⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelas organizações de voluntariado ⇐ Leituras: Gn 3,9-15.20; Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4 (R. 1a); Ef 1,3-6.11-12; cf. Lc 1,28; Lc 1,26-38 ⇒ HOMILIA ⇐ Lc 1,26-38 Meus irmãos e minhas irmãs, celebramos com muito júbilo a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Esta Liturgia, dentro do 3º Ano Vocacional, nos motiva a contemplar a entrega da Virgem ao projeto de Deus. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 1,26-38. A Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora sempre acontece dentro do Tempo do Advento e a Virgem foi a primeira a viver o advento santo de Nosso Salvador. Ela esperou em Deus, ela esperou no silêncio, na oração e na serenidade. Esta verdade de fé, ou seja, este dogma, sobre a Imaculada Conceição de Maria, foi declarada pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Dei. No número 41, o Santo Padre declara: “A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.” A Mãe Imaculada nos ajuda na vivência do Advento de forma mais profunda, pois foi por ela que o mundo pôde conhecer o Salvador, Aquele que é salvação para todos. Nossa Senhora viveu intensa e de forma particular a espera do Menino Deus. O seu advento foi o mais completo e perfeito, porque ela colocou em Deus toda a sua espera e confiança. No Evangelho de Lucas (cf. 1,26-38) podemos aprender da Virgem Maria como responder a Deus no momento em que Ele nos chama. Nem sempre devemos ser passivos diante do chamado, pois faz necessário perguntar com fez Maria, ela disse: “como acontecerá isso?” (Lc 1,34). A resposta divina virá e os caminhos se abrirão. E o Mensageiro de Deus, o Anjo, falou à Virgem: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra.” (Lc 1,35). E diante do esclarecimento divino dado pelo Anjo, houve a entrega de Maria, o “sim” definitivo em favor do plano salvador de Deus. A Virgem, Mãe de Deus e nossa, nos ensina como proceder em direção à santidade. Suas ações, sua escuta e sua resposta sinalizam o caminho do Céu. Devemos ser fiéis em nossos propósitos quando discernimos que o chamado vem de Deus, um chamado que, quando não entendemos, se abre para o diálogo sobre o próprio chamado, quando é para sermos discípulos e também missionários do Senhor Jesus. A Virgem é a cheia de graça. Frase que a Igreja eternizou e que rezamos todos os dias na oração da Ave-Maria e que, infelizmente, rezamos quase sempre aceleradamente, sem perceber o seu poder, sem meditar. Na frase do Anjo (cf. Lc 1,28) temos a certeza de que, pelo seu santo amor maternal, Nossa Senhora é fonte de ensino e de intercessão. Ela é imaculada, ou seja, sem a mácula do pecado original, porque Deus não poderia se encarnar num ventre com a mancha do pecado, com as fraquezas humanas que muitas vezes dificultam a resposta ao plano Deus. Sem pecado, a Virgem, como a nova Eva, esmaga o mal gerado pela desobediência no início da Criação, como vimos na Primeira Leitura desta Liturgia (cf. Gn 3,9-15.20). Imaculada, cuidou do seu Filhinho Santo em Nazaré. Como discípula, tornou-se também nossa Mãe, pois na Cruz o próprio Senhor indicou que ela cuide com amor de todos nós. Que neste Advento possamos enxergar e responder positivamente os sinais que Deus nos mostrar para vivermos como seus servos, discípulos e missionários. Meditar no silêncio do nosso coração, principalmente quando abraçarmos a Cruz. Esperar o Natal é, sobretudo, esperar e se preparar para as coisas novas que nascerão em nossa vida para o nosso bem e para o bem do mundo, pois o Menino Deus nasce para todos. Ele vem ao nosso encontro para nos dizer e nos mostrar que Deus tem um rosto como o nosso e quer que o nosso seja igual ao d’Ele. Amém. * * * ⇒ POESIA ⇐ Visitada pelo Anjo, * * * * * * * * * * * ⇒ Que o exemplo da Virgem Maria, que se colocou sob a sombra do Espírito Santo para fazer a vontade de Deus, ilumine o seu caminho! ⇐
⇒ Campanha para a Evangelização 2022 ⇐
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⇒ 3º Ano Vocacional ⇐
» Tema: “Vocação: graça e missão” «
» Lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33) «Um Sim para nossa Salvação
Mulher do Sim
A escolhida perturbada:
Escuta o mensageiro,
Acolhe-o, desconcertada,
Questiona-o, mas aceita,
E diz sim por ser amada.
*
Acolherá o Verbo de Deus,
Para o mundo, esperança.
Ele será grande e justo
Rei diferente em bonança
Reinando para sempre,
Deus fiel da Aliança.
*
A Mulher do sim sem limites,
A Santa e Imaculada,
A Mãe de amor verdadeiro,
A mais pura e amada,
Ensina-nos a perseverança,
E a fé na caminhada.
*
Esperemos o Senhor,
Aprendendo com Maria,
Perseverando nas lutas
Seja noite ou seja dia,
Mesmo na dúvida e na cruz,
Seja Deus o nosso guia.
*
Olhando o seu rosto santo,
Aprendamos sua lição,
De sempre escutar a Deus
Na alegria e na aflição,
Vivendo o santo silêncio,
Pra acolher a salvação.
*
Mãe de Deus e nossa Mãe,
Cheia da graça divina,
Modelo de santidade,
Que intercede e que ensina,
Que ama e protege os filhos,
Amor que afaga e ilumina.
*
Que na santa Eucaristia,
Preparemos um lugar,
Um sacrário em nosso ser,
Pra Jesus poder estar,
Como fez também Maria,
Quando Deus veio nos salvar.
