém.

*   *   *
(1) Cf. Nota de rodapé de Jo 14,2-3 da Bíblia do Peregrino (2018).
(2) Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Sobre a Doutrina das Indulgências (1967). Disponível em: <https://www.vatican.va/content/paul-vi/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-vi_apc_01011967_indulgentiarum-doctrina.html>. Acesso em: 31 out. 2022.

 

*   *   *

 

⇒ POESIA ⇐

Nossa Vida está em Deus

 

Em nós há uma vida escondida,
Há um existir transcendente,
De algo tão permanente,
De portas que se abrem,
Ontem, hoje, amanhã – eternamente.
*
Há em nós um forte chamado,
Para um seguimento ao amor,
Para curarmos a dor,
Pela Palavra santa e eterna
Que cura o nosso clamor.
*
Há uma busca de eternidade,
Um apego a este existir material,
Um querer ser imortal,
Sendo distantes de Deus,
Na desilusão total.
*
Está no Senhor, nossa vida,
Feliz, completa, não passageira,
Vida eterna e verdadeira,
Sem pausa e sem decepção,
Nossa vocação primeira.
*
Está em Deus nosso repouso,
Nossa sede de existência,
Nossa vida sem ausência,
Sem medo e decepção,
Só em Deus, a nossa essência.

 

*   *   *

 

Obra: “The Last Sermon of Our Lord”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

*

Obra: “The Sermon of the Beatitudes”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

*

Obra: “The Resurrection of Lazarus”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

*

Obra: “The Resurrection of the Widow’s Son at Nain”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

*

Obra: “The Pilgrims of Emmaus on the Road”, por J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org.

*

Obra: Xilogravura do livro “Historiae celebriores Veteris Testamenti Iconibus representatae”, autor desconhecido (1712). In commons.wikimedia.org/wiki/: “File:Parable_of_talents.jpg”.

*

Foto: P. Mcadams. In iStock.

*

Foto: Philip Walenga. In Pixabay.

 

⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, fortalece a nossa esperança na perspectiva da Glória do Deus Vivo, ilumine o seu caminho! 

 

 

Deixa esse Amor se Espalhar

⇒ Vida e Poesia ⇐

 

 

*

⇒ Vida e Poesia ⇐

Deixa esse Amor se Espalhar

 

Quando receberes o amor,
Deixa ele se espalhar,
Pelos que estão por pertos,
E tudo transformar…
*
Deixa fecundar teu chão,
Pelos que estão contigo,
Em forte comunhão,
Com amados e amigos.
*
Deixa a energia do bem,
Fluir como o leve vento,
Que carinhoso vem
Sobre os teus rebentos.
*
Deixa que o teu olhar,
Contagie todo coração,
De quem quer caminhar,
Em forte doação.
*
Deixa este amor tão forte,
Que faz brotar a vida,
Mais forte que a morte,
Fazer-te acolhida.
*
E este amor de vida,
E este amor de paz,
De encontro e acolhida
Só a harmonia traz.
*
Ele move o mundo,
Faz pulsar o coração,
É vivo, é profundo,
Plena comunhão.
*
Não tente entender,
Nem o definir
Somente acolher,
Deixa esse amor fluir.

→ Sobre o testemunho de amor missionário da família.

 

*   *   *

“O Semeador”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Sower”.

.*   *   *

“Abraão Recebe os Três Anjos”, de J. Tissot (1836-1902). In thejewishmuseum.org: “Abraham and the Three Angels”.

*   *   *

“José se faz conhecido por seus irmãos”, de J. Tissot (1836-1902). In thejewishmuseum.org: “Joseph Maketh Himself Known to His Brethren”.

 

*   *   *

Pétalas De Rosa; Pétalas; Casamento; Espalhar Rosas, de Hans (2015). In pixabay.com.

.*   *   *

“A Mulher com um Problema de Sangue”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Woman with an Issue of Blood”.

*   *   *

“A Filha de Jairo”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Daughter of Jairus”.

.*   *   *

Santa Teresinha e o Papa Leão XIII, foto de Dorothée Quennesson (2021). In pixabay.com: “Papa Vitral Janela Igreja Leon Xiii Garota”.

*   *   *

“Deixe as criancinhas virem a Jesus”, de C. H. Bloch (1834-1890). In pt.wikipedia.org/wiki/: “Ficheiro:Let_the_Little_Children_Come_unto_Jesus.jpg”.

 

*   *   *

“O Milagre dos Pães e Peixes”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Miracle of the Loaves and Fishes”.

 

.*   *   *

“A Incredulidade de São Tomé”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “The Disbelief of Saint Thomas”.

*   *   *

“Alimente Meus Cordeiros”, de J. Tissot (1836-1902). In brooklynmuseum.org: “Feed My Lambs”.

 

.*   *   *

 

..