Tag: Dogma Mariano
Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
⇒ Intenções do Santo Padre, o Papa Francisco: Pelos pequenos e médios empreendedores ⇐ Leituras da Missa da Véspera: 1Cr 15,3-4.15-16;16,1-2; Sl 131(132),6-7.9-10.13-14 (R. 8); 1Cor 15,54-57; Lc 11,27-28 ⇒ HOMILIA ⇐ Lc 1,39-56 Meus irmãos e irmãs, neste terceiro Domingo do mês vocacional em que refletimos e rezamos pela vocação à vida consagrada, celebramos com muito júbilo a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Esta Liturgia nos motiva a contemplar a assunção de Nossa Senhora ao Céu, de corpo e alma, sendo a primeira a participar da redenção e da glorificação celeste. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 1,39-56. A Assunção de Nossa Senhora à glória celeste, de corpo e alma, é um dogma proclamado pela Igreja, ou seja, uma verdade de fé, e é o mais recente entre os quatro dogmas marianos, tendo sido proclamado pelo Papa Pio XII em de 1950(1). Os outros três dogmas marianos são: Maternidade Divina, Imaculada Conceição e Virgindade Perpétua. No Evangelho desta Liturgia, o evangelista São Lucas nos apresenta a caminhada de fé da jovem Virgem rumo à casa de Isabel. A Virgem Maria, grávida por obra do Espírito Santo (cf. Mt 1,20), segue pelo longo percurso de 150 km rumo à Judeia e caminha, por entre as montanhas, para levar a caridade e a alegria à sua prima. Com esta missão, a Virgem, grávida do Salvador e vazia de interesses pessoais, na configuração de Sacrário Vivo do Senhor. A Virgem peregrina nos dá exemplo de como abraçar o chamado de Deus e da firme decisão para crescer na resposta de fé, em atitude de amor e de doação. A Mãe do Salvador se doa de forma lenta e desinteressada, mas vai apressadamente para servir a outra grávida, portadora da profecia em seu ventre, João Batista, que preparará os caminhos de Jesus, o Messias, para que os homens o acolham, sejam curados, chamados e redimidos pelo sangue do Cordeiro. A esposa de São José, Maria, é a imagem perfeita da Igreja [cf. CIgC(2), nº 967], que é o Corpo Místico de Cristo (cf. CIgC, nº 787-810). Ela é também Sacrário Santo e vínculo de amor entre irmãos, é meio de salvação para todos que dela se aproximam para escutar e se alimentar do Senhor, sendo purificados pela fé e glorificados na dimensão celestial. A Virgem Maria é a mulher “vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1), como nos fala a Primeira Leitura desta Liturgia. É ela sim, pois tem no seu ventre o poder da vida vitoriosa sobre o dragão da morte, dando a vida verdadeira a todos os que acolhem os valores do Reino e a Redenção; e que desejam participar da glória de Deus. São Paulo nos diz que “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (1Cor 15,20). Deus antecipa para a Mãe do Salvador a graça da ressurreição e da glorificação. Ela é a primeira cristã entre os que seguiram e seguem o Senhor. Por isso podemos chamá-la de Nossa Senhora da Glória, pois é a rainha-mãe cuja contemplação o salmista descreve como tendo “veste esplendente de ouro de Ofir” [Sl 44(45),10c], o mais puro ouro da era do rei Salomão (cf. 1Rs 9,28), mas que na Virgem Maria o ouro de Ofir não é nada se comparado com a sua beleza e santidade. Para vivermos um testemunho coerente, precisamos olhar para Virgem Maria, que interioriza e pratica as virtudes na simplicidade do seu cotidiano. Estando atentos ao que Deus nos pede, vivendo a obediência à Palavra do Senhor, não desviaremos a nossa atenção das diversas situações do mundo, principalmente no que se refere a todos os sofredores. Enfim, nos esvaziando do nosso egoísmo para poder nos encher da graça de Deus. E neste terceiro Domingo do Mês Vocacional, dedicado à vocação à vida consagrada (religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, seculares), vamos rezar pelos que foram chamados a viver de forma radical os votos de pobreza, obediência e castidade em favor do Reino de Deus, como discípulos e discípulas na experiência da santidade e da entrega missionária no mundo. Que possamos aprender da Virgem Maria sobre a escuta da Palavra, no desprendimento das coisas materiais do mundo, na obediência ao chamado de Deus, à vida de castidade, ao anúncio do Reino de Deus e na contemplação frutífera, através da oração perseverante. Amém. * * * * * * ⇒ POESIA ⇐ Aberta à voz de Deus e ao Seu chamado, * * * ⇒ Que a Palavra e a Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos deu como Mãe a Virgem Maria – assunta ao Céu de corpo e alma, ilumine o seu caminho! ⇐
⇒ Mês Vocacional – 3º Domingo: pela vocação à vida consagrada ⇐
Leituras da Missa do Dia: Ap 11,19a;12,1.3-6a.10ab; Sl 44(45),10bc.11.12ab.16 (R. 10b); 1Cor 15,20-27a; Lc 1,39-56Maria e Isabel: O Encontro da Profecia e da Salvação
(1) Através da constituição apostólica Munificentissimus Deus. Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html>.
(2) Disponível em: <http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/prima-pagina-cic_po.html>.A Primeira Crente da Nova Aliança
Grávida, a serviço da vida e da esperança,
Lá vai a caminheira para a sua santa missão,
Como primeira crente da Nova Aliança.
*
Vai pelas montanhas sempre entre o vento e a poeira,
Motivada pelo amor e levando a força da Redenção,
Visita a sua prima Isabel, com gratuidade fraterna,
Levando um cântico de alegria, profecia e libertação.
*
Sua alma é engrandecida pelo amor supremo,
Pois a alegria é plena do Espírito Divino,
Porque o mundo a chamará Senhora Bendita,
Porque da sua boca nasce o anúncio, por um belo hino.
*
É glorificada no Céu de corpo e alma,
Porque em Cristo és Mãe e Santificada,
Por isso o nosso culto a ti elevamos felizes,
Porque és a primeira cristã de vitória alcançada.
*
Rogai por nós, nos vales dos nossos sofrimentos,
Mãe da profecia e cheia do belo cantar de amor,
Ensina-nos a sermos vazios de nós e cheios da Graça,
Como servos atentos e santos de Nosso Senhor.
Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
⇒ Ano de São José (2020/2021) ⇐ Leituras: Ap 11,19a;12,1-6a.10ab; Sl 45(44); 1Cor 15,20-27a; Lc 1,39-56 ⇒ HOMILIA ⇐ Lc 1,39-56 Meus irmãos e irmãs, o mistério pascal da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, neste Ano de São José, nos motiva a contemplar a assunção de Nossa Senhora ao Céu, de corpo e alma, sendo a primeira a participar da redenção e da glorificação celeste. E o Evangelho desta Liturgia está em Lc 1,39-56. A Assunção de Nossa Senhora à glória celeste, de corpo e alma, é um dogma proclamado pela Igreja, ou seja, uma verdade de fé, e é o mais recente entre os quatro dogmas marianos, tendo sido proclamado pelo Papa Pio XII no ano de 1950(1). Os outros três dogmas marianos são: Maternidade Divina, Imaculada Conceição e Virgindade Perpétua. No Evangelho desta Liturgia, o evangelista São Lucas nos apresenta a caminhada de fé da jovem Virgem rumo à casa de Isabel. A Virgem Maria, grávida por obra do Espírito Santo (cf. Mt 1,20), segue pelo longo percurso de 150 km rumo à Judeia e caminha, por entre as montanhas, para levar a caridade e a alegria à sua prima. Com esta missão, a Virgem, grávida do Salvador e vazia de interesses pessoais, dá mais um passo para torna-se Sacrário Vivo do Senhor. A Virgem peregrina nos dá exemplo de como abraçar o Chamado e da firme decisão para crescer na resposta de fé, em atitude de amor e de doação. A Mãe do Salvador se doa de forma lenta e desinteressada, mas vai apressadamente para servir a outra grávida, portadora da profecia em seu ventre (João Batista), que preparará os caminhos do Enviado para que os homens o acolham, sejam curados, chamados e redimidos pelo sangue do Cordeiro. A Esposa de São José, Maria, é a imagem perfeita da Igreja (cf. CIgC(2), nº 967), que é o Corpo Místico de Cristo (cf. CIgC, nº 787-810). Ela é também Sacrário Santo e vínculo de amor entre irmãos, é meio de salvação para todos que dela se aproximam para escutar e se alimentar do Senhor, sendo purificados pela fé e glorificados na dimensão celestial. É ela a mulher “vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1), como nos fala a primeira leitura desta Liturgia. É ela porque tem no seu ventre o poder da vida e que esse poder vence o dragão da morte e devolve a vida verdadeira a todos os que acolhem os valores do Reino e querem a redenção e desejam participar da glória de Deus. São Paulo nos diz que “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (1Cor 15,20). Deus antecipa para a Mãe do Salvador a graça da ressurreição e da glorificação. Ela é a primeira cristã entre os que seguiram e seguem o Senhor. Por isso podemos chamá-la de Nossa Senhora da Glória, pois é a Rainha que se encontra à direita do Rei, com o esplendor da sua beleza e da sua santidade, assim como cantamos no salmo responsorial desta Liturgia [cf. Sl 45(44)]. Para que vivamos um testemunho coerente, precisamos olhar para Virgem Maria, que interioriza e pratica as virtudes na simplicidade do seu cotidiano. Estando atentos ao que Deus nos pede, vivendo a obediência à Palavra do Senhor, não desviaremos a nossa atenção das diversas situações do mundo, principalmente no que se refere a todos os sofredores. Enfim, nos esvaziando do nosso egoísmo para poder nos encher da graça de Deus. E neste terceiro Domingo do Mês Vocacional, dedicado à vocação à vida consagrada (religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, seculares), rezemos pelos que são chamados para a Evangelização missionária no mundo. Que possamos aprender da Virgem Maria sobre a escuta da Palavra, a obediência ao chamado de Deus, à vida de castidade, ao anúncio do Reino de Deus e a contemplação frutífera, através da oração perseverante. * * * * * * ⇒ POESIA ⇐ Aberta à voz de Deus e ao Seu chamado, * * * ⇒ Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, que nos deu como Mãe a Virgem Maria – assunta ao Céu de corpo e alma, ilumine o seu caminho! ⇐
⇒ Mês Vocacional – Domingo da Vocação para a Vida Religiosa ⇐Maria e Isabel: O Encontro da Profecia e da Salvação
(1) Através da constituição apostólica Munificentissimus Deus. Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html>.
(2) Disponível em: <http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/prima-pagina-cic_po.html>.
A Primeira Crente da Nova Aliança
Grávida, a serviço da vida e da esperança,
Lá vai a caminheira para a santa missão,
Como primeira crente da nova Aliança.
*
Vai pelas montanhas entre o vento e a poeira,
Motivada pelo amor e levando a Força da Redenção,
Visita a sua prima Isabel, com gratuidade fraterna,
Levando um cântico de alegria, profecia e libertação.
*
Sua alma é engrandecida pelo amor supremo,
Pois a alegria é plena do Espírito Divino,
Porque o mundo a chamará Senhora Bendita,
Porque da sua boca nasce o Anúncio, por um belo hino.
*
É glorificada no Céu de corpo e alma,
Porque em Cristo és Mãe e Santificada,
Por isso o nosso culto a ti elevamos felizes,
Porque és a primeira cristã de vitória alcançada.
*
Rogai por nós, nos vales dos nossos sofrimentos,
Mãe da profecia e cheia do belo cantar de amor,
Ensina-nos a sermos vazios de nós e cheios da Graça,
Como servos atentos e santos de Nosso Senhor.
Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
Leituras: Ap 11,19a;12,1-6a.10ab; Sl 45(44); 1Cor 15,20-26.27a; Lc 1,39-56
⇒ HOMILIA ⇐
Maria e Isabel: o Encontro da Profecia e da Salvação
Lc 1,39-56
Meus irmãos e irmãs, celebramos hoje o mistério pascal apresentado pela liturgia da solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu. O Evangelho para esta Solenidade está em Lc 1,39-56.
Nossa Senhora foi ela quem viveu primeiramente a fé e o serviço a Cristo e, por isso, a primeira a participar de corpo e alma, da redenção e da glorificação do Céu.
A Assunção de Nossa Senhora é uma verdade de fé, um dogma proclamado pela Igreja de forma irreversível. Este dogma sobre Nossa Senhora é o mais recente, entre os quatro. Foi o Papa Pio XII que, em 1º de novembro de 1950, através da constituição apostólica Munificentissimus Deus[1], a proclamou assunta à glória celeste, de corpo e alma. Os outros três dogmas são: Maternidade Divina, Imaculada Conceição e Virgindade Perpétua.
Quanto à liturgia da Palavra, o Evangelho segundo Lucas (cf. 1,39-56) nos apresenta Maria realizando a sua caminhada de fé rumo à casa de Isabel. Maria segue pelo longo percurso de 150 km, rumo a Judeia, caminha, por entre as montanhas, para levar a caridade e a alegria à sua prima. Ao abraçar o chamado de Deus, torna-se sacrário vivo do Senhor. Maria seguirá a sua peregrinação, grávida do Salvador e vazia dos suas pretensões e interesses pessoais, como todos aqueles que também abraçam o chamado do Senhor e decidem crescer na resposta de fé, pois todos aqueles que estão cheios de Deus vivem a mesma atitude de amor e de doação.
Maria, na sua caminhada, não se doa de forma lenta e desinteressada, mas às pressas, quase correndo, por que a salvação está próxima e, por isso, faz-se necessário anunciar a promessa que Deus fez aos profetas. Pois há outra grávida (Isabel), que traz em seu ventre a profecia (João Batista), que preparará os caminhos do Enviado para que os homens o acolham, sejam curados, chamados e redimidos pelo sangue do Cordeiro.
Maria é a imagem perfeita da Igreja (cf. CIgC[2], nº 967), que é o Corpo Místico de Cristo (cf. CIgC, nº 787-810), também sacrário Santo e vínculo de amor entre os irmãos, é meio de salvação para todos que dela se aproximam para escutar e se alimentar do Senhor, será purificada pela fé e glorificada na dimensão celestial.
É ela a mulher “vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1), por que tem no seu ventre o poder da vida que vence o dragão da morte e devolve a vida verdadeira a todos os que acolhem os valores do Reino e querem a redenção e desejam participar da glória de Deus.
São Paulo nos diz que “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (1Cor 15,20). Deus antecipa a Maria a graça da ressurreição e da glorificação. É ela a primeira cristã entre os que seguiram e seguem o Senhor. Por isso podemos chamá-la de Nossa Senhora da Glória, pois ela é a Rainha que se encontra à direita do Rei, com o esplendor da sua beleza e da sua santidade, assim como cantamos no salmo responsorial desta liturgia (cf. Sl 45/44).
Para que vivamos um testemunho coerente, precisamos olhar para Maria, que interioriza e pratica as virtudes na simplicidade do seu cotidiano. Estando atentos ao que Deus nos pede, vivendo a obediência à Palavra do Senhor, não desviarmos a nossa atenção às diversas situações do mundo, principalmente no que se refere a todos os sofredores. Enfim, nos esvaziando do nosso egoísmo para nos encher da graça de Deus.
Rezemos neste 3º domingo do mês vocacional pela vocação à vida consagrada, religiosos, consagrados, seculares, os quais são chamados e enviados para a Evangelização no mundo. Que possamos aprender de Maria sobre a escuta da Palavra, a obediência ao chamado de Deus, à vida de castidade, o anúncio do Reino de Deus e a contemplação frutífera, através da oração perseverante.
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[1] Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html>.
[2] CIgC: Catecismo da Igreja Católica, disponível em: <http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/prima-pagina-cic_po.html>.
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⇒ POESIA ⇐
A Primeira Crente da Nova Aliança
Aberta à voz de Deus e ao seu chamado,
Grávida, a serviço da vida e da esperança,
á vai a caminheira para a santa missão,
Como primeira crente da nova Aliança.
Vai pelas montanhas entre o vento e a poeira,
Motivada pelo amor e levando a força da redenção,
Visita a sua prima Isabel, com gratuidade fraterna,
Levando um cântico de alegria, profecia e libertação.
Sua alma é engrandecida pelo amor supremo,
Pois a alegria é plena do Espírito Divino,
Porque o mundo a chamará Senhora Bendita,
Porque da sua boca nasce o anúncio, por um belo hino.
É glorificada no Céu de corpo e alma,
Porque em Cristo és mãe e santificada,
Por isso o nosso culto a ti elevamos felizes,
Porque és a primeira cristã de vitória alcançada.
Rogai por nós, nos vales dos nossos sofrimentos,
Mãe da profecia e cheia do belo cantar de amor,
Ensina-nos a sermos vazios de nós e cheios da Graça,
Como servos atentos e santos de Nosso Senhor.
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*** Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, que enquanto Deus se fez filho de Maria, ilumine o seu caminho! ***
Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora
Leituras: Gn 3,9-15,20; Sl 97(98); Ef 1,3-6.11-12; Lc 1,26-38
Ouça o áudio preparado para esta liturgia (pode demorar alguns segundos)
⇒ HOMILIA ⇐
Um sim para a nossa salvação
Lc 1,26-38
A Solenidade de Nossa Mãe Imaculada sempre acontece dentro do tempo do Advento. Maria foi a primeira a viver o advento santo de Nosso Salvador. Ela esperou em Deus, no silêncio, na oração e na serenidade.
Esta verdade de fé, sobre a Imaculada Conceição de Maria, foi declarada pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Dei. No número 41, o Santo Padre declara: “Esta doutrina sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.”
A Mãe Imaculada nos ajuda a vivermos este tempo litúrgico do advento de forma mais profunda, pois foi por ela e através dela que o mundo pôde conhecer o Salvador esperado, aquele que é salvação para todos. Maria viveu intensamente e de forma particular a espera do Deus Menino. O seu advento foi o mais completo e perfeito, por que ela colocou em Deus toda a sua espera e confiança.
No Evangelho de Lucas (cf. 1,26-38) podemos aprender de Maria como responder a Deus no momento e que Ele nos chama. Nem sempre devemos ser passivos quando o chamado vem, pois faz necessário perguntar com fez Maria: Como acontecerá isso? (cf. Lc 1,34). A resposta divina virá, os caminhos se abrirão, Deus nos falará… E o Mensageiro de Deus, o anjo, falou à Maria: “O Espírito Santo virá sobre você e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra…” (Lc 1,35). Diante do esclarecimento divino, haverá a entrega, a disponibilidade, o “sim” definitivo da Mãe Imaculada, em favor do plano salvador de Deus.
Maria, mãe de Deus e nossa, ensina-nos como proceder na santidade, pois todas as suas ações, a sua escuta e sua resposta fiel ao chamado do Senhor é para nós a direção do caminho ao Céu. Devemos ser fiéis em nossos propósitos quando sentimos que é Deus que nos chama e nos quer colaboradores do seu Reino, quando nos quer discípulos e missionários seus. Devemos dialogar com Deus, quando não o entendemos, deixando que Ele nos fale do seu projeto para nós.
Maria é a Cheia de Graça, frase que a Igreja eternizou e que rezamos todos os dias na oração da Ave Maria, mesmo sem perceber tamanha importância. Nesta frase do Anjo temos a certeza de que Nossa Senhora tem muito a nos ensinar e também interceder por nós com o seu santo amor maternal.
Mulher Santa e Fiel, da concepção até à Cruz, caminhou e esperou cada realização que Deus lhe prometeu, pois esperou no silêncio e na oração, guardando tudo em seu coração, para poder agir na esperança e na confiança. Mãe imaculada, ou seja, sem a mácula do pecado original, porque Deus não poderia se encarnar num ventre com a mancha do pecado, com as fraquezas humanas que muitas vezes dificultam a resposta ao plano Deus.
Sem pecado, Maria, como a nova Eva, esmaga o mal e destrói a desobediência que existiu no início da Criação (cf. Gn 3,15). Imaculada, cuidou do seu filho Santo em Nazaré, caminhou com ele pela Galileia. Como discípula, se tornou também nossa mãe, pois na Cruz o próprio Jesus Cristo nos apresenta para que ela cuide com amor de todos nós.
Que neste Advento possamos interiorizar os sinais que Deus nos mostrar para vivermos como seus servos. Meditar no silêncio, principalmente quando encontramos a Cruz e a sentimos mais pesada do que antes.
Esperar o Natal é sobretudo esperar a coisas novas que nascerão em nossa vida para o nosso bem e para o bem do mundo, pois o menino nasce para todos. Ele vem ao nosso encontro para nos dizer e nos mostrar que Deus tem um rosto como o nosso e quer que o nosso seja igual ao dele. Amém.
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⇒ POESIA ⇐
Mulher do sim
Visitada pelo anjo,
A escolhida perturbada:
Escuta o mensageiro,
Acolhe-o, desconcertada,
Questiona-o, mas aceita,
E diz sim por ser amada.
Acolherá o Verbo de Deus,
Para o mundo, esperança.
Ele será grande e Justo
Rei diferente em bonança
Reinando para sempre,
Deus fiel da aliança.
A Mulher do sim sem limites,
A Santa e Imaculada,
A Mãe de amor verdadeiro,
A mais pura e amada,
Ensina-nos a perseverança,
E a fé na caminhada.
Esperemos o Senhor,
Aprendendo com Maria,
Perseverando nas lutas
Seja noite ou seja dia,
Mesmo na dúvida e na cruz,
Seja Deus o nosso guia.
Olhando o seu rosto Santo,
Aprendamos sua lição,
De sempre escutar a Deus
Na alegria e na aflição,
Vivendo o santo silêncio,
Pra acolher a salvação.
Mãe de Deus e nossa Mãe,
Cheia da graça divina,
Modelo de santidade,
Que intercede e que ensina,
Que ama e protege os filhos,
Amor que afaga e ilumina.
Que na Santa Eucaristia,
Preparemos um lugar,
Um sacrário em nosso ser,
Pra Jesus poder estar,
Como fez também Maria,
Quando Deus veio nos salvar.
*** Que a Palavra e a Luz de Jesus Cristo, concebido da Virgem Maria, ilumine o seu caminho! ***
SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Leituras: Ap 11,19a;12,1-6a.10ab; Sl 44(45); 1Cor 15,20-26.27a; Lc 1,39-56
Ouça o áudio preparado para esta liturgia (pode demorar alguns segundos)
⇒ HOMILIA ⇐
Em Maria e Isabel, o encontro da profecia e da salvação
Lc 1,39-56
Celebramos neste domingo a solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Foi ela quem viveu primeiramente a fé e o serviço a Cristo e, por isso, a primeira a participar, de corpo e alma, da redenção e da glorificação ao Céu.
A Assunção de Nossa Senhora é uma verdade de fé (dogma), proclamada pela Igreja de forma irreversível. Este dogma sobre Nossa Senhora é o mais recente, entre os quatro. Foi o Papa Pio XII que, em 1º de novembro de 1950, através da constituição apostólica Munificentissimus Deus[1], a proclamou assunta à glória celeste, de corpo e alma. Os outros três dogmas são: Maternidade Divina, Imaculada Conceição e Virgindade Perpétua.
Quanto à liturgia da Palavra, o Evangelho segundo Lucas (cf. 1,39-56) nos apresenta Maria realizando a caminhada da sua fé rumo à casa de Isabel para uma visita. Maria segue pelo longo percurso de 150 km, rumo a Judeia, caminha, por entre as montanhas, para levar a caridade e a alegria à sua prima. Ao abraçar o chamado de Deus, torna-se sacrário vivo do Senhor. Maria seguirá a sua peregrinação, grávida do Salvador e vazia dos seus desejos e interesses pessoais, como todos aqueles que também abraçam o chamado do Senhor e decidem crescer na resposta de fé, pois todos aqueles que estão cheios de Deus vivem a mesma atitude de amor e de doação.
Maria, na sua caminhada, não se doa de forma lenta e desinteressada, mas às pressas, quase correndo, por que a salvação está próxima e, por isso, faz-se necessário anunciar a promessa que Deus fez aos profetas. Pois há outra grávida (Isabel), que traz em seu ventre a profecia (João Batista), que preparará os caminhos do Enviado para que os homens o acolham, sejam curados, chamados e redimidos pelo sangue do Cordeiro.
Maria é a imagem perfeita da Igreja, casa que acolhe o Verbo de Deus, a Palavra do Senhor, que proclama e deve ser repleta do Espírito Santo, recebendo a missão de anunciar a salvação a todos os homens. A Igreja, que é o corpo místico de Cristo, também sacrário Santo e vínculo de amor entre os irmãos, é meio de salvação para todos que dela se aproxima para escutar e se alimentar do Senhor, será purificada pele fé e glorificada na dimensão celestial.
É ela a mulher “vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1). Por que tem no seu ventre o poder da vida que vence o dragão da morte e devolve a vida verdadeira a todos os que acolhem os valores do Reino e querem a redenção e desejam participar da glória de Deus.
A assunção de Nossa Senhora, portanto, já nos indica a certeza da nossa ressurreição em Cristo e nos apresenta os caminhos que deveremos trilhar para chegarmos aonde ela chegou. São Paulo nos diz que “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (1Cor 15,20). Deus antecipa a Maria à graça da ressurreição e da glorificação, ela é a primeira cristã entre os que seguiram e seguem o Senhor. Por isso podemos chamá-la de Nossa Senhora da Glória, pois ela é a Rainha que se encontra à direita do Rei, com o esplendor da sua beleza e de sua santidade, assim como cantamos no salmo responsorial desta liturgia (cf. Sl 44/45).
Para que vivamos um testemunho coerente do ser cristão, precisamos olhar para Maria, num duplo movimento concomitante: interiorizando e praticando as virtudes de Maria nas simples atitudes de cada dia. Em primeiro lugar estarmos atentos ao que Deus nos fala e nos pede; vivermos a todo o momento a obediência à Palavra do Senhor; não desviarmos a nossa atenção às diversas situações do mundo, principalmente no que se refere a todos os sofredores, e, por fim, nos esvaziarmos do nosso egoísmo e individualismo para nos encher da graça de Deus.
Rezemos neste 3º domingo do mês vocacional, quando a Igreja lembra de todos os religiosos e as religiosas como discípulos missionários chamados e enviados para a Evangelização no mundo. Para que todos os homens e mulheres que se consagraram a serviço do Reino de forma radical, possam aprender de Maria sobre a escuta da Palavra, a obediência ao chamado, a vivência da castidade, o olhar atento às realidades do mundo, o anúncio do Reino de Deus e a contemplação frutífera, através da oração perseverante.
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[1] Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html>.
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⇒ POESIA ⇐
A primeira crente da Nova Aliança
Aberta à voz de Deus e ao seu chamado,
Grávida, a serviço da vida e da esperança,
Lá vai a caminheira para a santa missão,
Como primeira crente da nova Aliança.
Vai pelas montanhas entre o vento e a poeira,
Motivada pelo amor e levando a força da redenção,
Visita a sua prima Isabel, com gratuidade fraterna,
Levando um cântico de alegria, profecia e libertação.
Sua alma é engrandecida pelo amor supremo,
Pois a alegria é plena do Espírito Divino,
Porque o mundo a chamará Senhora Bendita,
Porque da sua boca nasce o anúncio, por um belo hino.
És glorificada no Céu de corpo e alma,
Porque em Cristo és mãe e santificada,
Por isso o nosso culto a ti elevamos felizes,
Porque és a primeira cristã de vitória alcançada.
Rogai por nós, nos vales dos nossos sofrimentos,
Mãe da profecia e cheia do belo cantar de amor,
Ensina-nos a sermos vazios de nós e cheios da Graça,
Como servos atentos e santos de Nosso Senhor.
*** Que a Palavra e a Luz do Bom Pastor ilumine o seu caminho ***
SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Leituras: Ap 11,19a;12,1-6a.10ab; Sl 44(45); 1Cor 15,20-26.27a; Lc 1,39-56
POESIA
A PRIMEIRA CRENTE DA NOVA ALIANÇA
Aberta à voz de Deus e ao seu chamado,
Grávida, a serviço da vida e da esperança,
Lá vai a caminheira para a santa missão,
Como primeira crente da nova Aliança.
Vai pelas montanhas entre o vento e a poeira,
Motivada pelo amor e levando a força da redenção,
Visita a sua prima Izabel com gratuidade fraterna,
Levando um cântico de alegria, profecia e libertação.
Sua alma é engrandecida pelo amor supremo,
Pois a alegria é plena do Espírito Divino,
Porque o mundo a chamará Senhora Bendita,
Porque da sua boca nasce o anúncio, por um belo hino.
Porque Deus pela sua graça e imensa força,
Libertará da morte os que são sofredores:
Os famintos, os cegos, os presos às coisas terrenas,
E os alimentará com a vida e tirando as dores.
És glorificada no céu de corpo e alma,
Porque em Cristo és mãe e santificada,
Por isso o nosso culto a ti elevamos felizes,
Porque és a primeira cristã de vitória alcançada.
Mãe de Deus e de todos os homens,
Que teu cântico faça-se em nós, urgente,
Inundando-nos com o teu amor e tua da fé,
Fazendo-nos servos e teus filhos crentes.
Rogai por nós, nos vales dos nossos sofrimentos,
Mãe da profecia e cheia do belo cantar de amor,
Ensina-nos a sermos vazios de nós e cheios da Graça,
Como servos atentos e santos de Nosso Senhor.
HOMILIA
A primeira missionária
Celebramos neste domingo a solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Foi ela quem viveu primeiramente a fé e o serviço a Cristo e por isso sendo a primeira a participar de corpo e alma da redenção e glorificação ao Céu.
A Assunção de Nossa Senhora é uma verdade de fé (dogma), proclamada pela Igreja de forma irreversível. Este dogma sobre Nossa Senhora é o mais recente, entre os quatro. Foi o Papa Pio XII, que em 1º de novembro de 1950, através da constituição apostólica Munificentissimus Deus[1], quem a proclamou assunta à glória celeste, de corpo e alma. Os outros três dogmas são: Maternidade Divina, Imaculada Conceição e Virgindade Perpétua.
Quanto à liturgia da Palavra, o Evangelho de Lucas nos apresenta Maria realizando a caminhada da sua fé rumo à casa de Isabel, pelo longo percurso de 150 Km, rumo a Judéia. Vai entre as montanhas, para levar a caridade e a alegria à sua prima. Ao abraçar o chamado de Deus tornando-se sacrário vivo do Senhor, Maria seguirá a sua peregrinação, grávida da salvação e vazia dos seus desejos e interesses pessoais, como todos aqueles que também abraçam o chamado do Senhor e decidem crescer na resposta de fé, pois todos aqueles que estão cheios de Deus, vivem a mesma atitude de amor e de doação.
A sua caminhada não se dá de forma lenta e desinteressada, mas às pressas, quase correndo, por que a salvação está próxima a chegar, e por isso faz-se necessário anunciar a promessa que Deus fez aos profetas. Pois há outra grávida (Isabel) que traz em seu ventre a profecia (João Batista), o qual preparará os caminhos do Enviado para que os homens o acolham, sejam curados, chamados e redimidos pelo sangue do Cordeiro.
Maria é a imagem perfeita da Igreja, casa que acolhe a Palavra do Senhor, que proclama e deve ser repleta do Espírito Santo, recebendo a missão de anunciar a salvação a todos os homens. Igreja que é casa de Cristo, sacrário Santo, vínculo de amor entre os irmãos, sendo meio de salvação para todos que dela se aproxima para escutar e se alimentar do Senhor, será purificada pele fé e glorificada a dimensão celestial.
É ela a mulher “vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1). Por que tem no seu ventre o poder da vida que vence o dragão da morte e devolve a vida verdadeira a todos os que acolhem os valores do reino e querem a redenção e desejam participar da glória de Deus.
A assunção de Nossa Senhora, portanto, já nos indica a certeza da nossa ressurreição em Cristo e nos apresenta os caminhos que deveremos trilhar para chegarmos aonde ela chegou. São Paulo, na primeira carta aos coríntios, nos diz que “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (15,20). Deus antecipa a Maria à graça da ressurreição e da glorificação, ela é a primeira cristã entre os que seguiram e seguem o Senhor. Por isso podemos chamá-la de Nossa Senhora da Glória, pois ela é a Rainha que se encontra á direita do Rei, com o esplendor da sua beleza e de sua santidade, assim como cantamos no salmo responsorial desta liturgia (Sl 44/45).
Para que vivamos um testemunho coerente do ser cristão, precisamos olhar para Maria e buscar interiorizar e ao mesmo tempo externar na prática, às suas atitudes na vida nossa de cada dia. Em primeiro lugar estarmos atentos ao que Deus nos fala e nos pede; vivermos a todos os momentos obediência à Palavra do Senhor; não desviarmos a nossa atenção às diversas situações do mundo, principalmente no que se refere a todos os sofredores, e por fim, nos esvaziarmos do nosso egoísmo e individualismo para nos encher da graça de Deus.
Rezemos neste 3º domingo do mês vocacional, quando a Igreja lembra de todos os religiosos e as religiosas como discípulos missionários chamados e enviados para a Evangelização no mundo. Para que todos os homens e mulheres que se consagraram a serviço do Reino de forma radical, possam aprender de Maria sobre a escuta da Palavra, a obediência ao chamado, a vivência da castidade, o olhar atento às realidades do mundo, o anúncio do Reino de Deus e a contemplação frutífera, através da oração perseverante.
[1] Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/apost_constitutions/documents/hf_p-xii_apc_19501101_munificentissimus-deus.html>.
SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA
Ano Nacional Mariano
Leituras: Gn 3,9-15.20; Sl 97(98); Ef 1,3-6.11-12; Lc 1,26-38
POESIA
MULHER DO SIM
Visitada pelo anjo,
A escolhida perturbada:
Escuta o mensageiro,
Acolhe-o, desconcertada,
Questiona-o, mas aceita,
E diz sim por ser amada.
Acolherá o Verbo de Deus,
Para o mundo, esperança.
Ele será grande e Justo
Rei diferente em bonança
Reinando para sempre,
Deus fiel da aliança.
A Mulher do sim sem limites,
A Santa e Imaculada,
A Mãe de amor verdadeiro,
A mais pura e amada,
Ensina-nos a perseverança,
E a fé na caminhada.
Esperemos o Senhor,
Aprendendo com Maria,
Perseverando nas lutas
Seja noite ou seja dia,
Mesmo na dúvida e na cruz,
Seja Deus o nosso guia.
Olhando o seu rosto Santo,
Aprendamos sua lição,
De sempre escutar a Deus
Na alegria e na aflição,
Vivendo o santo silêncio,
Pra acolher a salvação.
Mãe de Deus e nossa Mãe,
Cheia da graça divina,
Modelo de santidade,
Que intercede e que ensina,
Que ama e protege os filhos,
Amor que afaga e ilumina.
Que na Santa Eucaristia,
Preparemos um lugar,
Um sacrário em nosso ser,
Pra Jesus poder estar,
Como fez também Maria,
Quando Deus veio nos salvar.
HOMILIA
Um sim para nossa salvação
A festa de Nossa mãe imaculada sempre acontece dentro do tempo do Advento. Maria foi a primeira a viver o advento santo de Nosso Salvador. Ela esperou em Deus, no silêncio, na oração e na serenidade.
Esta verdade de fé foi declarada pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Dei. No número 42, o Santo Padre declara: “Esta doutrina sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.”
A Mãe Imaculada nos ajuda a vivermos este tempo litúrgico de forma mais profunda, pois foi por ela e através dela que o mundo pode conhecer o salvador esperado, aquele que é salvação para todos. Maria viveu intensamente e de forma particular a espera do Deus Menino. O seu advento foi o mais completo e perfeito, por que colocou em Deus toda a sua espera e confiança.
No Evangelho de Lucas podemos aprender de Maria como responder a Deus no momento e que Ele nos chama. Nem sempre devemos ser passivos quando o chamado vem, pois faz necessário perguntar: Como acontecerá isso? (cf. Lc 1,34). A resposta divina virá, os caminhos se abrirão, Deus nos falará… E diante da resposta de Deus através do mensageiro: O Espírito Santo virá sobre você e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra… (cf. Lc 1,35). E diante do esclarecimento divino, haverá a entrega, a disponibilidade, o “sim” definitivo em favor do plano de Deus.
A Mãe Imaculada ensina-nos como proceder na santidade, pois todas as suas ações, sua escuta e sua resposta fiel ao chamado do Senhor é para nós a direção do caminho ao Céu. Devemos ser fiéis em nossos propósitos quando sentimos que é Deus que nos chama e nos quer colaboradores do seu Reino, quando nos quer discípulos e missionários seus. Devemos dialogar com Deus, quando não o entendemos deixando que Ele nos fale do seu projeto para nós.
Maria é a Cheia de Graça, frase que a Igreja eternizou e que rezamos todos os dias na oração da Ave Maria, mesmo sem perceber tamanha importância. Nesta frase do Anjo temos a certeza de que Nossa Senhora tem muito a nos ensinar e também interceder por nós com o seu santo amor maternal.
Mulher Santa e fiel, da concepção até a cruz, caminhando e esperando cada realização que Deus lhe prometeu, pois espera no silêncio e na oração, guardando tudo em seu coração para poder agir na esperança e na confiança. Mãe imaculada (sem a mácula do pecado original) porque Deus não poderia se encarnar num ventre com a mancha do pecado, as fraquezas humanas que muitas vezes dificultam a resposta a Deus.
Sem pecado Maria poderá esmagar o mal e destruir a desobediência que existiu no início da criação (cf. Gn 3,14). Imaculada, cuidará do seu filho Santo em Nazaré, caminhará com ele pela Galileia, como discípula e se tornará também nossa mãe, pois na Cruz, o próprio Cristo nos oferece para que ela cuide com amor a todos nós.
Que neste Advento, possamos interiorizar os sinais que Deus nos mostrar para vivermos como seus servos. Meditar no silêncio, principalmente quando encontramos a Cruz e a sentimos mais pesado do que antes.
Esperar o Natal é, sobretudo esperar a coisas novas que nascerão em nossa vida para o nosso bem e para o bem do mundo, pois o menino nasce para todos. Ele vem ao nosso encontro para nos dizer e nos mostrar que Deus tem um rosto como o nosso e quer que o nosso seja igual ao dele. Amém.